sexta-feira, 19 de agosto de 2011

IN MEMORIAM: Há 8 anos o diplomata brasileiro Sergio Vieira de Mello era vítima do terrorismo islâmico


Por que Sergio Vieira de Mello foi assassinado pelo Islã radical? Por M.G blog De Olho na Jihad


Sérgio Vieira de Mello[1] (Rio de Janeiro, 15 de março de 1948 - Bagdá, 19 de Agosto de 2003) foi  diplomata brasileiro, funcionário da Organização das Nações Unidas por 34 anos e Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos desde 2002. Morreu em Bagdá, juntamente com outras 21 pessoa inocentes, vítima de atentado perpetrado por um dos segmentos mais truculentos do Islã terrorista a Al Qaeda contra a sede local da ONU, onde iria empreender mais um movimento de defesa dos direitos humanos dos habitantes do Iraque, aviltados pelo ditador Saddam Hussein.



Nesse sentido, a história de  Vieira de Mello é bem significativa. Entre 1991 e 1996, foi enviado especial do Alto Comissário ao Camboja, como diretor do repatriamento da Autoridade da ONU de Transição no Camboja (U.N. Transitional Authority in Cambodia, UNTAC), tendo sido o primeiro e único representante da ONU a manter conversações com o Khmer Vermelho. Foi Diretor da United Nations Protection Force (UNPROFOR), a primeira força de paz na Croácia e na Bósnia e Herzegovina, durante as guerras da Iugoslávia. Foi também Coordenador humanitário da ONU na região dos Grandes Lagos Africanos.


Em 1996 foi nomeado assistente do Alto Comissário das Nações Unidas para Refugiados, antes de ser enviado para Nova Iorque, em janeiro de 1998, como Secretário-geral-adjunto para Assuntos Humanitários das Nações Unidas.

Como negociador da ONU atuou em alguns dos principais conflitos mundiais - Bangladesh, Camboja, Líbano, Bósnia e Herzegovina, Kosovo, Ruanda e particularmente no Timor-Leste, entre 1999 e 2002. Esta ilha do Pacifico, ex-colonia de Portugal, A 8 de Dezembro de 1975, Timor Leste foi invadido pela Indonésia- o maior  país islâmico do planeta, que a ocupou durante os 24 anos seguintes. 


Ironicamente, a Indonésia justificou a invasão, alegando a defesa contra o comunismo. A ironia reside no fato de que hoje o Islã radical e a esquerda são íntimos aliados numa frente contra o mundo livre e democrático..

Tragicamente,   a invasão indonesiana seguiu-se uma das maiores e brutais genocidios do pós II Guerra Mundial. A Indonésia recorreu a todos os meios para dominar a resistência da maioria cristã da ilha.: Calculam-se em duzentas mil as vítimas cristãs de combates e chacinas; as forças policiais e militares usavam de forma sistemática e sem controle de meios brutais de tortura, a população rural, nas áreas de mais acesa disputa com a guerrilha, era encerrada em "aldeias de recolonização", procedeu-se à esterilização forçada de mulheres timorenses. Simultaneamente, a fim de dar ao fato consumado da ocupação um caráter irreversível, desenvolveu-se uma política de descaracterização do território, quer no plano cultural (proibição do ensino do português e a islamização), quer no plano demográfico, quer ainda no plano político (integração de Timor na Indonésia como sua 27ª província). A Jihad- A Guerra Santa,  pela islamização do Timor Leste é exemplo típico do paroxismo da truculência que o Islã radical pode alcançar em nome de Alá e do Profeta.

A resistência à islamização, embora reduzida a umas escassas centenas de homens mal armados e isolados do mundo, conseguiu com denuncias internacionais alargar a sua luta ao meio urbano com manifestações de massas e manter no exterior uma permanente luta diplomática com o decisivo apoio da ONU,  na pessoa de Sergio Vieira de Mello. 


Assim, em 30 de Agosto de 1999, os timorenses votaram por esmagadora maioria pela independência, pondo fim a 24 anos de ocupação indonésia, na sequência de um referendo promovido pelas Nações Unidas. O resultado do referendo gerou confrontos por parte de grupos fanáticos jihadistas. O conflito, que destruiu boa parte da infraestrutura do país e matou mil pessoas, só foi resolvido com a mobilização da Missão das Nações Unidas de Apoio no Timor-Leste (UNMISET), tendo Vieira de Mello como . Em 20 de Maio de 2002 a independência de Timor-Leste foi restaurada e as Nações Unidas entregaram o poder ao primeiro Governo Constitucional de Timor-Leste.

Sem duvida, o diplomata brasileiro Sergio Vieira de Mello era a personificação do que a ONU poderia e deveria ser: com uma disposição fora do comum para ir ao campo de ação, corajoso, carismático, flexível, pragmático e muito eficiente na negociação com governos corruptos e ditadores sanguinários, em busca da paz. Não pode ser esquecido. 

O Blog De Olho na Jihad faz questão de lembrar não só desse valoroso brasileiro levado pelo radicalismo islâmico, mas também de todos os brasileiros que encontram o terrorismo de frente. Leiam: As vítimas brasileiras do terrorismo 

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2 comentários:

A perda do Sergio foi lamentável, mas uma grande pessoa se vai, vitima e com ele outras vítimas do terrorismo.

A USP editou um excelente memorial de Sergio Vieira de Melo: com a seguinte apresentação:-
"Sergio Vieira de Mello foi um dos poucos homens que obtiveram êxito e visibilidade no cenário internacional. Sua atividade profissional, até a sua trágica morte em 19 de agosto de 2003, esteve dedicada à reconstrução de comunidades que sofreram as nefastas conseqüências de guerras e de violências extremas. O caráter humanista de sua formação, associado ao seu talento para a negociação e a defesa da democracia mesmo em situações adversas, foram fatores-chave do sucesso de muitas de suas iniciativas. Seu exemplar desempenho, em defesa dos direitos e dos valores humanos, inspira a perpetuação de sua memória e o permanente debate do seu pensamento"
De fato, no desempenho de suas funções no Alto Comissariado de Direitos Humanos da ONU no Kosovo, no Timor Leste honra todo o povo do Brasil.
Marx Golgher

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