AFP – BEIRUTE — Um grupo vinculado à Al-Qaeda convocou os muçulmanos sunitas do Líbano a se rebelarem contra o governo libanês e contra o movimento xiita Hezbollah, indicou nesta quarta-feira o centro americano de vigilância dos portais islamitas SITE.
"As brigadas de Abdallah Azzam publicaram um comunicado de seu comandante, Saleh ben Abddullah al-Qaraawi, exortando os muçulmanos sunitas do Líbano a se rebelarem contra o governo e contra Hezbollah", afirmou o SITE.
"Não trabalhem com os serviços secretos militares", diz Qaraawi.
"Mostrem sua recusa a esta clara injustiça que pesa sobre vocês e que é, sem dúvida, um feito do Hezbollah", acrescentou.
Esta declaração acontece num momento em que o Líbano vive uma clara tensão em relação ao Tribunal Especial para o Líbano (TEL), encarregado de investigar sobre o assassinato em 2005 do ex-primeiro-ministro Rafic Hariri.
O Hezbollah, o mais poderoso movimento militar do Líbano, está convencido de que este tribunal da ONU o implicará no assassinato e advertiu contra a prisão de seus membros.
O Hezbollah acha que o Tribunal se vendeu a Israel.
Por seu lado, o campo do primeiro-ministro Saad Hariri rejeita qualquer compromisso na investigação sobre o assassinato de seu pai.
As advertências do Hezbollah fazem temer novas violências no Líbano, que já conheceu uma guerra civil (1975-1990), conflitos destrutivos entre Israel e o partido xiita, e sangrentos confrontos intercomunitários em maio de 2008.
Em setembro de 2009, as brigadas de Abddulah Azzam reivindicaram disparos de foguetes a partir do sul do Líbano na direção de Israel.
Abddulah Azzam, um xeque palestino considerado pai da guerra santa (Jihad) no Afeganistão e inspirador do chefe da Al-Qaeda, Osama Bin Laden, foi assassinado em 1989.
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