O jornal Al-Hayat informou que o chefe da ala militar do Hamas e um enviado israelense se reuniram no Egito para uma segunda rodada de negociações indiretas. Enquanto isso, cerca de 20 ativistas bloquearam um ônibus que levava visitantes de prisioneiros palestinos à Prisão Nafha no dia de hoje.
Foi organizado um segundo round de conversas indiretas entre as equipes negociadoras de Israel e do Hamas pela libertação do soldado das Forças de Defesa de Israel sequestrado, Gilad Shalit, que teriam de começar nesta segunda-feira (15) em Cairo, segundo informações do jornal Al-Hayat em Londres.
De acordo com a notícia, o primeiro round de negociações, mediado por funcionários egípcios, aconteceu na semana passada, terminando, efetivamente, com a paralisação.
Al-Hayat informou que as equipes se estabeleceram em quatro salas separadas num edifício de inteligência egípcia e que os mediadores atuaram como mensageiros que passavam "sugestões e ideias".
Na semana passada, os informantes disseram que Ahmed Jabari, conhecido como o chefe do setor militar do Hamas, liderava uma delegação rumo ao Cairo para discutir um acordo de troca de prisioneiros com funcionários de inteligência.
David Meidan, um funcionário do Mossad (inteligência israelense), recentemente escolhido para liderar as negociações do lado de Israel, também visitou a capital egípcia na semana passada. Acompanhando estes fatos, o Egito decidiu sediar as negociações mais uma vez.
Um alto funcionário do Egito disse ao jornal que não ocorreram avanços nas negociações, mas que tinha fé de que ambos lados seriam mais flexíveis. Também acrescentou que o Hamas havia dado a Jabari a autoridade total para fechar um trato com Israel.
Outra fonte citada pelo Al-Hayat disse que ocorreram sinais visíveis de progresso.
"Se realmente há um desejo verdadeiro de alcançar um acordo e Israel mostra vontade de pagar o preço por Shalit, haverá um trato", disse.
Enquanto isso, cerca de 20 ativistas bloqueavam um ônibus que levava visitantes de prisioneiros palestinos a Prisão Nafha no dia de hoje.
Os ativistas, a maioria dos quais, soldados reservistas, mostravam cartazes que diziam: "Quem está visitando Shalit?" e evitaram a passagem para o estacionamento.
"Nenhuma visita para Shalit significa nenhuma visita para vocês", gritavam.
Fonte: Iton Gadol
Tradução e Publicação: Jônatha Bittencourt, editor de Cessar-Fogo e De Olho na Jihad
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