sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Turcos dizem ter atacado site do 'Charlie Hebdo'


O grupo islâmico turco Akincilar admitiu ontem ter sido o responsável pelo ataque na web contra o jornal satírico francês Charlie Hebdo - que publicou a imagem de um suplemento especial com caricaturas do Profeta Maomé -, mas assegurou que não teve envolvimento no atentado com coquetéis molotov que incendiou o escritório da publicação.

Em sua página na internet, o grupo diz que sua missão é "lutar contra as publicações que atacam a fé islâmica e os valores morais, contêm pornografia e materiais satânicos". O grupo acrescentou que a versão digital do Charlie Hebdo tornou-se alvo de sua luta por publicar conteúdos que ofendem os valores islâmicos.

Com relação ao ataque incendiário, o Akincilar disse que não apoia nenhum tipo de ação efetuada com tal violência.

O semanário, cujos escritórios foram destruídos pelo ataque de terça-feira à noite, mudou-se temporariamente para o prédio do jornal de esquerda Libération e defendeu ontem "a liberdade para fazer sátiras". O jornal também publicou um suplemento especial com quatro páginas - encartado no Libération - com a reprodução da polêmica charge de Maomé. Entre os outros desenhos está um do Profeta tentando segurar sua túnica, em uma pose que lembra a famosa imagem de Marilyn Monroe, enquanto uma rufada de vento sai de um dos exemplares da revista levantando a roupa dele.

A publicação de caricaturas do Profeta em um diário dinamarquês, em 2005, provocou distúrbios no mundo islâmico, nos quais morreram ao menos 50 pessoas.

Grupos muçulmanos franceses criticaram a obra de Charlie Hebdo, mas também condenaram o ataque. O líder da principal mesquita de Paris, Dalil Boubakeur, disse ontem em entrevista coletiva que é extremamente apegado à liberdade de imprensa, apesar de ela não ser sempre carinhosa com os muçulmanos ou o Islã. O ex-assessor presidencial sobre diversidade religiosa Abderrahmane Dahmane disse não ter ficado impressionado com a capa da revista e brincou: "Temos senso de humor no mundo islâmico. O que dizemos às vezes sobre o Islã ou o Profeta, entre nós ou na presença de imãs, é pior do que escreveu Charlie Hebdo".

A França tem a maior comunidade islâmica da Europa, com cerca de 5 milhões, de uma população de 65 milhões. O país tem uma profunda tradição de laicismo e este ano proibiu nos locais públicos o uso do véu integral, como a burca e o niqab. / EFE e REUTERS

Clique aqui e siga o De olho na Jihad no Twitter e aqui para curtir no Facebook 
A cópia das notícias aqui vinculadas é livre, já que em grande maioria não são de nossa autoria. Os textos de nossa autoria passarão agora a serem classificados como “Editorial”. Portanto, por questão de justiça e honestidade intelectual, pedimos que ao copiar nossos textos cite-nos e também cite a fonte na qual coletamos as informações.  

0 comentários:

Postar um comentário

Termo de uso

O Blog De Olho na Jihad não se responsabiliza pelo conteúdo dos comentários e se reserva o direito de eliminar, sem aviso prévio, os que estiverem em desacordo com as normas do site ou com as leis brasileiras.

As opiniões expostas não representam o posicionamento do blog, que não se responsabiliza por eventuais danos causados pelos comentários. A responsabilidade civil e penal pelos comentários é dos respectivos autores. Por este motivo os que comentarem como anônimos devem ter ciência de que podemos não publicar ou excluir seus comentários a qualquer momento.
Se não tiver gostado, assine, ou não comente e crie seu próprio site e conteste nossas informações.

Ao comentar o usuário declara ter ciência e concorda expressamente com as prerrogativas aqui expostas.

A equipe.

Share

Twitter Delicious Facebook Digg Stumbleupon Favorites More