segunda-feira, 9 de setembro de 2013

O mito dos rebeldes sírios moderados

Frente Al Nursa

Por Daniel Greenfield | FrontPage Magazine

Os rebeldes sírios moderados são como o Coelhinho da Páscoa e a Fada dos Dentes, são um mito, um personagem imaginário usado para contar histórias para as crianças. Infelizmente, os contadores de histórias pensam que somos crianças.

A Guerra Civil da Síria é uma guerra religiosa. Não é uma guerra pela democracia e liberdade. É um conflito entre dois sistemas totalitários, um vagamente baseado em uma mistura de islamismo e socialismo, e outro mais rigidamente com base no Islã, na sharia. Ambos são brutais e impiedosos para os não-alinhados. Ambos têm seus esquadrões da morte e extensa corrupção em seu âmago. Ambos são maus.

Esse também é um conflito étnico, um jogo entre o (xiita) Irã e o mundo árabe (sunita). Carregado ainda com elementos do revivalismo Otomano no lado turco da fronteira, onde os seus governantes islâmicos sonham em recuperar o império.

Nada disso é uma receita para a moderação. Não há moderados em uma guerra religiosa. Não há moderados em um conflito étnico. Não há moderados entre os que começaram uma guerra ou aqueles que pretendem terminá-la.

Nenhum dos lados está em busca de liberdade. Ambos estão buscando a supremacia absoluta.

A oposição síria que ouvimos falar nos noticiários e nas colunas dos jornais é uma idealização criada pela Irmandade Muçulmana, a Turquia e o Qatar para convencer os americanos e europeus que os rebeldes têm uma estrutura governamental e estão prontos para tomar o poder.

O Conselho Nacional Sírio (SNCORF) é um monte de nomes e letras povoadas por homens ambiciosos. Ele comanda menos da Síria do que de Washington e Bruxelas.

O Sacro Império Romano não era nem santo, nem romano, nem um império, e o Exército Sírio Livre não é nem livre, nem sírio, nem um exército. É um saco de guerrilheiros, muitos deles islâmicos estrangeiros, que esperam receber armas e dinheiro americano e estão ocasionalmente dispostos a jogarem junto com os EUA sob o pretexto de que há algum tipo de exército de libertação nacional para a América ajudar.

As estruturas políticas construídas na Turquia e Qatar são fictícias. Todas as organizações com a Síria em seu nome possuem como único fim enganar os ocidentais para esses armem as várias brigadas de rebeldes, em troca de promessas de influências futuras e negócios, conspirando assim para depois assumirem o controle do país.

As únicas bases de comando são islâmicas. E essas não são domesticadas. São do tipo que casualmente matam prisioneiros e comem seus pulmões. Eles não iriam fazer um caso muito convincente para a democracia e a liberdade pregada por Washington.

Os lutadores da síria possuem poucas alianças além da riqueza e religião. Alguns lutam por dinheiro, outros pela Jihad. Nenhum deles lembram as brigadas míticas dos agentes livres que lutam por uma Síria secular como ainda acreditam alguns senadores.

Mesmo as brigadas são livres de alianças em um campo de batalha. Brigadas mudam de associação e aliança constantemente.

As fronteiras entre o Exército Sírio Livre e a Frente Al-Nusra não são sólidas. Algumas brigadas islâmicas jogam em ambas as equipes. Identificações são uma questão de conveniência. A grande maioria dos lutadores estão lutando para impor um sistema islâmico sunita na Síria.

Não há Exército Sírio Livre. Não há oposição síria. Há apenas grupos de combatentes conquistando território, casas, depósitos de petróleo e padarias, estuprando mulheres, matando os cristãos, e se comportando exatamente como gangues armadas com poder de fogo pesado e nenhuma lei para contê-los.

Não há rebeldes sírios moderados. Não há nem mesmo uma rebelião na Síria; só os homens da Irmandade Muçulmana na Turquia, que atuam como catalizadores de armas do Qatar e da Turquia distribuindo-as para milhares e milhares de combatentes.

O Islã são sua única identidade. É uma identidade muito mais importante do que os nomes das brigadas e as alianças. O islã é a lei de todos eles, da mesma forma que o Código de Piratas era a lei dos bucaneiros e Lei Thieves foi o código dos criminosos russos. E essa lei dispensa a justiça e lhes permitem dividir o saque, permanecendo homens piedosos que depois de cada estupro viram-se à Meca. O que está acontecendo na Síria não é uma guerra entre dois lados. É Afeganistão. É Líbia. É o colapso de um país. A única diferença é que este colapso foi cuidadosamente orquestrado.

A matança na Síria vai continuar com a selvageria desenfreada que só pode ser realizada por homens que acreditam que outros homens são inferiores. Vai continuar com facas, com metralhadoras e com Gás dos Nervos. Vai continuar independente de bombardear Assad ou escrever-lhe uma carta de repúdio

A matança continuará porque não há moderados em uma guerra religiosa. Somente os assassinos e os mortos.

3 comentários:

Parabéns pela analise, também sou da mesma opinião, eu acompanho a Jihad islâmica a algum tempo, e basta acompanhar um pouco para ver o "perigo" do radicalismo, infelizmente a maioria das pessoas não sabe disso, acha que é tudo maluquice dos E.U.A\Israel.

Infelismente é assim o Islã é um todo um nada é o principio do CAOS é o desejo de se orquestrar uma revolta apoiado como correto o mais baixo do desejo humano onde a desculpa é Deus...adorar a deus o deus Mussulmano .

eu acho que o governo sirio deve convocar uma jihad ,para que os posa combater ,pois estes rebelde sao assassinos sem honra...... jose .c.dos.santos@hotmail

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