segunda-feira, 11 de abril de 2011

A mentira por trás do "cessár-fogo" do Hamas

 
Reportagens típicas da mídia occidental se referem sempre a um “cessar-fogo” relacionado com o interesse do Hamas de reduzir o nível de hostilidades para com Israel. Apesar de conveniente traduzir tudo da mesma maneira, a falha dos veículos de mídia em diferenciarem entre três termos do árabe, todos descritos como “cessar-fogo”, nega ao leitor um componente chave da estória: os laços que amarram a oferta.

A tradução literal do árabe da palavra “cessar fogo” é Waqf Itlaq Al-Nar. O termo foi usado pela Autoridade Palestina para se referir a uma ação unilateral do Hamas que iria parar de atirar contra Israel. Na quinta-feira, o embaixador palestino nas Nações Unidas Ryadh Mansour disse:

“Até aonde sei, o Hamas e seus aliados declararam um cessar-fogo (Waqf Itlaq Al-Nar) e esperamos que todos os lados o respeitem, assim como Israel”.

No entanto, o próprio Hamas não usou este termo. Em seu lugar, usou um termo árabe mais genérico tahdia, que pode ser traduzido como “calma” – denotando um estado geral mantido por ambos os lados do conflito, em vez de uma ação unilateral de uma das partes.

Abu-Ubaida, um porta-voz das Brigadas Al-Qassam do Hamas disse no sábado à noite que

"Não haverá calma (tahdia) com a entidade Sionista"

Um terceiro termo frequentemente utilizado é hudna. Este termo que tem uma pesada conotação islamica significa um cessar-fogo temporário por um pré-determinado e limitado periodo de tempo que pode ser terminado unilateralmente . Arafat comparou os Acordos de Oslo com a trégua feita pelo profeta Maomé em 628 com a tribo árabe dos Quraish que deveria durar 10 anos. As forças islâmicas usaram a paz para se fortalecerem e depois de apenas dois anos derrotaram a tribo dos Quraish. O paralelo re-enfatiza o fato que Arafat via os Acordos de Oslo não como um compromisso para uma reconciliação permanente entre árabes e israelenses, mas como uma manobra tática temporária.

A história se repetindo ...
 


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