quarta-feira, 16 de junho de 2010

Aiatolá Irariano mentor de Ahmadinejad defende a produção de "armas especiais"

O aiatolá Mohammad Taqi Mesbah-Yazdi fez nesta segunda-feira (14) um raro apelo público em que defendeu a produção de “armas especiais” que estão atualmente sob monopólio de poucas nações, numa referência velada a armamentos nucleares.

"As armas mais avançadas devem ser produzidas dentro de nosso país, mesmo que nossos inimigos não gostem. Não há razão para que eles tenham direito de produzir tipos especiais de armas, enquanto outras nações são impedidas", disse Mesbah-Yazdi.

O radical clérigo não fala em nome do governo do Irã, mas isso reflete uma mentalidade de pelo menos parte da elite teocrática do país.

A agência de notícias AP (Associated Press) conseguiu hoje uma cópia do livro escrito pelo aiatolá Mesbah-Yazdi, no qual diz que Teerã não deve se privar do direito de produzir tais “armas especiais”.

O livro de Yazdi foi escrito em 2005 e reimpresso no ano passado, mas teria circulação muito limitada entre o alto clero e não seria de conhecimento público.

O governo iraniano, bem como a hierarquia clerical, negam sistematicamente que o país busque armas nucleares com o enriquecimento próprio de urânio, como várias nações do Ocidente alegam.

O Conselho de Segurança da ONU impôs na quarta-feira passada (9) novas sanções ao programa nuclear do Irã. Foram 12 votos a favor das sanções e dois contra (do Brasil e da Turquia). O Líbano se absteve.

Mesbah-Yazdi é considerado o mentor espiritual do presidente Mahmud Ahmadinejad. O aiatolá é membro de um conselho eleito pelo povo e dominado pelos conservadores, a Assembléia dos Especialistas, composta por 86 clérigos muçulmanos xiitas com o poder de eleger ou remover o líder supremo. Mas apesar de seu poderoso mandato, a Assembleia nunca tentou destituir um líder nos 30 anos da República Islâmica.

Os seguidores de Mesbah-Yazdi têm amplo trânsito entre a Guarda Revolucionária e a força paramilitar Basij, formada por voluntários.

Mesbah-Yazdi sustenta há tempos que democracia e eleições são incompatíveis com o Islã. Os aliados de Ahmadinejad negam que o presidente receba ordens do clérigo, que é um defensor do poder absoluto do líder supremo.

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