Protestos no Cairo ocorrem em retaliação a ataque recente a uma igreja.
Manifestantes queimaram carros e atiraram pedras e garrafas em soldados.
Confrontos violentos entre egípcios cristãos coptos e militares neste domingo (9), no Cairo, deixaram pelo menos 19 mortos e mais de 150 feridos, segundo o Ministério da Saúde do país, citado pela agência Associated Press. Os protestos ocorrem em retaliação a um ataque recente a uma igreja no interior do Egito.
A agência Reuters também fala em 19 mortos, a France Press divulgou 23 e a Efe, 21. Em um tumulto em frente ao prédio da televisão estatal egípcia, na capital, testemunhas disseram que manifestantes conseguiram arrancar armas dos soldados e as apontaram contra eles. Os insurgentes também teriam atirado pedras e garrafas contra os militares.
Mas, então, eles teriam sido atacados por bandidos à paisana, que jogaram pedras e fogo sobre eles. Segundo testemunhas, um veículo militar saltou sobre a calçada, atropelou pelo menos dez pessoas e abriu fogo em seguida.
Imagens de televisão mostraram manifestantes coptas atacando um soldado, enquanto um padre tentava protegê-lo. Outro soldado caía em lágrimas enquanto ambulâncias avançavam em direção ao local para retirar os feridos.
A minoria cristã copta do Egito representa cerca de 10% da população do país, que tem mais de 80 milhões de pessoas. Como o Egito sofre uma transição caótica de poder e um vácuo de segurança, os cristãos estão particularmente preocupados com o aumento do uso da força por parte de islâmicos ultraconservadores.
Os protestos deste domingo começaram no distrito de Shubra, no norte do Cairo, e em seguida se dirigiram ao prédio da televisão estatal, ao longo do Nilo, onde homens à paisana atacaram cerca de mil manifestantes cristãos, enquanto eles gritavam palavras de denúncia aos governantes militares.
Tiros foram disparados no local, onde policiais com escudos tentaram conter centenas de manifestantes cristãos que cantavam: "Este é o nosso país". As forças de segurança usaram bombas de gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes.
Os confrontos, em seguida, migraram para próximo da Praça Tahrir, epicentro da insurreição de 18 dias que derrubou Mubarak. O exército fechou as vias em volta da área.
Os confrontos deixaram ruas repletas de estilhaços de vidro, pedras, cinzas e fuligem de veículos queimados. Centenas de curiosos se reuniram em uma das pontes sobre o Nilo para observar os distúrbios de perto.
Resposta a ataque a igreja
Nas últimas semanas, revoltas eclodiram em duas igrejas no sul do Egito, motivadas por muçulmanos irritados com a construção de uma igreja. Um motim ocorreu perto da cidade de Aswan, mesmo depois de oficiais concordarem com a demanda de muçulmanos ultraconservadores, chamado salafistas, de retirar uma cruz e os sinos do prédio.
O governador de Aswan, general Mustafa Kamel al-Sayyed, aumentou ainda mais as tensões, dizendo à imprensa que a igreja estava sendo construída no local de uma pousada, sugerindo que era ilegal.
Os manifestantes dizem que os coptas estão exigindo a destituição do governador, a reconstrução da igreja, a compensação para pessoas cujas casas foram incendiadas e a repressão daqueles por trás dos motins e dos ataques à igreja.
Na semana passada, forças de segurança foram usadas para dispersar um protesto semelhante em frente ao prédio da televisão estatal. Os cristãos se irritaram com o tratamento dos manifestantes e prometeram fazer novos protestos até que suas demandas sejam atendidas.
A agência Reuters também fala em 19 mortos, a France Press divulgou 23 e a Efe, 21. Em um tumulto em frente ao prédio da televisão estatal egípcia, na capital, testemunhas disseram que manifestantes conseguiram arrancar armas dos soldados e as apontaram contra eles. Os insurgentes também teriam atirado pedras e garrafas contra os militares.
Forças de segurança egípcias vão às ruas no Cairo para conter protesto de cristãos coptos após um recente ataque a uma igreja (Foto: AP)
Os confrontos se espalharam pela Praça Tahrir e em torno dela, atraindo milhares de pessoas. Segundo os revoltosos, o protesto começou como uma tentativa pacífica de ocupar o prédio da televisão estatal.Mas, então, eles teriam sido atacados por bandidos à paisana, que jogaram pedras e fogo sobre eles. Segundo testemunhas, um veículo militar saltou sobre a calçada, atropelou pelo menos dez pessoas e abriu fogo em seguida.
Imagens de televisão mostraram manifestantes coptas atacando um soldado, enquanto um padre tentava protegê-lo. Outro soldado caía em lágrimas enquanto ambulâncias avançavam em direção ao local para retirar os feridos.
Egípcio da Igreja Ortodoxa Cóptica ateia fogo a veículo militar durante enfrentamento com soldados no Cairo, neste domingo (9) (Foto: Nasser Nasser/AP)
Cristãos têm culpado o conselho militar que dirige o Egito por ser leniente com os responsáveis pela onda de ataques anticristãos desde a derrubada do presidente Hosni Mubarak, em fevereiro.A minoria cristã copta do Egito representa cerca de 10% da população do país, que tem mais de 80 milhões de pessoas. Como o Egito sofre uma transição caótica de poder e um vácuo de segurança, os cristãos estão particularmente preocupados com o aumento do uso da força por parte de islâmicos ultraconservadores.
Os protestos deste domingo começaram no distrito de Shubra, no norte do Cairo, e em seguida se dirigiram ao prédio da televisão estatal, ao longo do Nilo, onde homens à paisana atacaram cerca de mil manifestantes cristãos, enquanto eles gritavam palavras de denúncia aos governantes militares.
Egípcios cristãos se reúnem em protesto neste domingo (9), após ataque a igreja no Cairo (Foto: Ahmed Ali/AP)
Alguns manifestantes muçulmanos teriam entrado no protesto. Armados com paus, eles perseguiram os cristãos no edifício da TV estatal, usando placas de rua para assustá-los. Não ficou claro, porém, quem eram os agressores.Tiros foram disparados no local, onde policiais com escudos tentaram conter centenas de manifestantes cristãos que cantavam: "Este é o nosso país". As forças de segurança usaram bombas de gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes.
Os confrontos, em seguida, migraram para próximo da Praça Tahrir, epicentro da insurreição de 18 dias que derrubou Mubarak. O exército fechou as vias em volta da área.
Os confrontos deixaram ruas repletas de estilhaços de vidro, pedras, cinzas e fuligem de veículos queimados. Centenas de curiosos se reuniram em uma das pontes sobre o Nilo para observar os distúrbios de perto.
Resposta a ataque a igreja
Nas últimas semanas, revoltas eclodiram em duas igrejas no sul do Egito, motivadas por muçulmanos irritados com a construção de uma igreja. Um motim ocorreu perto da cidade de Aswan, mesmo depois de oficiais concordarem com a demanda de muçulmanos ultraconservadores, chamado salafistas, de retirar uma cruz e os sinos do prédio.
O governador de Aswan, general Mustafa Kamel al-Sayyed, aumentou ainda mais as tensões, dizendo à imprensa que a igreja estava sendo construída no local de uma pousada, sugerindo que era ilegal.
Os manifestantes dizem que os coptas estão exigindo a destituição do governador, a reconstrução da igreja, a compensação para pessoas cujas casas foram incendiadas e a repressão daqueles por trás dos motins e dos ataques à igreja.
Na semana passada, forças de segurança foram usadas para dispersar um protesto semelhante em frente ao prédio da televisão estatal. Os cristãos se irritaram com o tratamento dos manifestantes e prometeram fazer novos protestos até que suas demandas sejam atendidas.
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