O americano de origem paquistanesa Faisal Shahzad, que confessou ter colocado um carro-bomba que não chegou a explodir em 1º de maio na Times Square, em Nova York, foi sentenciado à prisão perpétua nesta terça-feira (5) por um tribunal federal.
"Preparem-se, porque a guerra com os muçulmanos está apenas começando", disse Faisal, de 30 anos, logo depois de saber a sentença.
"A derrota dos Estados Unidos é iminente e ocorrerá no futuro imediato", completou.
Shahzad, de 30 anos e cidadão americano de origem paquistanesa, declarou-se culpado em junho pelo atentado fracassado no famoso ponto comercial de Manhattan.
Ele confessou aos investigadores ter recebido treinamento em fabricação de bombas do movimento islâmico do Talibã paquistanês e que o grupo financiou a conspiração.
Ele, que vivia em Connecticut com sua família antes de abraçar a causa jihadista, se mostrou desafiante no tribunal e disse que tentou cometer o atentado como vingança pelos bombardeios de aviões teleguiados americanos no Paquistão.
Você não jurou lealdade a este país?, perguntou a ele a juíza Miriam Goldman Cedarbaum.
"Jurei, mas não era verdade", respondeu Shahzad.
O atentado frustrado
Shahzad relatou ter estacionado um utilitário esportivo na Times Square com o motor e pisca-alerta ligados naquela noite de sábado.
Mas vendedores de rua alertaram a polícia sobre o veículo em minutos, e milhares de pessoas foram retiradas da área, na movimentada região dos teatros em Nova York. Um esquadrão antibombas desativou a bomba rudimentar, que incluía fogos de artifício e tanques de gás propano.
Shahzad, cuja mulher e dois filhos vivem no Paquistão, disse aos investigadores que pensava que sua bomba mataria pelo menos 40 pessoas e que planejara um segundo ataque a bomba para duas semanas depois. Não foi identificado o segundo alvo.
Filho de um vice-marechal aposentado da força aérea paquistanesa, Shahzad foi detido dois dias após a tentativa de ataque, no aeroporto internacional John F. Kennedy, em Nova York, em um avião que ia decolar para Dubai. Ele pretendia retornar ao Paquistão.
Ele se confessou culpado em dez acusações, incluindo tentativa de uso de arma de destruição em massa e tentativa de terrorismo para além das fronteiras nacionais.
A promotoria pediu a pena de prisão vitalícia para Shahzad, com o objetivo de desestimular a radicalização de cidadãos norte-americanos.
Ex-analista orçamentário que trabalhava para uma firma de marketing no estado de Connecticut, Shahzad usou a Internet para estudar a Times Square, visando maximizar os possíveis danos. Os promotores disseram que ele consultou militantes no Paquistão durante o processo de produção de sua bomba.
Fonte: G1 - Notícia enviada pelo leitor Léo, agradeço pela colaboração e convido aos leitores a nos ajudarem.
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