terça-feira, 6 de julho de 2010

Mulçumanos procuram frear cristianismo na Indonésia com lei islâmica

ROMA, 05 Jul. 10 / 01:52 pm (ACI).- Um congresso que reuniu a mais de 200 líderes de grupos muçulmanos radicais pediu que na Indonésia se instaurasse a lei islâmica e que as autoridades governem “seguindo os princípios do Islã” para assim frear “o alarmante fenômeno da cristianização”.

Segundo a agência vaticana Fides, Habib Rizieq, líder do Islã Defender Front (FPI), disse que no congresso se tratou “sobre o alarmante fenômeno da cristianização, que se dá não somente em Beksasi mas em toda a Indonésia”.

Em uma declaração, os líderes muçulmanos deram formação a um novo grupo chamado “Bekasi Islamic Presidium”, que chamou a todas as mesquitas a “rebaterem a cristianização”.

Segundo a agência Fides, as comunidades cristãs expressaram sua preocupação e inclusive a polícia “tem medo destes grupos que incitam ou promovem ações violentas. Bekasi está se transformando em um terreno de enfrentamento entre opostos extremismos: alimenta a tensão a obra de proselitismo de numerosas denominações protestantes, em Jacarta e nas proximidades”.

Entretanto, os maiores grupos muçulmanos da Indonésia rechaçaram os pedidos do congresso de Bekasi, ressaltando o valor de um estado laico. “Se pedíssemos a sharia (lei islâmica) em Bekasi, em outras províncias outras comunidades religiosas poderiam fazer o mesmo, pedindo políticas inspiradas nos princípios de sua fé”, disse Iqbal Sulam, Secretário Geral da “Nahdlatul Ulama”, uma das maiores organizações muçulmanas indonésias com 60 milhões de seguidores.

Sulam disse que “o islã é uma bênção para todo o universo e é um dever para todos os muçulmanos respeitar os adeptos de outra fé”.

Do mesmo modo, o Secretário Geral da Conferência Episcopal da Indonésia, Dom Johannes Pujasumarta, relatou ao Fides que “com os líderes muçulmanos e de outras religiões ressaltamos recentemente a vontade de trabalhar juntos para construir uma sociedade apoiada na harmonia e paz, pedindo ao governo que atue por tal fim, que preserva o bem comum”.

“Estamos dispostos a continuar neste caminho, sem responder às provocações e sem alimentar tensões. Ressaltamos que estamos sempre dispostos a dialogar. O dialogo é a única via possível e é o caminho justo para ser indonésios no respeito do pluralismo da nação”, afirmou.

0 comentários:

Postar um comentário

Termo de uso

O Blog De Olho na Jihad não se responsabiliza pelo conteúdo dos comentários e se reserva o direito de eliminar, sem aviso prévio, os que estiverem em desacordo com as normas do site ou com as leis brasileiras.

As opiniões expostas não representam o posicionamento do blog, que não se responsabiliza por eventuais danos causados pelos comentários. A responsabilidade civil e penal pelos comentários é dos respectivos autores. Por este motivo os que comentarem como anônimos devem ter ciência de que podemos não publicar ou excluir seus comentários a qualquer momento.
Se não tiver gostado, assine, ou não comente e crie seu próprio site e conteste nossas informações.

Ao comentar o usuário declara ter ciência e concorda expressamente com as prerrogativas aqui expostas.

A equipe.

Share

Twitter Delicious Facebook Digg Stumbleupon Favorites More