segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Dinamarca: “ A morte de Osama Bin Laden anuncia a conquista e a destruição das terras dos infiéis”, diz clérigo salafista

Em junho de 2011, o fórum jihadista Al-Tahadi publicou um ensaio do clérigo salafista Abu 'Uzair Al-Jazairi (o argelino), que reside em Aarhus, Dinamarca, intitulado “O assassinato dos grande líderes”. [1] O ensaio, escrito em prosa rimada, procura consolar os muçulmanos pela morte de Osama Bin Laden, assegurando-lhes que esta anuncia a destruição do Ocidente infiel e sua conquista pela ummah muçulmana.

Al-Jaza'iri, que se identifica como Abu 'Uzair' 'Abd Al-Ilah Youssef Al-Youbi Al-Husni Al-Jazairi, nos últimos meses adquiriu uma considerável fama nos círculos jihadistas salafis. Em 11 de abril, o portal salafista Minbar Al-Tawhid Wal-Jihad anunciou que incorporou ao seu comitê de Sharia o fórum jihadista Al-Tahadi e estabeleceu um painel de discussão sobre seus escritos.

A seguir, um resumo do ensaio: [2]


Somente a guerra pode acertar as contas com os infiéis

Na introdução de seu ensaio, Abu 'Uzair diz que a humanidade está envolvida em uma batalha eterna e fatal entre "os partidários do Misericordioso", ou seja, os muçulmanos, e os "partidários do demônio", ou seja, os infiéis. Este último, explica ele, está tentado influenciar a fé e o solo dos muçulmanos e só serão freados pela força. A primeira parte do ensaio explora essa luta eterna, Abu 'Uzair insiste que essa luta só será decidida através do confronto militar e quem disser o contrário está mentindo: "Porque o Senhor da Ka'ba, que propõe [resolver o conflito através do] o diálogo, ou tentar cobri-lo com as relações amigáveis de reconciliação e amizade - está mentindo ". Acrescenta que, em sua arrogância e ódio contra os muçulmanos, os infiéis estão sempre tentando separar os muçulmanos de sua fé, esse é o objetivo de todos os seus crimes contra os muçulmanos, desde o colonialismo até a atual campanha da OTAN no Afeganistão e a guerra contra o terrorismo.

Abu 'Uzair afirma que o secularismo do mundo ocidental é uma mera pretensão, porque o ocidente está na realidade impulsionado por profundas crenças cristãs, e as ambições dos cruzados e suas técnicas tem sido as mesmas em todos esses séculos. Como prova, ele lança mão de versos do Corão, comparando-os com acontecimentos atuais. Por exemplo, ele cita um versículo em que o Faraó acusa Moussa (Moisés) de “propagar a corrupção na terra”. Este explica que a mesma acusação é feita hoje contra a Al-Qaeda: “Observem como este insolente infiel [ o faraó]... acusa o profeta Moussa de difundir a corrupção na terra. Esta é a mesma descrição que é aplicada ao grupo que está combatendo contra a aliança hostil (OTAN), os escravos da Cruz e os Judeus. A acusação também é feita contra os principais dirigentes (da guerra santa), em especial ao heróico leão Osama, que Allah tenha misericórdia dele e dos demais membros da elite, os mártires fieis que faleceram mas não renegaram [sua fé]... A morte de Bin Laden foi a razão de ter escrito estas palavras. Não quero que este [estudo] seja apenas um elogio, mas uma expressão de lealdade. Também quero explicar a natureza do conflito que se trava em todas as frentes, assim como a mensagem transcendental escondida na morte de grande homens e os efeitos sobre os crentes e os infiéis”.

Abu 'Uzair enfatiza que, embora os infiéis estejam lutando contra o Islã, estes serão derrotados neste mundo e estão destinados a sofrer os grandes tormentos no próximo [mundo]. O restante da primeira parte do ensaio, é dedicada a uma discussão polêmica contra os estudiosos muçulmano das instituições religiosas que defendem a guerra contra o terrorismo, chamando-os de “apóstatas leais [aos regimes seculares], “Rafiditas” (que quer dizer, xiitas), “sufis servis” e etc.

A morte na batalha é o privilégio concedido aos melhores homens

Na segunda parte do estudo, Abu 'Uzair apresenta seu argumento principal, ou seja, que a morte de Bin Laden é a mesma de muitos líderes e figuras de destaque ao longo da história islâmica, elogiando as grandes vitórias do Islã. Primeiro ele volta a insistir que a humanidade está dividida entre crentes e infiéis. “Quando Allah dividir a humanidade, o fez da seguinte maneira: “ Uma parte estará no paraíso e outra parte no inferno [Corão 42:7]. Deus diferenciou os dois grupos a fim de garantir uma distinção clara entre eles, de modo que o bem pode ser transmitido de forma que nós possamos pisar na terra de maneira segura, para que a terra possa ser cultivada e, portanto, os crentes possam ficar tranquilos. Do contrário, o engano cresceria, as calamidades chegariam rapidamente, e o bem seria combatido enquanto o vício promovido. Portanto, não há escolha senão empreender a guerra, para que os crentes possam viver e as cabeças dos infiéis possam ser cortadas cumprindo seus destinos calamitosos...”

Em seguida, Abu 'Uzair, salienta que para os mártires, a morte não é uma derrota e sim uma vitória, para isso cita um versículo que descreve a aniquilação dos infiéis por Deus: Allah disse: “Como muitos dos profetas lutaram [pela causa de Allah] e com ele lutaram grandes grupos de homens piedosos? Mas, nunca perderam o ânimo enfrentaram as calamidades no caminho de Allah, não enfraqueceram e não se entregaram. E allah ama os que são firmes. Tudo o que disseram foi: Nosso senhor perdoe nossos pecados e tudo o que possamos ter feito que transgrediu o nosso dever. Estabelece firme nossos pés e dai-nos a vitória sobre os infiéis. Então allah deu-lhes uma recompensa neste mundo e grande recompensa no Além. Já que Allah ama os justos” [Corão 3:148]. “ E pode provar os fiéis e aniquilar os infiéis” [Corão 3:141].

“Qualquer um que estude esse verso... sabe que a morte no caminho, a separação do corpo com as catapultas não é um símbolo de derrota, tal como crê os incrédulos, mas um sinal de força e luta pela purificação, conforme as palavras de Allah: “Eles nunca perderam o ânimo e enfrentaram os desastre no caminho de Allah, não enfraqueceram, não entregaram-se. Aquele que morre [como mártir] senta-se ao lado de Allah, para que possa adorar somente a ele. Este de maneira alguma é um derrotado. Ao contrário, está contente por sua morte, graças a sorte que o próprio Allah prometeu conceder a essa seita sublime [quer dizer, os mujahideen] dizendo:.. Sem dúvida que foi dada a Nossa palavra aos Nossos servos mensageiros,de que seriam socorridos. E de que os Nossos exércitos sairiam vencedores. [Corán 37:171-173] Na maioria dos casos, “conquistar” no Corão significa conquistar com a espada e a lança...”
___________________________________

Para ver o restante do texto clique no link abaixo:

[1] O ensaio é datado erroneamente como 29 de abril de 2011, enquanto Osama Bin Laden foi morto em 01 de maio.

[2] O artigo também foi publicado no portal Minbar Al-Tawhid Wal-Jihad e foi baixado por cerca de 6.000 vezes.

Fonte: MEMRI - The Midle East Media Research Institute
Tradução e adaptação: Blog De Olho na Jihad

Clique aqui e siga o De olho na Jihad no Twitter e aqui para curtir no Facebook 
A cópia das notícias aqui vinculadas é livre, já que em grande maioria não são de nossa autoria. Os textos de nossa autoria passarão agora a serem classificados como “Editorial”. Portanto, por questão de justiça e honestidade intelectual, pedimos que ao copiar nossos textos cite-nos e também cite a fonte na qual coletamos as informações.  

0 comentários:

Postar um comentário

Termo de uso

O Blog De Olho na Jihad não se responsabiliza pelo conteúdo dos comentários e se reserva o direito de eliminar, sem aviso prévio, os que estiverem em desacordo com as normas do site ou com as leis brasileiras.

As opiniões expostas não representam o posicionamento do blog, que não se responsabiliza por eventuais danos causados pelos comentários. A responsabilidade civil e penal pelos comentários é dos respectivos autores. Por este motivo os que comentarem como anônimos devem ter ciência de que podemos não publicar ou excluir seus comentários a qualquer momento.
Se não tiver gostado, assine, ou não comente e crie seu próprio site e conteste nossas informações.

Ao comentar o usuário declara ter ciência e concorda expressamente com as prerrogativas aqui expostas.

A equipe.

Share

Twitter Delicious Facebook Digg Stumbleupon Favorites More