segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Iêmen condena à morte especialista em explosivos da Al-Qaeda

Soldados iemenitas cercam uma casa na cidade de Huta
SANAA (AFP) — Uma corte iemenita sentenciou à morte um especialista em explosivos da Al-Qaeda, nesta segunda-feira, enquanto autoridades intensificaram a segurança no entorno de embaixadas da Grã-Bretanha e dos Estados Unidos em meio ao confronto entre o exército e os jihadistas.


A corte de Sanaa sentenciou à morte o militante confesso Saleh al-Shawsh, após considerá-lo culpado pelo envolvimento em uma série de ataques mortais contra alvos militares e instalações de petróleo.


"Se Deus quiser, seu fim estará em nossas mãos e o início será em Abidjan", gritou Saleh al-Shawsh do banco dos réus, quando o juiz proferiu a sentença.


Ele fez alusão à província do sul do país, que tem sido sacudida nos últimos meses por confrontos mortais entre o exército e supostos militantes da Al-Qaeda.


Shawsh confessou o envolvimento em sete ataques cuja autoria foi assumida pela Al-Qaeda nas províncias de Hadramawt e Marib, leste da capital, Sanaa.


"As ações atribuídas a mim estão corretas", disse ele em audiência celebrada em 9 de outubro. "Eu preparei e realizei as operações voluntariamente e sem coação", emendou. Ele não apelou da sentença.


Shawsh foi preso em flagrante em 20 de janeiro, enquanto se preparava para realizar um ataque suicida na cidade portuária de Mukalla, na província de Hadramawt. Ele teve sua motocicleta parada e descobriu-se que usava um cinturão de explosivos e levava duas bombas consigo.


A audiência de segunda-feira foi celebrada em meio a um intenso esquema de segurança e a polícia isolou o prédio do tribunal.


Nos últimos anos, vários membros condenados da Al-Qaeda foram sentenciados à morte, mas nenhuma execução foi anunciada pelas autoridades até agora.


Dezenas de supostos membros da Al-Qaeda estão em julgamento no Iêmen, enquanto as forças de segurança intensificam suas operações contra a rede de jihadistas, que é particularmente ativa no sul e no leste do país.


O vice-diretor de segurança da cidade de Mudia, na província de Abidjan, coronel Mohammed al-Khodr, afirmou que seis supostos militantes da Al-Qaeda foram mortos em confrontos desde a última quinta-feira.


Desde então, ataques na província, atribuídos à Al-Qaeda mataram pelo menos 11 pessoas, a maioria soldados.


No domingo, dois ataques aéreos contra supostos esconderijos da Al-Qaeda nas montanhas perto de Mudia mataram um homem idosos e feriram duas mulheres, informaram fontes médicas e de segurança.


Na capital, forças de segurança montaram postos de controle nas vias que levam às embaixadas americana e britânica, depois que as missões diplomáticas alertaram para um maior risco de ataques.


Na sexta-feira, a embaixada americana alertou seus cidadãos para um "alto nível de ameaça de segurança no Iêmen devido a atividades terroristas".


A Austrália também elevou seu alerta de viagens ao Iêmen ao nível mais alto possível, enquanto a embaixada britânica informou que "está fechada ao público por causa da situação de segurança". No início do mês, um foguete feriu o funcionário da embaixada no segundo ataque contra um veículo diplomático britânico na capital em seis meses.


Na quarta-feira, a França alertou os companheiros e os filhos de seus cidadãos no Iêmen a deixar o país por causa da deterioração da segurança.


Reforços também foram enviados para o quartel-general da polícia e outras instalações de segurança em Sanaa, esta segunda-feira, informou um correspondente da AFP.


"Estas medidas foram romadas com base em informações sobre ataques", afirmou uma autoridade da segurança.


Os Estados Unidos intensificaram sua assistência militar ao Iêmen, berço ancestraç do líder da Al-Qaeda, Osama bin Laden, devido ao temor de que venha a se tornar uma importante base de operações da rede em nível mundial.

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