| 11 Agosto 2011
A existência do povo palestino é uma invenção moderna. Antes de 1967, os árabes nunca falaram de um povo ou de um Estado palestino.
“O mundo quase inteiro tem sofrido uma lavagem cerebral para acreditar que Israel é o vilão. Mas o povo judeu quer apenas viver em paz num pedacinho de terra”. É a opinião do escritor David Silver, judeu nascido na Nova Zelândia e diretor do ministério "Out of Zion”, baseado em Israel, onde ele e família vivem desde 1992.
Silver viaja pelo mundo discorrendo sobre os conflitos envolvendo aquele país a partir de uma perspectiva bíblica, histórica, cultural e política. No último fim de semana, ele esteve em Fortaleza e falou ao jornal O Estado sobre o viés anti-Israel da mídia, a chamada primavera árabe e outras questões relativas ao Oriente Médio.
Silver viaja pelo mundo discorrendo sobre os conflitos envolvendo aquele país a partir de uma perspectiva bíblica, histórica, cultural e política. No último fim de semana, ele esteve em Fortaleza e falou ao jornal O Estado sobre o viés anti-Israel da mídia, a chamada primavera árabe e outras questões relativas ao Oriente Médio.
O Estado: Tem fundamento a alegação de que Israel é uma terra roubada dos árabes pelos judeus?
David Silver: Em primeiro lugar, a Bíblia promete a terra a Israel. No livro de Gênesis, Deus faz uma aliança com Abraão e promete a terra pela eternidade. Além disso, a maioria das pessoas esquece que os judeus viveram na terra de Israel por milhares de anos, até que os romanos a destruíram nos anos 70 depois de Cristo. Mas os profetas bíblicos falaram do dia em que os judeus voltariam para a sua terra, e esse retorno começou no início do século XX. Tenho três pontos para provar que a terra pertence aos judeus.
Em segundo lugar, no ano de 1917, os britânicos apresentaram um mapa e prometeram aos judeus toda a terra do lado ocidental do rio Jordão; o lado oriental seria dos árabes. Era apenas um papel governamental, não tinha autoridade internacional. Mas em 1923 houve uma reunião da Liga das Nações em San Remo, na Itália, na qual 51 países concordaram com a partilha dos britânicos e deram a terra aos judeus.
Em terceiro, diz-se que Israel tomou terra ilegalmente ao final da Guerra dos Seis Dias, em 1967, e que, conforme a Lei Internacional, aquilo foi ilegal. Pela Lei Internacional, todavia, se você ataca um país e toma a terra, isto é ilegal; mas se alguém te ataca e você o empurra de volta, e ganha terra, isto é considerado legal. Então, em todos os pontos, os judeus têm o direito de viver naquela terra.
Houve, em algum momento histórico, um povo ou um Estado palestino reconhecido como tal?
A existência do povo palestino é uma invenção moderna. Antes de 1967, os árabes nunca falaram de um povo ou de um Estado palestino. No dia seguinte à fundação de Israel como país, em 1948, houve uma guerra com a Jordânia e esta tomou a Margem Ocidental, que por 19 anos esteve sob o controle da Jordânia, que não permitia aos judeus morar naquela terra. E os árabes nunca disseram “Ei, nós somos palestinos, nós queremos a terra de volta”. Foi somente quando Israel venceu a guerra de 1967 e recuperou a terra, foi somente aí que apareceram Yasser Arafat e a Organização pela Libertação da Palestina (OLP) falando de um povo e de um Estado palestino, e há quarenta anos a mídia tem repetido isso.
Os árabes são vítimas de um tipo de apartheid em Israel, como propala grande parte dos políticos, intelectuais e mídia do Ocidente?
Os árabes em Israel podem trabalhar, integrar partidos políticos, fazer parte do governo. Dos 7,5 milhão de cidadãos israelenses, 1,8 milhão são árabes, totalmente livres. A mídia dá uma perspectiva errada, e eu acredito que é por anti-semitismo. Já nos países árabes, ainda hoje, há um dizer palestino que prega “Nada de judeus”. É incitação à limpeza étnica. Minha opinião é que o mundo quase inteiro tem sofrido uma lavagem cerebral para acreditar que Israel é o vilão. Mas o povo judeu quer apenas viver em paz num pedacinho de terra
Vamos falar da tal Flotilha da Paz. Israel saiu daquele episódio como um matador de pacifistas. O que aconteceu ali?
O governo de Israel avisou aos “pacifistas” para não mandarem os barcos, e eles continuaram vindo. Então a Marinha disse “Venham conosco para que possamos inspecionar a carga e, se estiver tudo em ordem, mandá-la para Gaza”. Mas eles ignoraram as ofertas e continuaram vindo. Finalmente, os soldados israelenses desceram ao barco, com as armas afastadas, e os tais pacifistas os espancaram com canos de ferro, facas. Um soldado teve dano cerebral, outro teve o estômago cortado e foi jogado ao mar. Não era um barco de pacifistas, eram terroristas. Foi uma armadilha. Queriam manchar a imagem de Israel, pois eles sabem que a maior parte da mídia sempre mostra o quadro errado. A maioria das pessoas cai nessa armadilha porque não se preocupa em ler a verdade, não conhece a História, não procura os fatos.
Em 2000, durante as discussões de Camp David, o primeiro ministro de Israel, Ehud Barak, concordou em dar a Yasser Arafat 90% das terras que os palestinos reivindicavam...
Mas Arafat disse não! E o disse porque ele queria toda a terra, e não somente os 90%. Arafat tinha um mapa em seu uniforme no qual não havia a indicação de Israel. E ainda nos dias de hoje, os livros escolares árabes não trazem a sinalização de Israel. Eles não querem convivência com os judeus. Mas a imprensa mundial não divulga esses fatos. Se formos analisar, durante a Segunda Guerra Mundial, Hitler e os nazistas usaram a mídia para confundir o mundo, enquanto prosseguiam com a matança de judeus. Eu julgo que a mesma coisa está acontecendo nos dias de hoje.
Como o senhor avalia a cobertura feita pela mídia dos conflitos entre israelenses e árabes?
Eles atacam Israel primeiro, e Israel contra-ataca, mas a mídia só divulga a resposta israelense, nunca o ataque que provocou o revide. Quando a mídia culpa Israel, isso é assunto de capa, mas quando vão se retratar, a notícia fica escondida no rodapé da página, apenas uma linha, um parágrafo. É o caso da retratação do juiz Richard Goldstone, que apresentou um relatório, a pedido da ONU, sobre a Guerra de Gaza, afirmando que Israel tinha cometido crimes de guerra, assassinado civis deliberadamente etc. Há poucos meses, Goldstone veio a público dizer que não era bem assim, que ele tinha se enganado. Mas foi tarde demais, porque as pessoas já estão contaminadas pela versão errônea. Mas eu acho que agora Israel está acordando, e temos também bons representantes na mídia.
Ambos os meus filhos servem ao Exército, e eles me falam “Pai, se algum ataque pôr em risco a vida de um civil, somos orientados a abortar a missão, mesmo que tal atitude nos ponha em risco”. Claro que todo exército comete erros, e sempre há os maus soldados. Outro dia, alguém me enviou um e-mail dizendo que se os palestinos abaixarem suas armas, não existiria guerra alguma. Todavia, se Israel fizer o mesmo, não haverá mais Israel. É simples, e é a verdade.
E quanto aos líderes políticos ocidentais, a maioria está alinhada contra Israel?
Sim. Já estive em 32 países e posso garantir que pelo menos 80% desses líderes são contra Israel. Mas se você analisar a história de Israel, desde os tempos de Moisés, verá que Israel sempre foi pequeno, e seus inimigos, sempre grandes. A história de Israel é a história de Davi e Golias, não obstante, de algum modo, Israel sempre venceu. Pensemos acerca da Guerra dos Seis Dias. Israel foi atacado simultaneamente por três países, que, somados, tinham mais tanques e mais aviões que Israel. Todavia, em apenas seis dias, Israel foi capaz de vencê-los.
O que o senhor acha dos recentes protestos no Oriente Médio, a chamada “primavera árabe”?
O mundo ocidental pensa que este episódio é uma oportunidade para que floresça a democracia. Todavia, a Fraternidade Mulçumana está tomando o controle, e, agora, eles estão se preparando para a guerra, e mesmo os árabes moderados estão tornando-se radicais no seu ódio a Israel. Não existe “primavera árabe”, é uma mentira. De fato, se você procurar entender a religião islâmica, verá que a democracia e o Islã são como água e óleo.
O que a juventude israelense pensa da guerra?
A maior parte da juventude não quer a guerra, óbvio, mas entende o sentido da guerra, e eles não querem morar em outro país. O exército de Israel não é ofensivo, mas sim defensivo. Eles não estão lutando no Afeganistão ou Irã, estão lutando para defender suas famílias, suas casas. Se não tivéssemos nossos soldados, nós morreríamos. É simples assim.
Em segundo lugar, no ano de 1917, os britânicos apresentaram um mapa e prometeram aos judeus toda a terra do lado ocidental do rio Jordão; o lado oriental seria dos árabes. Era apenas um papel governamental, não tinha autoridade internacional. Mas em 1923 houve uma reunião da Liga das Nações em San Remo, na Itália, na qual 51 países concordaram com a partilha dos britânicos e deram a terra aos judeus.
Em terceiro, diz-se que Israel tomou terra ilegalmente ao final da Guerra dos Seis Dias, em 1967, e que, conforme a Lei Internacional, aquilo foi ilegal. Pela Lei Internacional, todavia, se você ataca um país e toma a terra, isto é ilegal; mas se alguém te ataca e você o empurra de volta, e ganha terra, isto é considerado legal. Então, em todos os pontos, os judeus têm o direito de viver naquela terra.
Houve, em algum momento histórico, um povo ou um Estado palestino reconhecido como tal?
A existência do povo palestino é uma invenção moderna. Antes de 1967, os árabes nunca falaram de um povo ou de um Estado palestino. No dia seguinte à fundação de Israel como país, em 1948, houve uma guerra com a Jordânia e esta tomou a Margem Ocidental, que por 19 anos esteve sob o controle da Jordânia, que não permitia aos judeus morar naquela terra. E os árabes nunca disseram “Ei, nós somos palestinos, nós queremos a terra de volta”. Foi somente quando Israel venceu a guerra de 1967 e recuperou a terra, foi somente aí que apareceram Yasser Arafat e a Organização pela Libertação da Palestina (OLP) falando de um povo e de um Estado palestino, e há quarenta anos a mídia tem repetido isso.
Os árabes são vítimas de um tipo de apartheid em Israel, como propala grande parte dos políticos, intelectuais e mídia do Ocidente?
Os árabes em Israel podem trabalhar, integrar partidos políticos, fazer parte do governo. Dos 7,5 milhão de cidadãos israelenses, 1,8 milhão são árabes, totalmente livres. A mídia dá uma perspectiva errada, e eu acredito que é por anti-semitismo. Já nos países árabes, ainda hoje, há um dizer palestino que prega “Nada de judeus”. É incitação à limpeza étnica. Minha opinião é que o mundo quase inteiro tem sofrido uma lavagem cerebral para acreditar que Israel é o vilão. Mas o povo judeu quer apenas viver em paz num pedacinho de terra
Vamos falar da tal Flotilha da Paz. Israel saiu daquele episódio como um matador de pacifistas. O que aconteceu ali?
O governo de Israel avisou aos “pacifistas” para não mandarem os barcos, e eles continuaram vindo. Então a Marinha disse “Venham conosco para que possamos inspecionar a carga e, se estiver tudo em ordem, mandá-la para Gaza”. Mas eles ignoraram as ofertas e continuaram vindo. Finalmente, os soldados israelenses desceram ao barco, com as armas afastadas, e os tais pacifistas os espancaram com canos de ferro, facas. Um soldado teve dano cerebral, outro teve o estômago cortado e foi jogado ao mar. Não era um barco de pacifistas, eram terroristas. Foi uma armadilha. Queriam manchar a imagem de Israel, pois eles sabem que a maior parte da mídia sempre mostra o quadro errado. A maioria das pessoas cai nessa armadilha porque não se preocupa em ler a verdade, não conhece a História, não procura os fatos.
Em 2000, durante as discussões de Camp David, o primeiro ministro de Israel, Ehud Barak, concordou em dar a Yasser Arafat 90% das terras que os palestinos reivindicavam...
Mas Arafat disse não! E o disse porque ele queria toda a terra, e não somente os 90%. Arafat tinha um mapa em seu uniforme no qual não havia a indicação de Israel. E ainda nos dias de hoje, os livros escolares árabes não trazem a sinalização de Israel. Eles não querem convivência com os judeus. Mas a imprensa mundial não divulga esses fatos. Se formos analisar, durante a Segunda Guerra Mundial, Hitler e os nazistas usaram a mídia para confundir o mundo, enquanto prosseguiam com a matança de judeus. Eu julgo que a mesma coisa está acontecendo nos dias de hoje.
Como o senhor avalia a cobertura feita pela mídia dos conflitos entre israelenses e árabes?
Eles atacam Israel primeiro, e Israel contra-ataca, mas a mídia só divulga a resposta israelense, nunca o ataque que provocou o revide. Quando a mídia culpa Israel, isso é assunto de capa, mas quando vão se retratar, a notícia fica escondida no rodapé da página, apenas uma linha, um parágrafo. É o caso da retratação do juiz Richard Goldstone, que apresentou um relatório, a pedido da ONU, sobre a Guerra de Gaza, afirmando que Israel tinha cometido crimes de guerra, assassinado civis deliberadamente etc. Há poucos meses, Goldstone veio a público dizer que não era bem assim, que ele tinha se enganado. Mas foi tarde demais, porque as pessoas já estão contaminadas pela versão errônea. Mas eu acho que agora Israel está acordando, e temos também bons representantes na mídia.
Ambos os meus filhos servem ao Exército, e eles me falam “Pai, se algum ataque pôr em risco a vida de um civil, somos orientados a abortar a missão, mesmo que tal atitude nos ponha em risco”. Claro que todo exército comete erros, e sempre há os maus soldados. Outro dia, alguém me enviou um e-mail dizendo que se os palestinos abaixarem suas armas, não existiria guerra alguma. Todavia, se Israel fizer o mesmo, não haverá mais Israel. É simples, e é a verdade.
E quanto aos líderes políticos ocidentais, a maioria está alinhada contra Israel?
Sim. Já estive em 32 países e posso garantir que pelo menos 80% desses líderes são contra Israel. Mas se você analisar a história de Israel, desde os tempos de Moisés, verá que Israel sempre foi pequeno, e seus inimigos, sempre grandes. A história de Israel é a história de Davi e Golias, não obstante, de algum modo, Israel sempre venceu. Pensemos acerca da Guerra dos Seis Dias. Israel foi atacado simultaneamente por três países, que, somados, tinham mais tanques e mais aviões que Israel. Todavia, em apenas seis dias, Israel foi capaz de vencê-los.
O que o senhor acha dos recentes protestos no Oriente Médio, a chamada “primavera árabe”?
O mundo ocidental pensa que este episódio é uma oportunidade para que floresça a democracia. Todavia, a Fraternidade Mulçumana está tomando o controle, e, agora, eles estão se preparando para a guerra, e mesmo os árabes moderados estão tornando-se radicais no seu ódio a Israel. Não existe “primavera árabe”, é uma mentira. De fato, se você procurar entender a religião islâmica, verá que a democracia e o Islã são como água e óleo.
O que a juventude israelense pensa da guerra?
A maior parte da juventude não quer a guerra, óbvio, mas entende o sentido da guerra, e eles não querem morar em outro país. O exército de Israel não é ofensivo, mas sim defensivo. Eles não estão lutando no Afeganistão ou Irã, estão lutando para defender suas famílias, suas casas. Se não tivéssemos nossos soldados, nós morreríamos. É simples assim.
Publicada no jornal O Estado.
Foto: Anderson Santiago
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