quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Asia Bibi foi condenada por um tribunal sob pressão e sem direito a um advogado


Por defendê-la foram assassinados o governador de Punjab, Salman Tasser, e o ministro federal das minorias religiosas, Shabhaz Bhatti.

Filhas de Asia Bibi exibem foto da mãe
Asia Bibi, é mártir de uma perseguição vergonhosa. A cristã condenada a morte no Paquistão por blasfêmia, e que está a mais de um ano na prisão de Sheikhupura (Punjab) esperando a execução, foi “julgada por um tribunal sob evidente pressão de extremistas islâmicos”, sem direito a um advogado durante as investigações e os interrogatórios.

O Centro de Estudos de influência muçulmana, Jinnah Institute, afirma em uma nota enviada a agência Fides, que o processo poderia se invalidado devido essas irregularidades. O Jinnah Institute, sediado em Karachi, investiga e realiza estudos no campo do Direito, Direitos Humanos e Estado de Direito e promove a luta por uma Constituição Democrática e Laica para o Paquistão.

Segundo este Think tank composto por intelectuais muçulmanos e presidido pelo deputado Rehman Sherry, o caso judicial de Asia Bibi está marcado, desde o início, por irregularidades e manipulações.

A “Comissão Nacional Sobre o Status da Mulher”, reuniu-se com Asia Bibi e constatou que “apenas oito dias depois do incidente em que Asia havia pronunciado frases blasfemas, Qari Mmuhammad Salim, um líder muçulmano, usando três mulheres como testemunhas, foi capaz de registrar uma queixa que levou a prisão de Asia”. Durante esses oito dias é que foram orquestradas as denúncias contra Asia.

Todas essas suspeitas foram relatadas por Shabhaz Bhatti e Salman Tasser em um relatório entregue ao presidente paquistanês.

O relatório destaca que “o juiz condenou-a devido a pressão dos extremistas islâmicos, ignorando os verdadeiros fatos”. Estas pressões são perigosas para o sistema, destacou o Jinnah Institute.

A entidade recorda o destino do juiz do Superior Tribunal de Lahore, Arif Iqbal  Bhatti, assassinado em 1997 após absolver dois meninos cristãos, Salamat Masih e Rehmat, condenados a morte por “blasfêmia” em 1995 por um tribunal de primeira instância.

O relatório também destaca que durante a investigação e os interrogatórios, foi negado a cristã, o direito constitucional de ser acompanhada por um advogado. Segundo o Instituto, algo bastante grave e o suficiente para invalidar uma sentença jurídica.

O advogado que agora acompanha seu caso, oferecido pela Fundação Masihi, prepara um pedido de recurso diante do Superior Tribunal, mas também existe a possibilidade de um indulto presidencial.

Até o Papa Bento XVI lançou um apelo em novembro de 2010 para impedir a morte desta mãe de família. Por defendê-la, o governador de Punjab, Salman Taseer, e o Ministro das Minorias, Shabhaz Bhatti, foram assassinados.

O caso de Asia Bibi não é algo isolado. A lei de “blasfêmia” tem sido usada pelos islâmicos para perseguir os cristãos no país. A lei tem sido empregada não só em disputas religiosas, mas também em conflitos pessoais e familiares e em conflitos por terras. Baseando-se na lei de blasfêmia e na submissão do sistema judicial aos líderes religiosos, os muçulmanos conseguem facilmente acusar e prender qualquer não-muçulmano sob o rótulo de “blasfemos”.

A Comissão “Justiça e Paz” da Conferência Episcopal Paquistanesa têm tentado conseguir junto a ONU o envio de um observador internacional para acompanhar a perseguição as minorias do país, perseguições essas que ocorrem muitas vezes com complacência do governo.

Participe da petição internacional pela vida de Asia e escreva ao presidente do Paquistão clicando aqui.

Blog De Olho na Jihad com informações HazterOir

Assinem nosso newsletter, pois só aqui você acompanhará a situação de Asia Bibi, tendo em vista o esquecimento da grande mídia. 

*
Clique aqui e siga o De olho na Jihad no Twitter e aqui para curtir no Facebook 
A cópia das notícias aqui vinculadas é livre, já que em grande maioria não são de nossa autoria. Os textos de nossa autoria passarão agora a serem classificados como “Editorial”. Portanto, por questão de justiça e honestidade intelectual, pedimos que ao copiar nossos textos cite-nos e também cite a fonte na qual coletamos as informações.  

0 comentários:

Postar um comentário

Termo de uso

O Blog De Olho na Jihad não se responsabiliza pelo conteúdo dos comentários e se reserva o direito de eliminar, sem aviso prévio, os que estiverem em desacordo com as normas do site ou com as leis brasileiras.

As opiniões expostas não representam o posicionamento do blog, que não se responsabiliza por eventuais danos causados pelos comentários. A responsabilidade civil e penal pelos comentários é dos respectivos autores. Por este motivo os que comentarem como anônimos devem ter ciência de que podemos não publicar ou excluir seus comentários a qualquer momento.
Se não tiver gostado, assine, ou não comente e crie seu próprio site e conteste nossas informações.

Ao comentar o usuário declara ter ciência e concorda expressamente com as prerrogativas aqui expostas.

A equipe.

Share

Twitter Delicious Facebook Digg Stumbleupon Favorites More