sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

As motivações islâmicas de Mohamed Osman Mohamud - O Jihadista de Óregon

Robert Spencer: Frontpage Magazine, 29 de novembro de 2010
Original: Even in Oregon
Tradução: Dextra


Um muçulmano somali de nome Mohamed Osman Mohamud for preso na sexta-feira em Portland, no Oregon, justo quando tentava explodir uma van carregada de explosivos na cerimônia inaugural de iluminação de uma árvore de Natal. Os explosivos eram ítens falsificados que os agentes que estavam seguindo as atividades de Mohamud lhe forneceram; quando eles foram prendê-lo, ele os chutou e gritou, “Allahu akbar!”

Embora os explosivos fossem falsos, "a ameaça foi muito real," de acordo com Arthur Balizan, o agente especial responsável pelo FBI no Oregon. "Nossa investigação," diz Balizan, "mostra que Mohamud estava absolutamente comprometido com a execução de um ataque em uma escala muito grande." O próprio Mohamud disse aos agentes secretos: "Eu quero que quem quer que esteja presente naquele evento saia ou morto ou ferido." Entretanto, agora que surgem mais informações sobre a trama jihadista de Mohamud, a resposta do governo e das autoridades de segurança, da comunidade muçulmana de Portland e da imprensa em geral têm sido monotonamente familiares.

I. As motivações islâmicas de Mohamud

As próprias afirmações de Mohamed Osman Mohamud deixam inequivocamente claro que ele estava esperando cometer assassinato em massa em nome do Islam, no que ele via como um ataque de jihad islâmica. Em um vídeo que ele fez explicando seus motivos, ele vestiu-se com um roupão branco e alguns adornos vermelhos e brancos para a cabeça, e disse aos agentes secretos que ele pensava serem seus cúmplices que ele queria vestir-se "ao estilo do Xeique Osama." Ele começou o vídeo repetindo invocações e orações tradicionais islâmicas: "Eu busco refúgio em Alá contra Satã, o amaldiçoado; em nome de Alá, o piedoso, o misericordioso; todo o louvor a Alá, nós o louvamos, buscamos sua assistência e perdão."

Aí ele avisou os americanos sobre um "dia negro que está chegando para vocês," pois "enquanto vocês ameaçarem nossa segurança, seu povo não vai estar seguro." Ele questionou: "Vocês acharam que poderiam invadir uma terra muçulmana e nós não invadiríamos vocês?" e gabou-se de que "Alá terá soldados espalhados por todo o mundo." Ele conclamou os muçulmanos vivendo nos Estados Unidos: "O que impede vocês de lutarem pela causa de Alá?" E predisse que "vocês verão a vitória do Islam."

Tudo isto se encaixa perfeitamente na doutrina islâmica de que a guerra de jihad torna-se obrigatória (fard Ayn) para todo muçulmano se uma terra muçulmana for atacada por infiéis.

Já há quatro anos atrás, quando tinha apenas quinze anos, Mohamud já tinha chamado a atenção das autoridades de segurança e disse a agentes secretos na época que ele estava orando para saber "se eu deveria....ir, né?, e fazer uma jihad em um outro país ou fazer tipo uma operação aqui." Ele escreveu para uma revisa eletrônica chamada “Jihad Recollections” [Lembranças da Jihad] sobre como os guerreiros da jihad devem "exercitar-se tanto quanto possível, a fim de fazer o maior mal possível aos inimigos de Alá." Eles não deveriam, entretanto, irem a academias e se exercitarem com pesos, ele escreveu, porque acadmias eram lugares definitivamente não-islâmicos, com sua 'música, mulheres semi-nuas [e] livre mistura'."

II. A mesquita local: Mohamud? Que Mohamud?

No entanto, apesar das motivações professadamente islâmicas de Mohamud, o imam Yosof Wanly, do Centro Islâmico Al-farisi, em Corvallis, no Oregon, seguiu um padrão previsível e frequentemente repetido, ao minimizar as ligações de Mohamud com a comunidade muçulmana local. Todo jihadista que já viveu por algum tempo nos Estados Unidos foi simultaneamente um muçulmano devoto e informado, segundo eles mesmos, e, segundo os relatos dos líderes das mesquistas locais, alguém que eles mal viam ou que não se entendia com a comunidade em geral, quando apareceram. Isto leva a uma pergunta maior, que nenhum jornalista teve a inteligência ou a coragem de perguntar: se estes terroristas jihadistas ralmente têm muito pouco ou nada a ver com com suas mesquitas locais e se sua compreensão do Islam difere tão agudamente dos muçulmanos da área, onde eles aprenderam a versão do Islam que os impeliu a tentar o assassinato em massa dos infiéis?

No decorrer de várias entrevistas para a imprensa, entretanto, Wanly acabou revelando que ele tinha um relacionamento mais próximo com Mohamud do que ele provavelmente teria com um membro apagado e que ele mal via de sua congregação. Ele disse que ele e Mohamud tinham "discussões normais do tipo aluno e professor" e caracterizou Mohamud, que abandonou a faculdade na Universidade Estadual do Oregon, como, de acordo com a Associated Press, "um aluno normal que ia a eventos esportivos, às vezes tomava uma cerveja e estava envolvido com a música e a cultura do rap." Embora esta declaração pareça calculada para passar uma imagem que é tudo menos a de um muçulmano sério, observante e devoto, ela também mostra que Wanly conhecia Mohamud melhor do que se esperaria que um imam ocupado de uma grande cidade conhecesse um ex-estudante universitário que só frequentava ocasionalmente sua mesquita.

III. A afirmação sem bases de que o Islam proíbe tais ataques

Wanly disse a respeito de Mohamud: "Ele parecia querer fazer algo para mudar algo. É o que ele pensa, em sua cabeça, e ele tomou a iniciativa." Mas ele declarou: "Em minha humilde opinião, não houve nada que me levasse a pensar que ele planejaria isto. Isto está completa, clara e textualmente proibido na religião islâmica." Ele não ofereceu nenhum texto do Corão ou do Hadith para sustenter esta afirmação e continuou: "Ele tomou esta atitude sem procurar o conselho de ninguém e passou dos limites."

Tudo isto também seguiu um padrão familiar. Nenhum repórter, é claro, perguntou a Wanly se Mohamud poderia ter sido inspirado por passagens como "matai os idólatras onde quer que os encontrardes" (Corão, 9:5). Nenhum repórter pediu para Wanly explicar o que há de incorreto, de acordo com uma perspectiva islâmica, com as afirmações que Mohamud fez sobre a obrigação dos Muçulmanos lutarem em uma jihad defensiva contra os invasores infiéis.  Nenhum repórter lhe perguntou que medidas ele estava adotando para cooperar com as autoridades de segurança para garantir que Mohamud não teria cúmplices ou aliados na mesquita.

IV. A busca por explicações alternativas

Se ele não era mesmo um jihadista islâmico, apesar do testemunho de suas próprias palavras, então, por que Mohamud tentou explodir a cerimônia de inauguração da iluminação da árvore de Natal? Wanly disse que ele teve uma infância difícil, depois de mudar-se com os pais da Somália para os Estados Unidos, quando tinha cinco anos. De acordo com o New York Daily News, “os vizinhos dizem que Mohamud era muito querido em sua família, mas entregou-se ao Islam militante não muito tempo depois que seus pais se separaram. 'Ele era um garoto tranquilo, mas com sua família se separando, quem sabe?' disse ao jornal Adam Napier, que foi vizinho de Mohamed Osman Mohamud durante anos."

Sim, quem sabe? O divórcio dos pais já levou muitos filhos infelizes a explodirem uma bomba em um local lotado e matarem centenas, se não milhares de pessoas, não é mesmo?

É claro que muito mais ataques terroristas foram cometidos por jihadistas islâmicos que leram e levaram a sério as diretrizes do Corão para se lançar guerra contra os infiéis do que por filhos traumatizados pelo divórcio dos pais, mas não importa: quando se trata de exonerar os textos e os ensinamentos islâmicos de qualquer reponsabilidade pela motivação de jihadistas violentos, o governo, as autoridades de segurança e a imprensa juntam-se aos porta-vozes islâmicos, agarrando-se a qualquer explicação alternativa, não importa o quão implausível.

V. A imagem dos muçulmanos como vítimas

Geralmente, apos um ataque jihadista ao Estados Unidos, bem-sucedido ou não, os veículos da imprensa tradicional mostram várias histórias sobre como as comunidades muçulmanas temem uma "reação" contra muçulmanos inocentes da parte de caipiras "islamofóbicos." É claro que estas "reações" nunca se concretizam, mas o objetivo destas histórias é desviar a atenção do público da realidade da jihad islâmica e voltá-la para a ficção de os muçulmanos serem vítimas, vivendo com medo de ataques de justiceiros de rua nos Estados Unidos. Na realidade, os crimes de ódio contra os muçulmanos responderam por apenas oito por cento dos crimes assim classificados nos Estados Unidos em 2009, de acordo com um relatório recentemente publicado do FBI. Os negros e os judeus têm muito mais probabilidade de serem vítimas - e muito menos probabilidade de serem o objeto de reportagens aduladoras da imprensa, falando sobre o grande temor de uma "reação" contra eles.

Mas neste caso, parece ter havido uma reação de verdade: um incêndio ao Centro Islâmico Salman Al-Farisi, em Corvallis. O FBI ofereceu uma recompensa de $10,000 por informações e o porta-voz do FBI Beth Anne Steele disparou: "O FBI não irá tolerar nenhuma retaliação contra a comunidade muçulmana como resultado daquela prisão."

Se este foi realmente um ataque retaliatório justiceiro seguindo-se à tentativa de ataque jihadista à bomba de Mohamud, então é abominável e deve ser inequivocamente condenado. É importante notar, entretanto, que enquanto o Conselho para as Relações Islâmico-Americanas (CAIR [em inglês]), que têm ligações com o Hamas, exigiu que o FBI e à polícia local protegessem a mesquita, o CAIR e outros muçulmanos não hesitaram em chegar ao ponto de fabricarem "crimes de ódio" incluindo ataques a mesquitas. O CAIR e outros grupos como ele precisam de crimes de ódio contra os muçulmanos, porque eles podem usá-los para obterem dividendos políticos e como armas para intimidarem as pessoas, para que fiquem em silêncio sobre a ameaça da jihad.

O incêndio do Centro Islâmico de Corvallis foi um acontecimento fabricado para desviar a atenção do ataque jihadista de Mohamud e trazê-la para os "vítimas" muçulmanas? Não há como saber, se as autoridades de segurança não considerarem esta possibilidade, que é o que eles deveriam fazer, dados os muitos incidentes falsos no passado. Mas se elas realmente vão fazê-lo é uma outra questão.

E então, com este último ataque jihadista contra os americanos, a mesma cena se desenrola mais uma vez: um jihadista islâmico invoca a doutrina islâmica para explicar suas ações, enquanto que as autoridades de segurança, o governo e a imprensa olham todos para o outro lado e se agarraram a explicações alternativas, não importa o quão absurdas. Enquanto isto, a imprensa destaca o quanto, no vácuo de mais uma tentativa de um muçulmano matar os infiéis, os muçulmanos estão sendo novamente vitimados.

O roteiro está escrito há muito tempo. Os personagens estão dispostos. A cada nova conspiração jihadista, tudo o que a imprensa, o governo e as autoridades de segurança e os líderes islâmicos precisam fazer é preencher os espaços em branco.

Robert Spencer é um estudioso da história, teologia e direito islâmico e diretor do Jihad Watch. Ele é autor de 10 livros, onze monografias e centenas de artigos sobre a jihad e o terrorismo islâmico, incluindo os Bestsellers do New York Times: The Politically Incorrect Guide to Islam (and the Crusades) [O guia politicamente incorreto para o Islam (e as Cruzadas)] e  The Truth About Muhammad [A Verdade sobre Muhammad]. Seu último livro é The Complete Infidel’s Guide to the Koran [O Guia completo do Infiel para o Corão] (Regnery), e é o co-autor (com Pamela Geller) de The Post-American Presidency: The Obama Administration’s War on America [A presidência pós-americana: A guerra da administração Obama contra a América](Simon and Schuster).

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