CAIRO - A Irmandade Muçulmana, grupo islâmico mais importante do Egito, alertou nesta quarta-feira o primeiro-ministro turco Tayyip Erdogan sobre as tentativas de Ancara de se tornar a liderança dominante do Oriente Médio.
- Nós damos boas-vindas à Turquia e a Erdogan. Reconhecemos que ele é um líder importante, mas não achamos que ele ou seu país devem liderar sozinhos toda a região (Oriente Médio) - disse Essam el-Erian, membro do partido da Irmandade Muçulmana, o Liberdade e Justiça.
Depois de fazer um enorme apelo pela democracia no mundo árabe, Erdogan foi recebido em uma recepção reservada por lideranças da Irmandade, cujos membros mais antigos rejeitam a imagem do premier turco, adorado por vários jovens egípcios. Os comentários da Irmandade, no entanto, foram uma surpresa no meio da recepção arrebatadora que o turco vem recebendo desde que começou uma turnê por três países do Oriente Médio.
- Democracia e liberdade são direitos básicos, como pão e água, meus irmãos - disse Erdogan durante um encontro no Cairo, nesta terça-feira.
O partido de Erdogan, com raízes islâmicas e muito sucesso nas urnas, se tornou um modelo a ser perseguido pela Irmandade Muçulmana e outras legendas egípcias que se preparam para a primeira eleição livre desde que o regime de 30 anos de Hosni Mubarak foi derrubado em fevereiro. Grupos políticos temem, no entanto, que líderes estrangeiros tentem se aproveitar dos feitos da revolução no Egito. Autoridades turcas garantem que o objetivo não é ditar regras, mas apenas oferecer ajuda aos egípcios.
- Estados árabes não precisam de projetos externos. A transição tem que ser feita pelos novos sistemas internos que foram construídos nos países árabes após a revolução. E serão sistemas democráticos - afirmou Erian, que chegou a ser preso durante o regime de Mubarak.
Erian, no entanto, não retira o mérito de Erdogan na Turquia. Além de vitórias nas urnas e eleições livres, o premier conseguiu fortalecer a economia turca e frequentemente apoia as causas árabes.
- Erdogan investiu com êxito na causa central do mundo árabe e muçulmano que é a causa palestina - disse o líder da Irmandade.
Erdogan ganhou muitos elogios dos árabes por manter uma política linha dura com Israel, principalmente nos últimos tempos, quando expulsou o embaixador de Israel da Turquia em retaliação à resistência de Tel Aviv de se desculpar pela morte de nove ativistas turcos, no ano passado. Nesta terça-feira, o premier fez um pedido à ONU para que não bloqueasse o reconhecimento do Estado palestino.
- A mensagem de libertado ecoada da Praça Tahrir se tornou uma luz de esperança para todos os povos oprimidos em Trípoli, Damasco e Sanaa - disse Erdogan em meio a aplausos. Fonte
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