Porta-voz vaticano pede diálogo para evitar que cristãos desapareçam do país
CIDADE DO VATICANO, segunda-feira, 13 de junho de 2011 (ZENIT.org) - Em meio à violência que se vive na Síria há semanas, dentro da onda de protestos que estão sendo realizados nos países árabes, a Santa Sé pede um diálogo que garanta a unicidade nacional e, com ela, a própria existência dos cristãos.
O Pe. Federico Lombardi SJ, diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, fez esta proposta no editorial do último número de Octava Dies, semanário do Centro Televisivo Vaticano, recolhendo as propostas lançadas por Bento XVI e pelos jesuítas da Síria.
“Há vários meses, a situação é convulsiva na Síria, assim como em diversos países do mundo árabe, mas os acontecimentos sírios são de particular preocupação, pela persistência de uma violência que parece sem saída”, reconhece o Pe. Lombardi.
Na Síria, país de 22 milhões de habitantes, os cristãos constituem 10% da população, em meio a uma maioria muçulmana, particularmente sunita.
As atuais mudanças levam muitos a ter medo, como no caso dos jesuítas no país (cf. ZENIT, 6 de junho de 2011), pois a presença cristã pode correr risco, segundo a evolução dos fatos.
“É um país no qual hoje se manifestam reivindicações sociais e políticas que anseiam por um maior nível de civilização, mas onde, na atual confusão, abriu-se a porta à violência e se tenta desencadear a subversão e a guerra entre as comunidades religiosas, com um grande risco de desintegração da sociedade”, explica o porta-voz.
“Este é o motivo de um apelo – em todos os níveis – ao diálogo, à livre expressão e à participação, rejeitando a violência”, esclarece.
“Para os cristãos sírios, a unidade nacional é condição de vida, e eles devem e querem ser pontes ativas para um diálogo nacional autêntico e sério”, acrescenta.
O Pe. Lombardi cita também o discurso do Papa ao novo embaixador da Síria (cf. ZENIT, 9 de junho de 2011), no qual o Pontífice propõe o marco de referência para este diálogo, baseando-o na dignidade de toda pessoa.
O Papa fala com clareza da “necessidade de verdadeiras reformas na vida política, econômica e social”: fala de mudanças que não devem ser realizadas “em termos de intolerância, de discriminação ou de conflito, e menos ainda de violência, mas em termos de respeito à verdade, aos direitos das pessoas e da coletividade, da convivência, bem como da reconciliação”.
O Bispo de Roma insiste no papel construtivo dos cristãos na sociedade síria, em sua relação positiva com os muçulmanos, no recíproco interesse pelo bem comum; pede às autoridades sírias que levem em consideração as aspirações da sociedade civil e as reivindicações internacionais, e amplia o horizonte abrangendo a necessidade de soluções globais para os povos do Oriente Médio.
“É absolutamente necessário opor-se à desintegração da região e à multiplicação sem fim de conflitos, que obrigam as populações a fugirem de um país a outro, do Iraque à Síria, da Síria à Turquia. É necessário converter-se ao diálogo da reconciliação e da paz”, conclui o Pe. Lombardi.
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“Há vários meses, a situação é convulsiva na Síria, assim como em diversos países do mundo árabe, mas os acontecimentos sírios são de particular preocupação, pela persistência de uma violência que parece sem saída”, reconhece o Pe. Lombardi.
Na Síria, país de 22 milhões de habitantes, os cristãos constituem 10% da população, em meio a uma maioria muçulmana, particularmente sunita.
As atuais mudanças levam muitos a ter medo, como no caso dos jesuítas no país (cf. ZENIT, 6 de junho de 2011), pois a presença cristã pode correr risco, segundo a evolução dos fatos.
“É um país no qual hoje se manifestam reivindicações sociais e políticas que anseiam por um maior nível de civilização, mas onde, na atual confusão, abriu-se a porta à violência e se tenta desencadear a subversão e a guerra entre as comunidades religiosas, com um grande risco de desintegração da sociedade”, explica o porta-voz.
“Este é o motivo de um apelo – em todos os níveis – ao diálogo, à livre expressão e à participação, rejeitando a violência”, esclarece.
“Para os cristãos sírios, a unidade nacional é condição de vida, e eles devem e querem ser pontes ativas para um diálogo nacional autêntico e sério”, acrescenta.
O Pe. Lombardi cita também o discurso do Papa ao novo embaixador da Síria (cf. ZENIT, 9 de junho de 2011), no qual o Pontífice propõe o marco de referência para este diálogo, baseando-o na dignidade de toda pessoa.
O Papa fala com clareza da “necessidade de verdadeiras reformas na vida política, econômica e social”: fala de mudanças que não devem ser realizadas “em termos de intolerância, de discriminação ou de conflito, e menos ainda de violência, mas em termos de respeito à verdade, aos direitos das pessoas e da coletividade, da convivência, bem como da reconciliação”.
O Bispo de Roma insiste no papel construtivo dos cristãos na sociedade síria, em sua relação positiva com os muçulmanos, no recíproco interesse pelo bem comum; pede às autoridades sírias que levem em consideração as aspirações da sociedade civil e as reivindicações internacionais, e amplia o horizonte abrangendo a necessidade de soluções globais para os povos do Oriente Médio.
“É absolutamente necessário opor-se à desintegração da região e à multiplicação sem fim de conflitos, que obrigam as populações a fugirem de um país a outro, do Iraque à Síria, da Síria à Turquia. É necessário converter-se ao diálogo da reconciliação e da paz”, conclui o Pe. Lombardi.
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