segunda-feira, 18 de março de 2013

"O novo Papa não deve atacar o Islã", afirma clérigo da Al Azhar

Por Jefferson Nóbrega
Blog In Praelio

Mahmud Ashur, um destacado clérigo da Universidade de Al Azhar, alertou ao novo Papa, para não cometer o mesmo "erro" de Bento XVI de expressar solidariedade aos cristãos perseguidos no mundo muçulmano, fato que fez romper o "diálogo inter-religioso" entre o crescente e a cruz.

"O novo papa não deve atacar o Islã, diz Ashur que continua:  "Tenha cuidado, se tiver a intenção de mostrar qualquer tipo de solidariedade com os cristãos que vivem nas terras dos verdadeiros crentes [muçulmanos]. O Islã é a religião da paz e do amor, e qualquer um que ouse sequer duvidar dessa verdade universal verá a justa repressão muçulmana".

A escolha de Bergoglio do nome Francisco, causou uma inquietude entre os estudiosos islâmicos, devido a natureza missionária dos dois importantes Franciscos da história (S. Francisco de Assis e S. Francis Xavier). "Pelas virgens do paraíso e os rios de vinho e leite! Por esta não esperávamos", declarou surpreso o The American Muslim, ao ser anunciado que o novo papa teria o mesmo nome de São Francisco de Assis que segundo eles é "o santo mais aceitado pelo Islã, que levou a pregação ao Sultão, mas sem a intenção de convertê-lo, afinal como converter quem já é um verdadeiro crente?"

O episódio de São Francisco e o sultão é conhecido e sabemos que ele não só desafiou a crença islâmica como teve sim a intenção de converter o sultão, mas é claro que os muçulmanos mudam a história ao contar o episódio. E quanto a São Francisco Xavier nada falam, já que esse converteu boa parte do Oriente, Índia, Japão e outros lugares.

Mas, enquanto os clérigos egípcios estão preocupados com o novo Papa, os muçulmanos argentinos afirmam que enquanto cardeal, Bergoglio manteve um "respeitoso diálogo" com a comunidade muçulmana, tendo ele mesmo liderado as exigência de o Vaticano condenar a "ocupação" de Israel dos "territórios palestinos".

Para nós que acompanhamos o sofrimento dos cristãos, resta-nos a esperança que o silêncio sobre o genocídio cristão nos países muçulmano seja rompido.

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