quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

O Natal de Asia Bibi

Católica condenada pelas leis do islamismo, Asia Bibi está presa desde 9 de junho de 2010, no Paquistão. Acusada de blasfêmia contra Maomé – que nada fez por ela, nem por mim, nem por qualquer ser humano vivo nesta terra, ao contrário de Cristo que fez por nós e pelos que ainda virão… -, Asia Bibi está isolada e pode enlouquecer.

O Vatican Insider divulgou a informação e É o Carteiro! traduziu para o português europeu. Segue o texto na íntegra.

“Asia Bibi em risco de doença mental”

Um comunicado divulgado por uma ONG que se encontrou com a mulher cristã condenada por blasfémia fala de “condições psico-físicas em contínua degradação”

Asia Bibi está à beira da loucura. A mulher cristã injustamente condenada à morte por blasfémia, na prisão desde 9 de junho de 2010 está em risco de adoecer mentalmente: as suas condições físicas estão degradando-se de forma continuada e “precisa urgentemente de uma revisão médica completa”. Mas o seu moral, nos raros momentos de lucidez, permanece elevado e Asia disse ter “perdoado aos seus algozes”: é o que relata, à agência de notícias vaticana, Fides, Haroon Barkat Masih, Diretor internacional da “Masihi Foundation” (MF), ONG que protege os direitos dos cristãos no Paquistão e que presta assistência material e legal de Bibi.

Uma delegação internacional da “Masihi Foundation” reuniu com Asia Bibi no passado dia 19 de Dezembro de 2011 naa prisão distrital Sheikpura, onde se encontra há mais de um ano para avaliar as condições em que vive, levar uma palavra de esperança e os votos natalícios, enquanto o recurso judicial, após a condenação em primeira instância, ainda está pendente no Supremo Tribunal de Lahore. 

Num comunicado divulgado pela “Masihi Foundation” após a visita na prisão, e enviado para Agência Fides, diz-se que “por causa de seu isolamento, Asia Bibi, 46 anos, está consideravelmente envelhecida, tem uma cor pálida, parece muito frágil, e mesmo incapaz de ficar sozinha.” Asia foi escoltada por duas mulheres do corpo de vigilância prisional.

“Durante o encontro, o seu olhar vagueava no vazio, não conseguia entender o que estava a acontecer, estava completamente confusa e espantada. Durante toda a conversa (mais de 2 horas e 20 minutos) o seu pensamento andou à deriva”, observa com preocupação a MF. “Reagiu aos estímulos com emoções contraditórias, rindo, chorando, e ficando em silêncio durante longos períodos de tempo.”

“Durante os primeiros 10 minutos – continua o texto enviado à Agência Fides – Asia não foi capaz de reagir e não conseguiu perceber se éramos amigos ou inimigos. Disse que ninguém a estava a levar a sério, estava assustada e parecia muito fria e nervosa. Quase não nos olhou nos olhos, e não fixava os olhos num ponto ou numa pessoa. Oferecemos água e até da água parecia ter medo”. As suas condições de higiene pessoal eram terríveis: Asia não toma banho há mais de dois meses.

A delegação da MF garantiu-lhe que continuará a prestar a melhor assistência legal possível. Asia, em voz muito baixa e suave, repetiu aos membros do MF que “ela só quer voltar para sua família” e continua a rezar e a jejuar. Bibi pede aos cristãos no mundo “para continuarem a rezar por ela.” Quando questionada sobre emprega o tempo, Asia, disse: “Eu perdi a noção do tempo. Não faço ideia em que horas, mês, ou estação estamos. O único dia que lembro é o dia 9 de junho, o dia mais escuro da minha vida, quando fui presa. Foi o começo de um pesadelo para mim e minha família.”

Questionada sobre se tinha perdoado aos acusadores, explicou: “primeiro senti frustração, raiva, e tornei-me agressiva. Depois, graças à fé cristã, após jejuar e rezar, as coisas começaram a mudar dentro de mim: já perdoei àqueles que me acusaram de blasfémia. Este é um capítulo da minha vida eu quero esquecer”, observando que “muitos outros cristãos são injustamente acusados como eu.” Enquanto a delegação se preparava para sair Asia pareceu assustar-se e gritou em lágrimas: “Quando é que me libertam?”.

“É uma pergunta que dirigimos ao governo paquistanês, à comunidade internacional, à Igreja universal”, comentou em entrevista à Agência Fides Haroon Barkat Masih. “Se a Asia permanecer na prisão contrairá uma doença mental que pode comprometer seriamente o seu equilíbrio psicológico. Exigimos que as autoridades imediatamente permitam que uma equipa médica a visite e inicie um tratamento” continua o diretor da MF.

“Recentemente, o Papa Bento XVI visitou alguns presos italianos. Acreditamos que, no seu gesto, simbolicamente abrangeu todos os prisioneiros no mundo e também Asia Bibi, que viverá um Natal triste, na solidão de uma cela. Apelamos a todos os cristãos em todo o mundo para lembrarem Asia Bibi ao Senhor na noite de Natal, e para rezarem uma oração por ela”.


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