domingo, 21 de agosto de 2011

Entrevista com o islamita egípcio Tareq Al-Zumar


Logo abaixo, alguns trechos de uma entrevista com Tareq Al-Zumar, líder da organização egípcia Jihad Islâmica. Al-Zumar esteve preso por ter participado do assassinato do presidente egípcio Anwar Al-Sadat e foi perdoado pelo Conselho Supremo das Forças Armadas Egípcias em março deste ano.

A entrevista foi transmitida por Misr 25 TV, no dia 4 de agosto.

"Existe um consenso de que tal coisa como [mulheres governantes] não está permitida"

Tareq Al-Zumar: "Todos os assuntos da Al Qaeda estão sendo relevados a uma proporção internacional. Os erros cometidos por ela nos últimos 12 ou 15 anos não equivalem a uma milionésima parte dos erros e crimes cometidos pelos Estados Unidos e a Grã-Bretanha contra a nação árabe e islâmica?" 

[...]

Entrevistador: "Você permitiria que uma mulher ou um cristão - um não muçulmano - estivesse encarregado pela presidência, o cargo mais supremo no país, no estado islâmico ao qual você aspira?"

Tareq Al-Zumar: "Esses temas estão sujeitos aos princípios da jurisprudência islâmica política, que devem reger a sociedade. Alguns desses assuntos são considerados inovadores, que podem ser adotados de acordo com as circunstâncias de nossos tempos."

Entrevistador: "Você já pensou sobre este tema em seu partido político?"

Tareq Al-Zumar: "Em relação ao tema de mulheres como governantes, existe um consenso de que tal coisa não está permitida".

Entrevistador: "E um não-muçulmano?"

Tareq Al-Zumar: "Existe um consenso também, mas isso não os  impede a ter outras posições na sociedade. Através de toda história islâmica, os coptas, ou não-muçulmanos, foram designados a altos cargos, contrariamente à prática em outros muitos países, incluindo os países ocidentais."  [...]

"Respeito a aplicação dos castigos islâmicos, isso faz parte do modelo político islâmico. Este é um dos tipos de penas impostas na sociedade. Na minha opinião, os rumores neste sentido são uma tentativa de difamar os castigos islâmicos, num momento em que existem castigos piores nas sociedades ocidentais, por motivos que não devem acarretar em castigo."

Entrevistador: "Mas você acredita que os castigos islâmicos deveriam ser implementados, embora existam apenas para dissuadir e assustas as pessoas, tal como cortar as mãos dos ladrões, decapitar os assassinos e assim sucessivamente?"

Tareq Al-Zumar: "Se numa sociedade há ladrões, o que nos impede de cortar as mãos de uns quantos... para tornar mais segura a sociedade?"

"Voltando à questão de implementar os castigos islâmicos - quando foram implementados, não foi da maneira que imaginamos. As pessoas pensam que se a mão de um ladrão é cortada, significa que um milhão de mãos serão cortadas. Nossa denúncia é que uma vez que este castigo seja aplicado uma ou duas vezes, o objetivo será cumprido." [...]

Fonte: MEMRI
Tradução: Jônatha Bittencourt, editor de Cessar-Fogo e De Olho na Jihad


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