sábado, 26 de março de 2011

Ex-embaixador da OEA denuncia a ameça do terrorismo islâmico na America Latina

Roger Noriega
Jornal Venezuelano El Universal
Tradução De Olho na Jihad

A viagem do presidente Barack Obama para a América do Sul, traz promissoras parcerias com o Brasil e outras regiões. No entanto, sua visita também deve centrar a atenção da região e sua administração, para o fato de que o Irã e a Venezuela estão conspirando para espalhar a marca de Teerã, e realizar ações terroristas através de suas entidades no Hemisfério Ocidental.

Em 22 de agosto de 2010, por sugestão do Irã, o presidente venezuelano, Hugo Chávez, se reuniu com líderes do Hamas, Hezbollah e Jihad Islâmica Palestina (PIJ), em uma cúpula secreta que foi realizada em uma base de inteligência militar na localidade do Forte Tiuna , ao sul de Caracas.
Entre os presentes estavam o Secretário-geral da Jihad Islâmica, Ramadan Abdullah Mohammad Shallah, que está na lista dos terroristas mais procurados pelo FBI, estava também o "líder supremo" do Hamas, Khaled Meshal, e o "chefe de operações" do Hezbollah, cuja identidade é um segredo muito bem guardado.

A ideia desta reunião de cúpula veio de um encontro entre o embaixador do Irã para a Síria, Ahmad Mousavi, e seu homólogo venezuelano, Imad Saab Saab, da embaixada da Venezuela em Damasco em 10 de maio de 2010.
Segundo o informe recebido pelo ministro das Relações Exteriores da Venezuela, os dois diplomatas estavam considerando a possibilidade de uma reunião entre seus presidentes, e o líder do Hezbollah, Hasan Nasrallah, quando o embaixador iraniano sugeriu uma reunião dos três com Chavez em Caracas. O fato de que esses criminosos desprezíveis saíram de seus refúgio habituais, demonstra a sua confiança em Chávez, e os três estão determinados a cultivar uma rede terrorista às portas dos Estados Unidos.
 
De acordo com informações internas do regime venezuelano, os acordos para o conclave de agosto foram realizados pelo segundo diplomata de Chávez na Síria,Ghazi Nassereddine Atef Salame. Nassereddine é libanês naturalizado venezuelano que lidera a crescente rede do Hezbollah na América do Sul, que inclui operações terroristas e tráfico de drogas. Um documento obtido recentemente de um diplomata venezuelano revelou que Nassereddine faz negócios com quatro empresas operadas por Walid Makled, um traficante de cocaína procurado pelos EUA e preso na Colômbia.

Makled admitiu suas ligações com o tráfico de drogas em uma série de entrevistas realizadas na prisão.
Ele afirma ter documentos e gravações de vídeo que demonstra a cumplicidade do chefe militar de Chávez, Henry Rangel Silva, e outros bandidos chavistas, em atividades de tráfico de cocaína. As autoridades colombianas afirmam que devem repatriar Makled a Venezuela para enfrentar acusações de homicídio, enquanto os diplomatas americanos concluíram que é inútil fazer pressão para extradição de Makled  aos EUA, para enfrentar acusações de tráfico de drogas em Nova York. No entanto, a revelação de Makled que poderia lançar luz sobre a rede Hezbollah na América Latina comandada por Nassereddine, deve ser um incentivo para que os diplomatas dos EUA continuem pressionando pela extraditação do crimino aos EUA.

O perigo de uma rede terrorista na América Latina é real.
 Em maio do ano passado, Muhammad Saif-ur-Rehman Khan, um paquistanês que pediu um visto para os EUA na embaixada americana em Santiago, no Chile, foi preso depois que os guardas encontraram em suas mãos vestígios de matéria para fabricação de bombas. Autoridades dos EUA descobriram o vínculo de Khan com o grupo islâmico Jamaat Al-Tabligh. Não está claro quanta informação foi compartilhada com os investigadores chilenos. Na ausência de provas para processar Khan, as autoridades chilenas o liberaram em janeiro, e ele fugiu do país para a Turquia. Uma fonte chilena do alto escalão informou-me que antes de sua prisão, Khan viveu e se relacionou com pessoas do Egito, Arábia Saudita e Líbano, muitos dos quais portando passaportes venezuelanos. Um dos funcionários acusados ​​de emissão dos documentos aos suspeitos estrangeiros, é o homem de confiança de Chávez, Tarek Zaidan El Aissami. O ministro do Interior da Venezuela também é de origem síria, seu pai é conhecido por ter elogiado publicamente Saddam Hussein e Osama bin Laden, e seu irmão Firaz é sócio do traficante Makled.
 
A ameaça representada pelos terroristas está sempre presente. Um oficial de segurança dos EUA disse-me,em meados de janeiro, que dois conhecidos agentes da Al Qaeda estavam em Caracas planejando um ataque "químico" contra a embaixada dos EUA. Em 31 de janeiro, a embaixada foi fechada e seu relatório correspondente a esse momento, atribuí a medida a "ameaças críveis".

Uma fonte do governo venezuelano informou-me que dois instrutores terroristas iranianos se encontram na Ilha de Margarita
, na Venezuela, e também em toda região. Além disso, os radicais muçulmanos da Venezuela e Colômbia são levados para um centro cultural em Caracas com o nome do aiatolá Khomeini e Simón Bolívar para receber formação espiritual, e alguns são enviados para Qom, no Irã, para recebere estudos islâmicos. Fontes bem informadas confirmam que os mais fervorosos recrutas em Qom , recebem armas e formação em explosivos e voltam para casa como "agentes dormentes."

A autoridades dos EUA, poderia agir de imeditato para minimizar a capacidade de Chávez de apoiar o terrorismo e Teerã.
Os Estados Unidos poderia invocar resoluções específicas sobre lavagem de dinheiro e tráfico de drogas. A questão é se Washington terá resposta rápida e eficaz o suficiente para impedir um ataque mortal.

Roger Noriega foi embaixador junto à Organização dos Estados Americanos de 2001 a 2003 e Secretário de Estado Adjunto de 2003 a 2005.
É professor do American Enterprise Institute e diretor executivo da Visão Americas LLC, que representa dos EUA e clientes estrangeiros.

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