segunda-feira, 22 de agosto de 2011

O fruto venenoso da revolução

Atentado com oito mortes em Israel é o primeiro resultado das mudanças no Egito

Em meio à discussão sobre que rumo o Egito tomará com a queda do ditador Hosni Mubarak, em fevereiro passado, e com a transição política que começará nas eleições parlamentares previstas para outubro deste ano, uma das possibilidades já esta se confirmando. O novo Egito é um lugar em que terroristas islâmicos podem se movimentar e se organizar com maior liberdade; em que o apoio ao Hamas, grupo radical palestino que governa a Faixa de Gaza, não precisa mais ser dissimulado; e em que os laços com o Irã se tornaram mais estreitos. Em suma, o Egito, antes um dos únicos aliados árabes de Israel, está se transformando em um perigo para o estado judeu. Até a semana passada, isso era apenas uma percepção baseada em declarações do governo militar interino do Egito, nos discursos dos pré-candidatos à Presidência e nos humores dos manifestantes que desde o início do ano tomam a Praça Tahir, no Cairo. Na quinta-feira, dia 18, a percepção tornou-se fato quando um grupo de terroristas entrou em Israel pela fronteira egípcia e disparou contra um ônibus que levava em sua maioria turistas ao balneário de Eilat, no Mar Vermelho. Pouco depois, outro bando atirou contra um segundo ônibus e contra dois automóveis na mesma estrada, e detonou urna bomba instalada no acostamento no instante em que soldados israelenses passavam para chegar ao local do primeiro tiroteio. No total, oito israelenses — seis civis e dois soldados — morreram. Foi o pior atentado terrorista dos últimos três anos e meio em Israel.

O governo israelense atribuiu a sequência de ataques ao Comitê de Resistência Popular, um grupo extremista ligado à Al Qaeda e baseado na Faixa de Gaza. Seus integrantes teriam cruzado a fronteira entre o território palestino e o Egito em túneis subterrâneos usados por contrabandistas. Depois, viajaram até o sul da Península do Sinai e entraram em Israel. Em resposta aos ataques, as forças israelenses imediatamente perseguiram os atiradores em território egípcio, matando quatro deles e, por engano, dois policiais e um militar do país vizinho. Israel também bombardeou prédios do Comité de Resistência Popular em Gaza, matando o chefe do grupo, três terroristas e um menino de 3 anos de idade. Com isso, reiniciou-se o ciclo de violência e ressentimento que os terroristas almejam: a morte desses palestinos serviu para justificar a retaliação contra Israel com mísseis caseiros disparados a partir de Gaza, e as tensões entre os governos de Israel e do Egito aumentaram. Os israelenses querem que os egípcios parem de tolerar os radicais islâmicos na fronteira e que, para isso, aumentem suas tropas no Sinai. É um paradoxo, pois o acordo de paz de 1979 entre os dois países previa uma presença militar egípcia limitada na península. As prioridades mudaram.

Fonte: MRE

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