Tawfic Abdallah, marido da brasileira Lamia Maruf, um dos mil prisioneiros palestinos que serão libertados em troca do soldado israelense Gilad Shalit, virá morar no Brasil assim que for autorizado. A informação foi dada à BBC Brasil pelo advogado da família.
O nome de Abdallah faz parte da lista oficial, divulgada neste domingo por Israel, dos 477 prisioneiros palestinos que serão os primeiros a serem libertados em troca de Shalit. O soldado foi capturado por grupos palestinos há mais de cinco anos.
Segundo o advogado Airton Soares, Lamia Maruf só irá rever o marido, Abdallah, quando este receber autorização israelense para deixar a região e vir residir em São Paulo.
Embora tenha passaporte palestino, reconhecido no Brasil, a família de Abdallah resolveu esperar a autorização de Israel para sair do país e dos territórios controlados por Tel Aviv.
Os familiares querem evitar futuros problemas para Abdallah, como difuculdades para a entrada posterior nos territórios palestinos, diz o advogado.
Soares não sabe quando a autorização irá sair. Lamia, que foi deportada em 1997, também não pode voltar a Israel para rever Abdallah.
Logo depois da publicação da lista, as autoridades começaram a deslocar as 27 prisioneiras que serão libertadas para a cadeia Hasharon, e os 450 prisioneiros para a cadeia de Ktziot, no sul de Israel.
Assim que for liberado, Abdallah deve seguir para a aldeia de Dir Balut, onde vive sua família, na Cisjordânia, a apenas 40 minutos de Tel Aviv.
A policia de Israel armou um forte esquema de segurança para garantir o deslocamento dos prisioneiros, já que, segundo analistas militares, existe o receio de que grupos israelenses de extrema direita tentem atacar os ônibus nos quais os palestinos serão transportados.
Ao mesmo tempo, famílias de vítimas de atentados entraram com recursos na Justiça para impedir a libertação de responsáveis por ataques que causaram a morte de seus filhos. Porém, segundo precedentes, a Justiça de Israel não costuma interferir em decisões políticas do governo.
Prisão
Tawfic Abdallah, foi preso com a mulher, a brasileira Lamia Maruf, em 1986, dois anos depois do assassinato do soldado israelense David Manos.
A pista que levou as forças de segurança israelenses a prenderem o casal foi o fato de que o carro utilizado para o sequestro do soldado foi alugado com o passaporte brasileiro de Lamia.
Os restos mortais do soldado foram encontrados em 1986, em uma caverna próxima à aldeia de Dir Balut, onde o casal morava, no norte da Cisjordânia.
De acordo com a acusação, Lamia estava dirigindo o carro, quando o soldado Manos, que estava pedindo carona, foi sequestrado.
Embora tenha afirmado não ter envolvimento no assassinato, Lamia também foi condenada à prisão perpétua, da qual cumpriu 11 anos, até ser libertada em fevereiro de 1997, quando o então premiê de Israel, Binyamin Netanyahu, assinou o acordo de Hebron com o lider palestino Yasser Arafat.
Uma das cláusulas do acordo foi a libertação de todas as prisioneiras palestinas que estavam detidas naquela época em cadeias israelenses.
Lamia foi solta, juntamente com outras 25 prisioneiras, porém foi imediatamente deportada para o Brasil, onde se reuniu com sua filha, Patricia.
Décadas na cadeia
Na Faixa de Gaza, na Cisjordânia e em aldeias árabes em Israel, dezenas de famílias se preparam para se reunir com prisioneiros que estão há mais de 20 anos em cadeias israelenses.
O prisioneiro mais antigo é Sami Yunes, de 80 anos, da aldeia de Arara, no norte de Israel. Ele foi preso por assassinato em 1983.
O governo do Hamas começou a erguer um grande palanque na praça central da cidade de Gaza, no qual será realizada a recepção para mais de 300 prisioneiros, nesta terça-feira.
No entanto, nos territórios palestinos também há muitas famílias decepcionadas pelo fato de seus parentes não constarem da lista de libertados.
Depois da soltura dos 477 prisioneiros nesta semana, e de outros 550 dentro de dois meses, ainda restarão mais de 6 mil prisioneiros palestinos nas cadeias israelenses.
Com Guila Flint, de Tel Aviv, e Paula Adamo Idoeta, de São Paulo.Fonte: Estadão
Fonte da foto: A fronteira
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3 comentários:
O Brasil já é campeão mundial em assassinatos, agora vai ser campeão também em receber terroristas covardes!!!
NOSSO PAÍS É LIVRE E DA ASILO A QUEM PRECISA. É INADIMICÍVEL CHAMAR ALGUÉM DE TERRORISTA QUANDO SE VIVE EM UM LUGAR CHEIO DE OPRESSÃO E REPRESSÃO POR TERRITÓRIO E RELIGIÃO. MUITAS VEZES, EM UM PAÍS ONDE AS PESSOAS, PARA SEREM DIGNAS DE UM PEDAÇO DE TERRA, TEM QUE ESCOLHER ENTRE MATAR OU MORRER, NÃO SE PODE JULGAR A ATITUDE DE NINGUÉM. COMO DEPOIS DE ANOS OCUPANDO UM TERRITÓRIO, VEM ALGUÉM E DIZ QUE A TERRA NÃO É DELES?...JULGAR É FÁCIL, ESTAR NO LUGAR DELES É MUITO DIFÍCIL...COVARDIA É VIOLENTAR UMA CRIANÇA, ESPANCAR A ESPOSA, MORRER NA FILA DE UM HOSPITAL SEM ATENDIMENTO, SER METRALHADO POR UMA ALUNO DENTRO DE UMA ESCOLA, TER QUE SUBORNAR POLICIAIS PRA TER SEGURANÇA, E FALAR MAL DE ALGUÉM SEM SE IDENTIFICAR...ME CHAMO CAROLINE E CREIO NA JUSTIÇA DE DEUS, PRA ELE SIM PRESTAREMOS CONTA DE TODOS OS NOSSOS ATOS, E É SÓ DELE QUE PODEMOS ESPERAR QUALQUER COISA.
Interessante sua lógica criminosa. É a velha filosofia do "o fim justifica os meios". Todas as ações que você descreveu como covardia são pepetradas por palestinos todos os dias contra CIVIS israelenses.
E não criticamos anonimante, pelo contrário assinamos nome e sobrenome, e não paenas Caroline.
Os Palestinos só estão nessa situação porque querem!
Jacques Nunes
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