segunda-feira, 23 de agosto de 2010

"Vocês podem construir sua mesquita no Marco Zero quando nós pudermos construir nossas sinagogas em Meca"

WASHINGTON - Debaixo de fina garoa, manifestantes pró e contra a construção de uma mesquita nas proximidades do Marco Zero de Nova York mediram forças neste domingo, 22, em número e palavras de ordem pelas ruas de Manhattan. Cerca de 1.000 oponentes, com bandeiras americanas, gritavam: "Basta é basta". Pouco mais de 200 manifestantes favoráveis ao projeto carregavam placas que diziam "defenda os muçulmanos, pare com o ódio". Não houve violência entre os grupos, separados por uma distância de 100 metros.

Os protestos refletem a controvérsia causada pelo projeto de construção do centro comunitário e religioso islâmico em um prédio a dois quarteirões do terreno das torres gêmeas do World Trade Center, o alvo do ataque terrorista de 11 de setembro de 2001, que deixou 3.000 mortos. Como solução, o governador de Nova York, David Paterson, se dispôs a buscar uma área pública para a construção da mesquita.

Os oponentes ao projeto apelaram a frases contundentes, que diziam: "Vocês podem construir sua mesquita no Marco Zero quando nós pudermos construir nossas sinagogas em Meca" e "Construir uma mesquita no Marco Zero é o mesmo que construir um memorial para Hitler em Auschwitz". Os favoráveis respondiam, em coro, "não nos importa o que os intolerantes querem dizer; liberdade de religião está aqui pra valer". Eles traziam cartazes com a frase "repudie a `islãfobia'".

A construção tem o apoio do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e do prefeito de Nova York, Michael Bloomberg. Mas, cerca de 70% dos americanos mostraram-se contrários à iniciativa. A presidente da Câmara dos Deputados, Nancy Pelosi, suspeita que o movimento de oposição à mesquita no Marco Zero tenha motivação político-eleitoral e decidiu abrir uma investigação sobre sua arrecadação de fundos. "Não há dúvidas que há um esforço organizado para fazer desse tema uma questão política", afirmou Pelosi à rádio KCBS, de São Francisco.

Fonte: Estadão

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