"Arrepender-se significa voltar atrás. Voltar para o quê? Para a blasfêmia que eu vivia antes da minha fé em Cristo?" |
Na última quinta-feira (29), a Casa Branca condenou o Irã por sua insistência em condenar Nadarkhani à morte e pediu pela sua libertação.
"O Pastor Nadarkhani não fez nada mais do que manter sua fé, que é um direito universal para todas as pessoas", disse o secretário de imprensa da Casa branca, Jay Carney. "As autoridades iranianas, forçando-o a renunciar sua fé, violam os valores religiosos que dizem defender e cruzam os limites da decência e as obrigações internacionais do Irã", acrescentou Carney.
No dia seguinte, a secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton, se uniu ao pedido da Casa Branca afirmando: "Estamos particularmente preocupados pelas informações de que o pastor cristão Yousef Nadarkhani enfrenta a execução por acusação de apostasia".
Clinton enquadrou o caso de Nadarkhani num contexto de "dura investida contra os seguidores de diversas crenças", incluindo os zoroastristas, sufistas e bahaístas.
Do outro lado do oceano, a chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, pediu ao Irã que respeite os seus compromissos internacionais quanto aos direitos humanos e que não condene à morte o pastor cristão evangélico Yousef Nadarkhani.
Ashton se disse "muito preocupada" pelas informações sobre o adiamento do juízo contra o pastor iraniano, condenado por apostasia em 2009, e instou as autoridades iranianas a respeitarem seus compromissos segundo o Direito Internacional, "incluída a liberdade de religião e opinião".
Nadarkhani, que segundo a lei iraniana é originariamente muçulmano por ser filho de crentes dessa religião, converteu-se ao cristianismo aos 19 anos de idade e, atualmente, é pastor de um grupo evangélico. Foi detido em outubro de 2009 e processado por apostasia, que no Irã é motivo de pena de morte.
Quando os juízes pediram para que ele se "arrependesse", Nedarkhani disse corajosamente: "Arrepender-se significa voltar atrás. Voltar para o quê? Para a blasfêmia que eu vivia antes da minha fé em Cristo?"
"Voltar à religião de seus ancestrais, o Islã", responderam os juízes.
“Não posso”, disse o pastor.
Carta do pastor à sua congregação
Durante esses dias se fez pública a carta que Yousef escreveu para a sua congregação. Você pode lê-la na sequência:
"Graça e paz a vós outros, da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo." Filemom 1:3
"Portanto, também nós, visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas, desembaraçando-nos de todo peso e do pecado que tenazmente nos assedia, corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta, olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus." Hebreus 12:1-2
Quando alguém interioriza a revelação da Verdade, essa pessoa está disposta a compartilhar isso com outros e também com as gerações futuras. Estamos endividados com todos aqueles que, no passado, lutaram pela Verdade, permitindo a nós o livre acesso a essa gloriosa revelação de Jesus Cristo. Aqueles crentes entenderam muito bem as riquezas e a formosura da revelação, e estavam muito dispostos a continuar firmes para poder entregar o fruto da revelação. De que maneira nós podemos levar semelhante fruto para a vida eterna? Depende do que escolhemos.
"Bem-aventurado o homem que não anda no conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores." Salmos 1:1
Segundo, é questão de abrir os nossos ouvidos para a Voz do Espírito que nos fala por meio da Palavra de Deus, como está escrito: "Antes, o seu prazer está na lei do SENHOR, e na sua lei medita de dia e de noite" Salmos 1:2.
O fruto da comunhão com o Senhor, através da Sua Palavra vivificadora, é estabilidade nesta vida e fruto eterno que outros levam em suas vidas; bem como nos dizem as Escrituras: "Ele é como árvore plantada junto a corrente de águas, que, no devido tempo, dá o seu fruto, e cuja folhagem não murcha; e tudo quanto ele faz será bem sucedido" Salmos 1:3.
"Vem". Muitas pessoas admiram Jesus como um modelo único a quem seguir. E, por muitas gerações, muitas pessoas quiseram chegar a ser como Ele. Jesus não veio para ser admirado, mas para bem mais, para nos dar um modelo perfeito ao qual seguir. Se desejamos ser como Ele, precisamos dar um passo de fé, igual a Pedro. Quando o apóstolo viu o seu Senhor caminhando sobre o mar furioso, pediu que pudesse caminhar até Ele sobre as águas. Jesus disse: "Vem".
Todo aquele que está disposto a seguir o Senhor deveria ter escutado, de alguma maneira, a este comando, aparentemente urgente: "Vem", um comando que implica um ato de fé, que em ocasiões é conhecido como "salto de fé". Como está bem claro nas Escrituras, o que podemos ver não é fé, já que a fé da Bíblia está definida como: "Ora, a fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não vêem" Hebreus 11:1.
Temos que decidir, "apesar de", para que então possamos experimentar o poder de Deus. Mas temos que lembrar que tudo tem que ser feito conforme a Palavra de Deus. Pedro não experimentou a possibilidade de caminhar sobre a água por ter decidido sair do barco, mas devido à Palavra, o comando do Senhor.
A Palavra de Deus nos diz que devemos aguardar dificuldades, sofrimento e desonra por causa do Seu Nome. Nossa confissão cristã não é aceitável se, por acaso, ignoramos essa declaração, se não manifestamos a paciência do Senhor em nossas dificuldades. Qualquer pessoa que ignora isso será envergonhado naquele dia.
Recordemos que, às vezes, esse salto de fé nos leva a um impasse; assim como a Palavra guiou os israelitas, quando saíam do Egito, até o impasse do Mar Vermelho. Esses impasses estão no meio do caminho, entre as promessas de Deus e seus cumprimentos, e nos provam a fé. Crentes devem aceitar essas provas como parte de seu cursinho espiritual. O Filho foi provado no Calvário da maneira mais difícil, como está escrito nas Escrituras: "Ele, Jesus, nos dias da sua carne, tendo oferecido, com forte clamor e lágrimas, orações e súplicas a quem o podia livrar da morte e tendo sido ouvido por causa da sua piedade, embora sendo Filho, aprendeu a obediência pelas coisas que sofreu" Hebreus 5:7-8.
O clamor: "Eli, Eli, lamá sabactâni?" é o suficiente para expressar os sofrimentos do nosso Senhor no Calvário. Por trás desse clamor de angústia, podemos identificar a grande fé que o levou a aceitar a vontade do Pai. Sim, porque Ele sabia que Deus não permitiria que Seu santo visse corrupção e que Ele ressuscitaria dentro de 3 dias. Mas além do poder da morte, o Senhor percebia o poder vitorioso da ressurreição. Não preciso escrever mais nada a respeito da base de fé. Recordemos que muito além dos sofrimentos formosos ou dolorosos, só permanecem três coisas: Fé, Esperança e Amor.
É muito importante que crentes se certifiquem de qual tipo de Fé, Esperança e Amor permanece. Somente o que recebemos conforme a Palavra é o que permanece para sempre. Encorajo vocês a viverem da maneira digna segundo a santa vocação da Palavra. Que os crentes, que são herdeiros da glória, sejam exemplos para outros para que assim sejam testemunhas do poder de Cristo para este mundo e o vindouro. Rogo a vocês que vivam conforme a Palavra de Deus para, assim, expulsar os poderes das trevas que, por sua vez, geram dúvidas em seu coração.
A fé vencedora que expulsa as dúvidas vem por escutar a Palavra de Deus. Só uma igreja baseada nos ensinamentos do nosso Senhor Jesus Cristo permanecerá, porque é fora dos limites da proteção da Palavra de Deus que o destruidor está destruindo. Guardemos o Seu Santo Testemunho.
Fonte: EntreCristianos
Tradução: Jônatha Bittencourt, editor de CessarFogo.com e De Olho Na Jihad
Clique aqui e siga o De olho na Jihad no Twitter e aqui para curtir no Facebook
A cópia das notícias aqui vinculadas é livre, já que em grande maioria não são de nossa autoria. Os textos de nossa autoria passarão agora a serem classificados como “Editorial”. Portanto, por questão de justiça e honestidade intelectual, pedimos que ao copiar nossos textos cite-nos e também cite a fonte na qual coletamos as informações.
5 comentários:
Fiz um comnetário em outro artigo mostrando que esse falso profeta está também sendo acusado de estupro.
Quero saber por que não colocastes o meu comnetário?
Renato
Renato,
O único comentário nesse sentido que recebemos foi o que está nesse link: http://olhonajihad.blogspot.com/2011/09/eua-condena-o-ira-por-sentenca-de-morte.html?showComment=1317415490123#comment-c28959571942959249
Agora não sei se é o seu.
Caro Renato,
Acho que para considerá-lo um "falso profeta" precisaríamos, primeiramente, ser conduzidos a fatos concretos - as acusações de estupro não passam de suposições iranianas, um artifício muito utilizado por países árabes onde a matança de cristãos precisa, pelo menos, tornar-se "justificável".
Se eu fizesse parte do tribunal iraniano, não seria tão infeliz, condenando-o à morte por apostasia - já que a comunidade internacional tem se revoltado com essa condenação -, mas focaria o que afirmam ter sido a causa principal: estupro e extorsão. Por quê? Simples: assim a morte dele seria facilitada (basta ver o número de penas de morte no Irã devido a distintos tipos de "crimes"). Mas é claro que não seria assim, tão fácil, se as provas não fossem suficientemente consistentes.
Acreditar na imprensa iraniana? Talvez. Mas não podemos esquecer que a difamação de mártires cristãos já faz parte do vocabulário de países onde a perseguição religiosa é predominante.
E a cristandade continua perseverando em suas orações...
ÓTIMA pregação do pastor! Que Deus abençoe e proteja todos os Seus filhos que estão passando por necessidades e que estão sendo perseguidos!!
Eu repudio o protestantismo (gnose cristã), mas uma vida é sempre uma vida e ela tem um valor inestimável. Espero que o pastor se safe.
Postar um comentário
Termo de uso
O Blog De Olho na Jihad não se responsabiliza pelo conteúdo dos comentários e se reserva o direito de eliminar, sem aviso prévio, os que estiverem em desacordo com as normas do site ou com as leis brasileiras.
As opiniões expostas não representam o posicionamento do blog, que não se responsabiliza por eventuais danos causados pelos comentários. A responsabilidade civil e penal pelos comentários é dos respectivos autores. Por este motivo os que comentarem como anônimos devem ter ciência de que podemos não publicar ou excluir seus comentários a qualquer momento.
Se não tiver gostado, assine, ou não comente e crie seu próprio site e conteste nossas informações.
Ao comentar o usuário declara ter ciência e concorda expressamente com as prerrogativas aqui expostas.
A equipe.