Heitor de Paola
Nunca haverá paz entre muçulmanos e infiéis, somente hudna, a trégua temporária até que os fiés se reagrupem e se rearmem.
Terminei meu artigo Por que a paz? mostrando que os ocidentais e alguns judeus 'concedem de forma abjeta uma superioridade "cultural" a estes povos incultos sob domínio instintivo e deixando-se julgar por eles, por seus padrões primitivos de pensamento e conduta e sentindo-se culpados por possuírem padrões mais elevados'.
Uma cena constrangedora diz muito: a Rainha Elizabeth, em visita a uma mesquita em Dubai tirou os sapatos e cobriu sua cabeça com um manto. Compare-se com a visita oficial de muçulmanos às igrejas dos países ocidentais: jamais retiram seus mantos e descobrem a cabeça em respeito à tradição cristã. Indo mais fundo: o Ocidente está cada vez mais coalhado de mesquitas, mas igrejas cristãs ou sinagogas não são permitidas nos países que seguem estritamente a shari'a (lei islâmica). Esta diferença de comportamento não pode ser vista somente de forma superficial, pois implica numa influência cultural pela qual o Islam conseguiu impor sua 'superioridade' e submeter os ocidentais à crença na inferioridade de suas tradições e cultura.
Além da guerra declarada e do terrorismo, a hostilidade do Islam se manifesta desta forma sutil de deformação cultural dos inimigos, osdhimmi, secularmente vistos como seres inferiores que devem ser submetidos (islam) pela conversão ou pela força.
A visão islâmica divide o mundo em Dar AL-Islam, Casa da Submissão (Islam) - às leis corânicas e nas quais a religião pode ser praticada livremente. Dois requisitos são fundamentais: os fiéis devem gozar de paz - por isto também é chamada Dar AL-Salam (Casa da Paz) - e segurança em seus domínios e ter fronteiras comuns com outros países islâmicos - e Dar AL-Harb (Terra da Guerra) ou Dar AL-Garb, (Terra do Ocidente), onde a lei islâmica não é obrigatória, mas respeitada, junto com as demais religiões. Também é chamada Dar AL-Kufr (Casa ou Domínios dos infiéis), termo primeiramente usado por Maomé para se referir à comunidade Coraixita de Meca que não aceitou a conversão e o expulsou, até seu retorno triunfal de Medina e reconquista. Geralmente são territórios visados para dominação.
Na Dar Al-Islam está a Ummah, palavra árabe que significa comunidade ou nação, comumente usada no contexto islâmico para indicar a 'comunidade dos crentes': ummat al-mu'minin, todo o mundo muçulmano incluindo a diáspora. O Corão usa Ummah Wahida para se referir ao mundo islâmico unificado. A Sura 3:110 diz: 'Vocês (os crentes) constituem a melhor nação criada para (o benefício do) o homem, vocês impõem o certo e proíbem o errado e acreditam em Allah e se os seguidores do Livro (Judeus e Cristãos) tivessem (também) acreditado teria sido melhor para eles entre eles (alguns) são crentes, mas a maioria são transgressores'. Estes são os Dhimmi ('protegidos'), as minorias não-islâmicas vivendo na Ummah submetidas à shari'a e pagando impostos elevados. Originalmente foi usado para os Povos do Livro conquistados. Um precedente clássico foi o acordo feito entre Maomé com os judeus de Khaybar, um oásis perto de Medina. Quando eles se renderam, depois de prolongado cerco, o Profeta permitiu que eles permanecessem desde que pagassem como tributo a metade de sua produção anual. A justificativa corânica está em 9:29:
'Combatam aqueles que não acreditam em Allah, nem no Dia do Juízo, nem proíbem o que Allah e seu Mensageiro proibiram, nem seguem a religião da verdade, mesmo que eles sejam Povos do Livro, até que eles paguem a Jizya (imposto por cabeça) em reconhecimento da superioridade (do Islam), e se submetam'.
'Combatam aqueles que não acreditam em Allah, nem no Dia do Juízo, nem proíbem o que Allah e seu Mensageiro proibiram, nem seguem a religião da verdade, mesmo que eles sejam Povos do Livro, até que eles paguem a Jizya (imposto por cabeça) em reconhecimento da superioridade (do Islam), e se submetam'.
Embora a palavra paz em árabe, salam, e hebraico, shalom, tenham raízes comuns, seus significados diferem profundamente: como a religião judaica não é proselitista Shalom é um conceito civil entre pessoas, comunidades ou países de várias crenças, tradições e conceitos morais. Salam, por sua vez, implica necessariamente uma situação exclusiva entre fiéis do Islam, não admitindo infiéis, pois estes existem para serem conquistados e convertidos. Nunca haverá paz entre muçulmanos e infiéis, somente hudna, a trégua temporária até que os fiés se reagrupem e se rearmem. Voltando ao artigo citado: 'Esta é a única paz que, sentindo-se superiores, eles nos permitem: a paz da submissão e dos cemitérios. É por este caminho que o Islam vai conquistando a Europa e o Mundo'.
Artigo publicado no Jornal Visão Judaica, de Curitiba.
1 comentários:
O profeta? Ah, sim, profeta... mas falso!
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