domingo, 25 de setembro de 2011

Catalunha, a nova Meca do radicalismo islâmico


O município de Salt, próximo a Barcelona, onde os imigrantes muçulmanos já correspondem a 40% da população, aprovou pelo período de uma ano a proibição de construção de novas mesquitas. É a primeira medida desse tipo na Espanha.

A ação é resultado da indignação da população nativa, aos planos da comunidade muçulmana de construir uma mesquita salafi na cidade, o projeto da mesquita é financiado pela Arábia Saudita.

O salafismo é um ramo revivescente do Islã que conclama os muçulmanos a restabelecerem, se preciso pela força, o império islâmico (califado) em todo o Oriente Médio, Norte da África e partes da Europa, como por exemplo a Espanha, que os salafistas vêem como um estado muçulmano que dever ser reconquistado para o Islã.

A Espanha esteve por quase oito séculos sob o jugo islâmico, até ser reconquistada pelos Reis Católicos. Os salafistas acreditam que todas as terras espanholas que foram dominadas pelos muçulmanos lhes pertencem, e que eles têm o direito de voltar a estabelecer seu domínio, baseando-se nos ensinamentos do Islã que diz que os territórios antes ocupados pelos muçulmanos devem permanecer para sempre sob o domínio islâmico.

Sacrificando o bom senso no altar do multiculturalismo, o anterior governo socialista de Salt, havia dado secretamente a permissão para que os salafistas construíssem um gigantesco templo que seria a maior mesquita salafi da Europa.

O acordo secreto só foi descoberto após os socialistas serem derrotados nas eleições. Após o acordo vir à tona, a população nativa começou a pressionar o novo conselho municipal -  agora governado pelo Convergència i Unió (CiU) partido de centro-direita – para evitar que a mesquita fosse construída. Em 24 de agosto, o conselho de forma inédita, aprovou a proibição de um ano na construção de novas mesquitas, a fim de oferecer “algum tempo para a reflexão”.  No entanto, mesmo com a proibição, o templo salafi ainda pode ser levantado já que a autorização foi dada aos muçulmanos antes da lei “anti-mesquita” entrar em vigor. Mas, a licença de construção é válida até o final de setembro de 2011, e pensando nisso, salafis pertencentes a dois grupos espanhóis, as Associações Islâmicas Al Hilal e Magrebins per la Pau Association, estão movimentando-se para acelerar o recebimento de fundos da Arábia Saudita e iniciar as obras nas próximas semanas, antes que o prazo expire.

O grupo nacionalista Plataforma pela Catalunha (PXC), que opõe-se  não só a construção de mesquitas, mas também a imigração muçulmana, e que tem, segundo seu porta-voz María Osuna, cerca de 70.000 membros ativos, tentou realizar um protesto em Salt no dia 27 de agosto contra o projeto salafista. Mas, as autoridades proibiram a manifestação, após descobrirem que muçulmanos de toda Espanha estavam organizando-se para fazer um contra-manifestação na cidade no mesmo dia. Temendo uma explosão de violência entre os grupos, o Ministério do Interior emitiu um comunicado dizendo que a manifestação do PXC estava proibida por “ferir os sentimentos religiosos da maioria dos muçulmanos de Salt”. Cerca de 12.000 dos 30.000 habitantes da cidade são imigrantes muçulmanos.

Salt e em outras cidades na região nordeste da Catalunha se tornou o marco zero para Salafi Islam na Espanha . O movimento é baseado na cidade catalã de Tarragona, mas o slafismo também tem uma presença importante nos municípios de Badalona, ​​Calafell, Cunit, El Vendrel, Lérida, Mataró, Reus, Roda de Bará, Rubí, Santa Coloma de Gramenet , Sant Boi de Lluçanès, Torredembarra, Valls, e Vilanova de la Barca, para não mencionar Barcelona, ​​que abriga cinco mesquitas Salafi.

Os pregadores salafis da Catalunha ensinam que a lei islâmica (sharia) está acima da lei espanhola. Eles também promovem o estabelecimento de uma sociedade paralela muçulmana. Criaram tribunais islâmicos onde julgam e punem a conduta de muçulmanos e não-muçulmanos.

Os líderes salafis em Salt são o “califa” Mohammed Attaouil e seu braço direito, o clérigo Rachid Menda. Eles são os principais propagandistas anti-ocidental na Espanha, e foram capazes de criar uma verdadeira fortaleza salafista na Catalunha, de onde fazem proselitismo e espalham o medo.

Em dezembro de 2009, por exemplo, nove salafistas sequestraram um mulher condenada a morte por adultério em um tribunal.  A mulher só sobreviveu porque conseguiu fugir e refugiar-se em uma delegacia. Em janeiro de 2010, um imã salafi de Tarragona, foi preso por forçar uma mulher marroquina a usar o hijab. O imã ameaçou incendiar a casa da mulher por ela ser uma “infiel”, por trabalhar fora de casa e por ter amigos não-muçulmanos. Cedendo a pressão política e para evitar conflitos na cidade, a justiça de Tarragona absolveu-o no dia 2 de agosto.

Grande parte do proselitismo salafi na Espanha, ocorre por meio de conferências assistidas por milhares de seguidores, muitos dos quais ajudam no financiamento dos grupos. As conferências são presididas muitas vezes por líderes salafis do Egito, Jordânia e Arábia Saudita, assim como da Bélgica, Alemanha e Holanda. Como os residentes desses últimos países possuem passaportes europeus, eles não precisam de visto para entrar na Espanha e são livres para transitarem pelo país como quiserem.

As conferência salafis da Espanha, ocorrem quase sempre em dias de feriados cristãos, como natal e a páscoa, a intenção é provocar e desafiar a cultura dos moradores nativos. Os participantes aprendem, por exemplo, que os muçulmanos não devem compactuar com a “corrupta sociedade ocidental”.

O jornal ABC de Madri publicou uma matéria onde mostra que a estimativa é que existam mais de 100 mesquitas salafis na Espanha, onde radicais pregam para os fiéis toda sexta-feira. O jornal diz que alguns imãs estabeleceram uma polícia religiosa para perseguir e atacar aqueles que não cumprem a lei islâmica. O ABC também relata que, durante 2010, mais de 10 conferências salafis foram realizadas na Espanha, contra apenas uma em 2008.

O prefeito de Salt, Jaume Torramadé, diz que os imigrantes muçulmanos em sua cidade tornaram-se visivelmente mais radicais nos últimos anos. Em entrevista à rádio RAC1, Torramadé disse que “há alguns anos atrás, as mulheres eram mais ocidentalizadas, hoje esse quadro mudou em Salt, e os imãs estão forçando e influenciando a conduta e as vestimentas. Antes víamos mulheres muçulmanas usando calça jeans, mas agora elas cobrem seus cabelos. Estes imãs não estão promovendo a coexistência”.

Blog De Olho na Jihad com informações do  Europe News
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