quinta-feira, 10 de março de 2011

Paraguai, Brasil e Argentina:O financiamento do terrorismo na tríplice fronteira


Nota do blog: A notícia abaixo é datada do final de fevereiro. Um fato que deve ser levado em conta: A grande mídia brasileira abafou completamente o caso. Tanto que nós, só tivemos conhecimento do fato, através de um blog estrangeiro o "Money Jihad".

Mas, é justamente para isso que o De Olho na Jihad foi criado, para mostrar que o perigo bate as nossas portas, mas muitas vezes não percebemos.

ASSUNÇÃO, Paraguai – Três libaneses suspeitos foram extraditados para os Estados Unidos em 24 de fevereiro. Dois deles serão acusados de narcotráfico e o outro de supostamente vender telefones celulares roubados e carros usados para arrecadar fundos para atividades extremistas no Líbano.

Nemir Ali Zhayter e Amer Zoher El Hossni, procurados pelos Estados Unidos por tráfico de cocaína, foram levados sob custódia por agentes da Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai (SENAD) em 6 de agosto de 2008. Eles foram presos no bairro de Paraná Country Club, em Ciudad del Este, na tríplice fronteira do Paraguai com Brasil e Argentina.

Os três libaneses detidos
Mousa Ali Hamdan, de cidadania americana-libanesa, é acusado de supostamente ter comprado mercadorias, que ele acreditava terem sido roubadas, de um agente americano disfarçado. Ele é suspeito de comprar mais de 1.700 telefones celulares, 400 videogames Sony PlayStation2 e três carros usados, depois que o agente americano disfarçado lhe disse que o dinheiro seria usado para financiar o Hezbollah.

Mousa Ali Hamdan pode ser condenado a 25 anos de prisão se for considerado culpado de todas as 31 acusações que lhe foram movidas na Filadélfia em novembro de 2009.

“A Embaixada dos Estados Unidos no Paraguai pediu a extradição de Mousa Ali Hamdan, um cidadão americano-libanês. O pedido apresentado pela Representação Diplomática dos EUA indica que ele é acusado de 31 crimes”, segundo nota do Ministério das Relações Exteriores do Paraguai divulgada em junho do ano passado. 

Zhayter e El Hossni são suspeitos de serem os responsáveis pelo envio de grandes carregamentos de cocaína do Paraguai para os Estados Unidos, Europa e Oriente Médio, segundo a SENAD.

“Os dois estrangeiros (Zhayter e El Hossni) pertencem a uma organização criminosa responsável por grandes carregamentos de cocaína da América do Sul para os Estados Unidos, além de países europeus e do Oriente Médio”, informou a SENAD em nota. “Em 2008, a partir de uma série de apreensões da droga no Paraguai e de carregamentos interceptados pela SENAD em diversas ocasiões, descobrimos que os libaneses estavam operando em larga escala a partir do nosso país.”

A DEA, a agência antidrogas americana, tem a custódia dos libaneses Nemir Ali Zhayter (esquerda), Amer Zoher El Hossni (centro) e Mousa Ali Hamdan, extraditados do Paraguai para os Estados Unidos em 24 de fevereiro. (Cortesia da SENAD)
As prisões de Zhayter e El Hossni foram efetuadas através de uma operação secreta batizada de “Sin Fronteras” (Sem Fronteiras), informou María Mercedes Castiñeira, agente especial que chefia a Divisão de Comunicação da SENAD.

María disse que 10,5 kg de cocaína foram confiscados da residência de Zhayter, junto com “ferramentas para fabricar cápsulas de cocaína.”

María acrescentou que agentes da SENAD, da Interpol do Paraguai e da Unidade de Forças Especiais da Polícia transferiram os três prisioneiros da cadeia de Tacumbú para uma base da Força Aérea paraguaia, onde foram colocados sob custódia da DEA, a agência antidrogas americana.

“Eles foram embarcados em aviões e escoltados por agentes de segurança dos EUA", disse María. “O juiz criminal Oscar Delgado e o procurador-geral para Assuntos Internacionais do Ministério Público, Emilio Oviedo, estavam presentes [para formalizar a extradição].”

Miguel Chaparro, chefe de operações da SENAD, alega que Zhayter e El Hossni estavam encarregados de enviar cocaína para os Estados Unidos e outros países da Europa e Oriente Médio.

“Nós tínhamos conhecimento de que outro grupo de narcotraficantes estava operando em Ciudad del Este”, revelou Chaparro. “Esse grupo [chefiado por Zhayter e El Hossni] estava operando a partir do Paraná Country Club, um bairro de elite em Ciudad del Este. A tática do grupo criminoso era enviar cápsulas de cocaína para a Europa e os Estados Unidos.” 

Chaparro continuou: “A DEA investigou e determinou que essas pessoas parecem também ter apoiado financeiramente grupos narcoterroristas. Como o Paraguai possui acordos de extradição com diversos países, o Departamento de Justiça dos EUA pediu a extradição desses três cidadãos, depois que foram levados à cadeia de Tacumbú.”

Chaparro acrescentou que a política da SENAD é honrar pedidos de extradição de outros países, especialmente dos Estados Unidos.

“Gostaria que houvesse 10 pedidos de extradição (de traficantes de drogas) todo dia”, disse Chaparro. “Nós não os manteremos como decoração ou atração turística aqui no Paraguai. Eles são criminosos, há uma razão para estarem na cadeia, e se há um pedido de extradição, atenderemos rapidamente.” 

Chaparro afirmou que vários chefes de grupos do crime organizado baseados no Brasil foram extraditados do Paraguai. O mais recente foi Elson Cequeira, preso em 23 de fevereiro no aeroporto da cidade de Pedro Juan Caballero, na fronteira com o Brasil. Cequeira era procurado no Brasil, acusado de pertencer à organização de narcotraficantes Primeiro Comando de Santa Catarina (PCSC). 

“Sabemos que há estruturas criminosas instaladas em nosso país, como o Primeiro Comando da Capital (PCC), de São Paulo, e o Comando Vermelho (grupo de narcotraficantes baseado no Rio de Janeiro)”, revelou Chaparro. “Continuaremos combatendo o narcoterrorismo, pois os EUA têm fortes indícios de que esses extraditados (os três libaneses) estavam direcionando dinheiro para práticas terroristas.”

Chaparro disse ainda que extraditar os supostos criminosos é um passo no sentido de se livrar do crime organizado no Paraguai. 

“Não devemos esperar até que haja células desses grupos terroristas instaladas no Paraguai, precisamos continuar lutando para cortar o mal pela raiz", ressaltou ele. “Dessa forma, quando há um pedido de extradição, podemos atender rapidamente.” 


Nota do blog: Na notícia da Infosur não aparece um trecho importante, segundo a Associated Press, Hamdan declarou após a prisão que à acusação contra ele é falsa e que "só foi preso por ser muçulmano". Ou seja, ele acusa as autoridades paraguaias e americanas de islamofobia. O coitadinho foi preso apenas por ser muçulmano, também é uma "terrível coincidência" que os financiadores de grupos como o Hezbollah sejam todos muçulmanos.

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