Aqueles que traçam as políticas de Israel e os formadores de opinião no país têm a tendência de aceitar o governo dos Estados Unidos como a mais alta autoridade no Oriente Médio. Às vezes, eles escolhem se afastar repentinamente de sua própria ideologia/estratégia – sob a pressão do governo americano – a despeito das asneiras sistemáticas e dramáticas das políticas americanas, que têm enfraquecido os interesses dos EUA no Oriente Médio e posto em risco a existência de Israel.
Por exemplo, em 1948, o Departamento de Estado, o Pentágono e a CIA estavam convencidos de que o estabelecimento do Estado Judeu iria desencadear uma guerra, produzindo um segundo Holocausto dos judeus em menos de uma década, que um Estado Judeu seria um peso estratégico sobre os EUA, que os produtores de petróleo árabes iriam boicotar os EUA e que Israel se juntaria ao Bloco Comunista. Com a finalidade de dissuadir Ben Gurion de proclamar a independência, eles impuseram um embargo militar sobre a região (enquanto a Grã-Bretanha fornecia armamentos aos árabes) e ameaçaram Ben Gurion com sanções econômicas.
Durante a década de 1950, o presidente Eisenhower aproximou-se de Nasser, o ditador egípcio, numa tentativa de afastá-lo da influência soviética. Entretanto, aceitar Nasser como o líder árabe e como um estadista-chave dos [países] não-alinhados, oferecendo-lhe ajuda financeira para construir a represa de Assuã, insistindo com Israel para “terminar a ocupação do Neguev”, para evacuar toda a Península do Sinai e para internacionalizar partes de Jerusalém, não impediram que continuasse com a subversão dos regimes árabes pró-EUA, o apoio ao terrorismo palestino, o reconhecimento da China Comunista, ou sua aproximação de Moscou.
Durante as décadas de 1970 e 1980 até o dia da invasão do Kuwait, o governo dos EUA apoiou Saddam Hussein. Os americanos firmaram um acordo de compartilhamento de informações com Bagdá, autorizaram a transferência de tecnologia dual sensível [instrumentos e equipamentos geralmente usados para propósitos militares] para Saddam e aprovaram cinco bilhões de dólares em garantias de empréstimos ao “Açougueiro de Bagdá”.
O presidente Bush – e seu Assessor de Segurança Nacional, Brent Scowcroft, que é um modelo imitado por Jim Jones, assessor de Segurança Nacional, e por Robert Gates, secretário de Defesa, e que goza da atenção do presidente Obama – pressupôs que “o inimigo de meu inimigo (Iraque x Irã) é meu amigo”. Entretanto, o “inimigo de meu inimigo” provou ser “meu inimigo”.
Em 1977, o presidente Carter – que é admirado pelo presidente Obama – se opôs à iniciativa de paz de Begin e Sadat. Ele fez o lobby para uma conferência internacional e concentrou-se na questão Palestina e em Jerusalém. Contudo, a determinação de Begin e de Sadat forçou Carter a se unir ao comboio da paz, que atingiu seu destino ao deixar de lado as questões da Palestina e de Jerusalém.
Em 1979, o presidente Carter abandonou o xá do Irã, o baluarte dos interesses americanos no Golfo Pérsico. Carter e seu assessor de Segurança Nacional, Zbigniew Brzezinski – um assessor informal de Obama – facilitaram a elevação do aiatolá Khomeini ao poder, desencadeando dessa forma a erupção de um vulcão estratégico, que até agora está prejudicando os interesses vitais dos EUA no Oriente Médio.
Durante os anos de 1993 a 2000, o presidente Clinton e seu assessor, Rahm Emanuel – atual chefe de Gabinete do presidente Obama – adotou o Processo de Oslo e Arafat como arautos da paz e da democracia. Eles ungiram Arafat como o “Visitante Mais Freqüente” à Casa Branca. Todavia, nunca um processo de paz produziu tanto derramamento de sangue, terrorismo, incitação ao ódio e falta de cumprimento quanto o Processo de Oslo. Clinton – exatamente como Obama – sustentava que a luta contra o terrorismo deve ser travada, principalmente, através de meios diplomáticos e legais. Conseqüentemente, tivemos sua resposta dócil a uma série de ataques efetuados pelo terrorismo islâmico desde 1993 (o primeiro atentado ao World Trade Center) até 2000 (o bombardeio ao navio USS Cole), fatos que levaram ao 11 de setembro.
A “Visão de Dois Estados” do presidente Bush, que tem sido adotada por Obama, constitui uma extensão do histórico de ação extremamente equivocado da Casa Branca no Oriente Médio.
Pode-se deduzir a natureza da liderança do Estado Palestino proposto a partir do perfil de seus líderes potenciais, que se tornaram modelos de traição, subversão e terrorismo entre os árabes. Abu Mazen (Mahmoud Abbas), o “Bonzinho” – formado pela KGB e pela Universidade de Moscou, e arquiteto da educação através do ódio – foi expulso do Egito (1955), da Síria (1966) e da Jordânia (1970) por causa de subversão. Ele teve um papel-chave nos atentados violentos da OLP para derrubar o governo de Beirute e na colaboração da OLP na invasão do Kuwait por Saddam.
Um Estado Palestino iria condenar o regime hashemita (Jordânia) ao aniquilamento, seria um incentivador dos terroristas pró-Saddam no Iraque e dos terroristas islâmicos no Egito, no Líbano e no Golfo Pérsico, e iria proporcionar uma base de operações no flanco oriental do Mediterrâneo ao Irã, à Rússia e à Coréia do Norte. A substancial emigração anual de palestinos moderados, que estão abandonando a região, revela as expectativas dos próprios palestinos com respeito ao Estado Palestino proposto.
O Estado Palestino, por um lado, e, por outro lado, a estabilidade do Oriente Médio, a segurança nacional dos EUA e de Israel, constituem um oxímoro clássico [i.e., uma contradição de termos]. Um Estado Palestino iria adicionar combustível – e não água – ao fogo do terrorismo e à turbulência do Oriente Médio. A promoção da “Solução dos Dois Estados” prova que aqueles que traçam as políticas dos EUA e de Israel estão determinados a aprenderem por meio da história ao repetirem – em vez de evitarem – os erros dramáticos do passado. (Yoram Ettinger – www.frontpagemag.com - http://www.beth-shalom.com.br)
O Embaixador Yoram Ettinger serviu como ministro de Assuntos Parlamentares da Embaixada de Israel em Washington e como diretor do Escritório de Imprensa do Governo de Israel, além de outros cargos. Ele fala freqüentemente em campi de universidades dos Estados Unidos sobre o conflito no Oriente Médio.
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Por exemplo, em 1948, o Departamento de Estado, o Pentágono e a CIA estavam convencidos de que o estabelecimento do Estado Judeu iria desencadear uma guerra, produzindo um segundo Holocausto dos judeus em menos de uma década, que um Estado Judeu seria um peso estratégico sobre os EUA, que os produtores de petróleo árabes iriam boicotar os EUA e que Israel se juntaria ao Bloco Comunista. Com a finalidade de dissuadir Ben Gurion de proclamar a independência, eles impuseram um embargo militar sobre a região (enquanto a Grã-Bretanha fornecia armamentos aos árabes) e ameaçaram Ben Gurion com sanções econômicas.
Mahmoud Abbas, o “Bonzinho” – formado pela KGB e pela Universidade de Moscou, e arquiteto da educação através do ódio – foi expulso de vários países árabes por causa de subversão. |
Durante as décadas de 1970 e 1980 até o dia da invasão do Kuwait, o governo dos EUA apoiou Saddam Hussein. Os americanos firmaram um acordo de compartilhamento de informações com Bagdá, autorizaram a transferência de tecnologia dual sensível [instrumentos e equipamentos geralmente usados para propósitos militares] para Saddam e aprovaram cinco bilhões de dólares em garantias de empréstimos ao “Açougueiro de Bagdá”.
O presidente Bush – e seu Assessor de Segurança Nacional, Brent Scowcroft, que é um modelo imitado por Jim Jones, assessor de Segurança Nacional, e por Robert Gates, secretário de Defesa, e que goza da atenção do presidente Obama – pressupôs que “o inimigo de meu inimigo (Iraque x Irã) é meu amigo”. Entretanto, o “inimigo de meu inimigo” provou ser “meu inimigo”.
Em 1977, o presidente Carter – que é admirado pelo presidente Obama – se opôs à iniciativa de paz de Begin e Sadat. Ele fez o lobby para uma conferência internacional e concentrou-se na questão Palestina e em Jerusalém. Contudo, a determinação de Begin e de Sadat forçou Carter a se unir ao comboio da paz, que atingiu seu destino ao deixar de lado as questões da Palestina e de Jerusalém.
Em 1979, o presidente Carter abandonou o xá do Irã, o baluarte dos interesses americanos no Golfo Pérsico. Carter e seu assessor de Segurança Nacional, Zbigniew Brzezinski – um assessor informal de Obama – facilitaram a elevação do aiatolá Khomeini ao poder, desencadeando dessa forma a erupção de um vulcão estratégico, que até agora está prejudicando os interesses vitais dos EUA no Oriente Médio.
Durante os anos de 1993 a 2000, o presidente Clinton e seu assessor, Rahm Emanuel – atual chefe de Gabinete do presidente Obama – adotou o Processo de Oslo e Arafat como arautos da paz e da democracia. Eles ungiram Arafat como o “Visitante Mais Freqüente” à Casa Branca. Todavia, nunca um processo de paz produziu tanto derramamento de sangue, terrorismo, incitação ao ódio e falta de cumprimento quanto o Processo de Oslo. Clinton – exatamente como Obama – sustentava que a luta contra o terrorismo deve ser travada, principalmente, através de meios diplomáticos e legais. Conseqüentemente, tivemos sua resposta dócil a uma série de ataques efetuados pelo terrorismo islâmico desde 1993 (o primeiro atentado ao World Trade Center) até 2000 (o bombardeio ao navio USS Cole), fatos que levaram ao 11 de setembro.
A “Visão de Dois Estados” do presidente Bush, que tem sido adotada por Obama, constitui uma extensão do histórico de ação extremamente equivocado da Casa Branca no Oriente Médio.
Pode-se deduzir a natureza da liderança do Estado Palestino proposto a partir do perfil de seus líderes potenciais, que se tornaram modelos de traição, subversão e terrorismo entre os árabes. Abu Mazen (Mahmoud Abbas), o “Bonzinho” – formado pela KGB e pela Universidade de Moscou, e arquiteto da educação através do ódio – foi expulso do Egito (1955), da Síria (1966) e da Jordânia (1970) por causa de subversão. Ele teve um papel-chave nos atentados violentos da OLP para derrubar o governo de Beirute e na colaboração da OLP na invasão do Kuwait por Saddam.
Um Estado Palestino iria condenar o regime hashemita (Jordânia) ao aniquilamento, seria um incentivador dos terroristas pró-Saddam no Iraque e dos terroristas islâmicos no Egito, no Líbano e no Golfo Pérsico, e iria proporcionar uma base de operações no flanco oriental do Mediterrâneo ao Irã, à Rússia e à Coréia do Norte. A substancial emigração anual de palestinos moderados, que estão abandonando a região, revela as expectativas dos próprios palestinos com respeito ao Estado Palestino proposto.
O Estado Palestino, por um lado, e, por outro lado, a estabilidade do Oriente Médio, a segurança nacional dos EUA e de Israel, constituem um oxímoro clássico [i.e., uma contradição de termos]. Um Estado Palestino iria adicionar combustível – e não água – ao fogo do terrorismo e à turbulência do Oriente Médio. A promoção da “Solução dos Dois Estados” prova que aqueles que traçam as políticas dos EUA e de Israel estão determinados a aprenderem por meio da história ao repetirem – em vez de evitarem – os erros dramáticos do passado. (Yoram Ettinger – www.frontpagemag.com - http://www.beth-shalom.com.br)
O Embaixador Yoram Ettinger serviu como ministro de Assuntos Parlamentares da Embaixada de Israel em Washington e como diretor do Escritório de Imprensa do Governo de Israel, além de outros cargos. Ele fala freqüentemente em campi de universidades dos Estados Unidos sobre o conflito no Oriente Médio.
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