Pelo menos duas pessoas morreram e 16 ficaram feridas após uma nova onda de ataques coordenados contra cristãos iraquianos em Bagdad.
No total, 14 bombas foram colocadas junto a casas pertencentes a cristãos, disse à AFP um funcionário do Ministério do Interior. Dez artefatos explodiram, matando dois cristãos e ferindo 16, acrescentou.Os outros quatro explosivos foram localizados e e explodidos pelas forças de segurança.
No total, 14 bombas foram colocadas junto a casas pertencentes a cristãos, disse à AFP um funcionário do Ministério do Interior. Dez artefatos explodiram, matando dois cristãos e ferindo 16, acrescentou.Os outros quatro explosivos foram localizados e e explodidos pelas forças de segurança.
Para Saad Sirop Hanna, representante da Igreja Católica, o objetivo dos atentados é amedrontar os cristãos e forçá-los a sair do Iraque.
O maior número de explosões foram registrados no bairro comercial de Karrada, onde fica uma catedral atacada no dia 31 de Outubro, véspera do Dia de Todos os Santos.
Para alguns Cristãos essa foi a gota d'água: "Vamos amar o Iraque para sempre, mas temos que deixá-lo imediatamente para sobreviver", disse Noor Isam cristão iraquiano de 30 anos. "Pergunto ao governo: Onde está a promessa de segurança para os cristãos? '"
Na Igreja Católica Caldéia Sagrado Coração de Jesus, o Padre Meyassr pedia nesta quinta-feira aos fiéis para não fugirem após os últimos ataques.
"Eu só me pergunto, quando haverá um fim para essa ignorânica?", disse ele em entrevista. "Quando haverá o fim desse fanatismo?
"Eu só me pergunto, quando haverá um fim para essa ignorânica?", disse ele em entrevista. "Quando haverá o fim desse fanatismo?
Ele acrescentou: "Eu quero dizer aos cristãos no Iraque para não deixarem o seu país, apesar dos perigos. Vamos morrer aqui - melhor do que viver oprimido em outro país. É nossa responsabilidade o sacrifício para o país, a fim de tirá-lo do buraco profundo e viver em paz novamente entre o povo do Iraque como nós viviamos antes, e ainda melhor. "
Desde outubro, pelo menos 1.000 famílias cristãs deixaram o Iraque para a região semi-autônoma do Curdistão, no norte, e outros buscaram refúgio na Síria, Turquia e Jordânia, de acordo com as Nações Unidas. Estima-se que mais da metade dos cristãos iraquianos deixaram o país desde 2003.
Os atentados ocorreram em um intervalo de meia hora de 20:00 as 21:00 na quinta-feira, de acordo com o Ministério da Informação. A primeira bomba explodiu perto de uma casa no bairro Jadeeda, matando duas pessoas e ferindo outras três. As outras explosões foram menos letais, mas todos resultaram em ferimentos.
Ninguém reivindicou imediatamente a responsabilidade pelos ataques.
Em resposta aos atentados coordenados em Bagdá, Younadim Yousif, um cristão membro do Parlamento do Iraque, culpou as forças de segurança por não terem impedido os ataques, especialmente após o grupo extremista ISI (estado islâmico do Iraque) ter anunciado suas intenções. "O governo tem total responsabilidade por esses ataques, pois eles já prometeram proteger os cristãos", disse o Sr. Yousif.
Acho que há uma cumplicidade por parte das forças de segurança, ajudando os insurgentes para implementar os seus ataques, porque é inacreditável que eles poderiam plantar mais de 10 bombas em diferentes áreas tendo como alvo os cristãos", disseYounadim Yousif.
Falah, familiar de uma das pessoas atacadas, diz que o Iraque “é a terra de todos os iraquianos mas é também o país do terrorismo”.
E acrescenta: “Se os sunitas, os xiitas e os cristãos partirem, quem vai ficar no país?”
Em Novembro, num comunicado, a Al Qaida definiu os cristãos como alvos legítimos de ataque.
A 31 de Outubro, um atentado contra a catedral sírio-católica de Bagdade causou a morte a 44 fiéis e dois padres.
Desde a invasão norte-americana em 2003, quase meio milhão de cristãos deixaram o Iraque.
Leiam também: Vídeo: O testemunho terrível de uma das reféns presentes no massacre ocorrido na igreja de Bagdá, em 31 de outubro de 2010
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