domingo, 27 de março de 2011

Governo Argentino prometeu esquecer o antentado terrorista contra a AMIA para impulsionar comércio com o Irã

Sede da AMIA destruída
De Olho na Jihad com informações do Diário argentino Perfil

O governo da presidente Cristina Kirchner estaria disposto a suspender de fato, as investigações dos ataques terroristas realizados na Argentina em 1992 e 1994, contra a embaixada de Israel e a Associação Mutual Israelita Argentina (Amia), em troca de parcerias comerciais com o Irã. As revelações estão contidas em documentos até agora secretos, recentemente entregados pelo Ministro das Relações Exteriores da República Islâmica, Alí Akbar Salehi, ao presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad.

Para a diplomacia iraniana as investigações da Argentina foram encerradas. O Ministro dos Negócios Estrangeiros assegura em seu relatório ao presidente Ahmadinejad que "a Argentina não está mais interessada em resolver aqueles dois atentados, pois prefere melhorar suas relações econômicas com o Irã".

O relatório secreto que chegou ao PERFIL, após ter sido analisado nas chancelarias de vários países, foi escrito logo após a reunião que o chanceler argentino,Héctor Timerman ,teve com seu colega sírio, Walid al-Mohalem, e com o presidente Bashar al-Assad, de 23 a 24 de janeiro na cidade síria de Alepo.

Sugestivamente, Tirmeman se afastou da delegação argentina levada por Cristina Kirchner ao Kuwait, Qatar e Turquia para conversações com o ditador Sírio, em uma cidade convenientemente localizada a 400 quilômetros da capital Damasco.

A agência de notícias síria, afirmou na época que Tirmeman e Al-Assad abordaram o processo de paz no Oriente Médio "paralisadas por causa da política de Israel, e o fracasso do governo americano em pressionar Israel para que cumpra o direito internacional".

Conversações Ocultas

A verdadeira natureza desse encontro não teria sido informada por Tirmeman a comunidade judía da Argentina. Al-assad visitou oficialmente Buenos Aires em julho de 2010 e foi recebido calorosamente pela presidente, que em nenhum momento reconheceu que a Síria é um regime ditatorial de partido único, cujo o líder ocupa o cargo a quase dez anos como sucessor de seu pai, Hafez al-Assad, e agora enfrenta vários protestos que são reprimidos de forma sangrenta. Durante a visita de Tirmeman, também foi assinado um acordo de intercâmbio entre a agência Télam e a agência oficial sírio SANA.

O Irã tem mantido há muitos anos uma influência dominante política e militar e bastante ofenciva sobre a Síria. É evidente que o encontro em Alepo teria servido para que Tirmeman desse luz verde para a reconciliação da Argentina com o Irã por meio de mediações da Síria.

A Síria inclusive, advertiu ao argentinos que o chanceler iraniano Saleh, estaria no país ao mesmo tempo, mas a chancelaria argentina não fez nenhuma objeção. Segundo informações obtidas pelo PERFIL, funcionários iranianos e argentinos pouco conhecidos têm discutido discretamente.

Renúncia

Segundo as conclusões da inteligência iraniana, o governo argentino teria renunciado a levar à justiça o atual Ministro da Justiça, Ahmad Vahidi, e outras autoridades iranianas suspeitos de cumplicidade nos episódios terroristas de 92 e 94.

A chancelaria iraniana considera que estas questões foram deixadas de lado, e ambos países podem agora iniciar uma nova etapa que permita superar as décadas de frieza total.

O relatório secreto Iraniano, que vazou por meio de opositores de Teerã, mostra o interesse do regime fundamentalista sobre o Ministro da Defesa, Vahidi, um personagem chave no esquema de poder, já que era comandante da chamada Força da Guarda Revolucionária quando a embaixada israelense em Bueno Aires foi destruída por um carro-bomba em março de 1992. Ele continuou ostentando a posição militar chave em julho de 1994 quando ocorreu o ataque a AMIA.

As investigações da Argentina concluiram que Vahidi foi um dos principais organizadores dos ataques, dos quais o goveno iraniano tem tentado há anos desviculá-lo, porém sem sucesso.

Um pouco da história:
Era mais uma fria manhã de inverno em Buenos Aires. As manchetes dos principais jornais argentinos alardeavam a vitória brasileira na Copa do Mundo. Desde as primeiras horas do dia, os funcionários da Associação Mutual Israelita Argentina (AMIA) chegavam a seus escritórios no bairro portenho de Once para iniciar sua rotina diária. Tudo parecia normal.

Pouco antes das 10 da manhã, dois estrondos separados por poucos segundos interromperam o burburinho habitual do bairro. O primeiro: a explosão. O segundo: o desmoronamento. 

Um carro-bomba havia entrado um metro pelo saguão da AMIA. A deflagração fez desabar a primeira laje da edificação, afundando a segunda. Imediatamente, os dois primeiros andares se elevaram e depois caíram, provocando o desabamento das plantas superiores. As segundas lajes de cada andar sentiram a ausência das primeiras, inclinaram-se e algumas também caíram. Em pouco tempo, os sete andares se transformaram em escombros.

A nuvem de pó, os gritos dos bombeiros, o som dos helicópteros que começavam a sobrevoar o local e o lamento interminável de familiares e amigos das vítimas se transformaram em uma massa uniforme que pulsava no ritmo do inferno.

“Explodiram a AMIA, como foi na embaixada israelense. Estão retirando crianças ensanguentadas, mulheres, há pessoas mutiladas. A tragédia volta a se repetir em Buenos Aires”.
Assim um cronista narrava o que via, três minutos depois do desabamento do edifício e dois anos depois de outro atentado terrorista, contra a embaixada israelense em Buenos Aires, que havia deixado 29 mortos e 242 feridos.

O atentado contra a AMIA ocorreu em uma segunda-feira, às 9:53 da manhã, em 18 de julho de 1994. Uma van da marca Renault Traffic, carregada com 300 quilos de explosivos, explodiu a emblemática sede social da comunidade judaica argentina. A vida de 85 pessoas foi sepultada sob os escombros na rua Pasteur, 633. Mais de 300 ficaram feridas.(http://www.discoverybrasil.com/web/amia/)

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