No Reino Unido,segundo o The Telegraph, o líder máximo da Igreja da Inglaterra, D. Rowan Williams, arcebispo de Cantuária, declarou que os cristãos estão sendo tratados como suspeitos por parte de alguns grupos secularistas.
Questionado em público sobre a natureza da atual ofensiva laicista e até ateísta contra o Cristianismo, Williams disse achar que se trata mais de uma reação ao Islão radical do que ao Cristianismo propriamente dito. E acrescentou: "Foi na última década que se viu um grande crescimento do secularismo ansioso, uma verdadeira suspeita contra a religião na esfera pública. E acho que foi o onze de Setembro que impulsionou isso. Estamos por outro lado numa cultura onde pessoas puras e simplesmentes não sabem como é que a religião funciona." Acusou em particular o governo de partir do princípio de que todos os vigários são «imãs de coleira canina» e todos os imãs são «vigários de turbante» e continuou: "O governo assume que há apenas uma maneira de se ser religioso - ou é uma espécie de fanático empenhado que quer submeter tudo à sua agenda ou é uma espécie de liberal ingênuo que pode ser persuadido a alinhar com tudo o que está a acontecer na sociedade. (...)»
Ora apesar de até ser verdade que no fundo o Islão e o Cristianismo, irmãos abraâmicos rivais, têm mais coisas em comum do que em divergência, não deixa igualmente de ser verdade que a elite cultural reinante se sente perfeitamente à vontade para atacar irreverentemente o Cristianismo mas raramente demonstra a mesma irreverência para com o Islão, não apenas porque a atitude de rebelde trocista e contra as instituições e religiões só tem piada quando não se corre o risco de levar um tiro na cabeça, e os muçulmanos não admitem brincadeiras, e portanto irreverência sim mas só contra os inofensivos, não apenas por isso, mas também, e sobretudo, porque o credo da elite culturalmente dominante no Ocidente é o da Santa Madre Igreja do Anti-Racismo e do Multiculturalismo dos Últimos Dias do Ocidente, que consagra o Amado Outro como o único deus a venerar. E, do mesmo modo que na Idade Média se consideravam sagradas as relíquias, isto é, os objectos que alegadamente estavam de algum modo ligados a figuras sagradas - um osso de algum santo, ou um pedaço da madeira da cruz da crucificação - também agora a elite reinante considera como que sagrado tudo o que diga respeito ao Amado Outro: não apenas a pessoa do Amado Outro, mas também a sua cultura, a sua gastronomia (e é «bem» almoçar hoje num restaurante japonês e jantar amanhã num tailandês... e no Reino Unido até há quem queira admoestar as crianças brancas que fizerem má cara diante de comida exótica estrangeira...) e claro, a sua religião. Este é o verdadeiro motivo pelo qual é frequente a acusação de «racismo» contra quem critique o Islão, que nada tem de racial, mas que, aos olhos ocidentais, é a religião do Alógeno por excelência, assumindo portanto, no pensamento politicamente correto, um simbolismo de índole étnica.
Em assim sendo, quando o Cristianismo mete nojo, é fácil, aos "bem-pensantes", atacá-lo de cima a baixo; quando o mal vem das fileiras islâmicas, então o problema está, digamos, "na religião". Ainda me lembro, por exemplo, de ter ouvido o anúncio de um programa sobre a religião nos dias de hoje da à esquerdista TSF que começava mais ou menos assim: "Depois do onze de Setembro, as religiões estão sob suspeita." Note-se que não é o Islão que está sob suspeita, mas «as religiões»... Tive de ouvir o anúncio várias vezes para me certificar de que não me tinha enganado, por mais inverosímil que parecesse tão primária invertebralidade anti-racista.
-D. Rowan Williams |
Ora apesar de até ser verdade que no fundo o Islão e o Cristianismo, irmãos abraâmicos rivais, têm mais coisas em comum do que em divergência, não deixa igualmente de ser verdade que a elite cultural reinante se sente perfeitamente à vontade para atacar irreverentemente o Cristianismo mas raramente demonstra a mesma irreverência para com o Islão, não apenas porque a atitude de rebelde trocista e contra as instituições e religiões só tem piada quando não se corre o risco de levar um tiro na cabeça, e os muçulmanos não admitem brincadeiras, e portanto irreverência sim mas só contra os inofensivos, não apenas por isso, mas também, e sobretudo, porque o credo da elite culturalmente dominante no Ocidente é o da Santa Madre Igreja do Anti-Racismo e do Multiculturalismo dos Últimos Dias do Ocidente, que consagra o Amado Outro como o único deus a venerar. E, do mesmo modo que na Idade Média se consideravam sagradas as relíquias, isto é, os objectos que alegadamente estavam de algum modo ligados a figuras sagradas - um osso de algum santo, ou um pedaço da madeira da cruz da crucificação - também agora a elite reinante considera como que sagrado tudo o que diga respeito ao Amado Outro: não apenas a pessoa do Amado Outro, mas também a sua cultura, a sua gastronomia (e é «bem» almoçar hoje num restaurante japonês e jantar amanhã num tailandês... e no Reino Unido até há quem queira admoestar as crianças brancas que fizerem má cara diante de comida exótica estrangeira...) e claro, a sua religião. Este é o verdadeiro motivo pelo qual é frequente a acusação de «racismo» contra quem critique o Islão, que nada tem de racial, mas que, aos olhos ocidentais, é a religião do Alógeno por excelência, assumindo portanto, no pensamento politicamente correto, um simbolismo de índole étnica.
Em assim sendo, quando o Cristianismo mete nojo, é fácil, aos "bem-pensantes", atacá-lo de cima a baixo; quando o mal vem das fileiras islâmicas, então o problema está, digamos, "na religião". Ainda me lembro, por exemplo, de ter ouvido o anúncio de um programa sobre a religião nos dias de hoje da à esquerdista TSF que começava mais ou menos assim: "Depois do onze de Setembro, as religiões estão sob suspeita." Note-se que não é o Islão que está sob suspeita, mas «as religiões»... Tive de ouvir o anúncio várias vezes para me certificar de que não me tinha enganado, por mais inverosímil que parecesse tão primária invertebralidade anti-racista.
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1 comentários:
Alô amigos
A culpa é dos radicais ???,outra vez?.
http://www.globalpost.com/dispatch/news/regions/americas/united-states/120325/shaima-alawadi-hate-crime-iraq-california-beating
Aposto que tem muçulmano na parada.Aguardemos
abraços
Roberto
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