Membros de uma seita muçulmana radical mataram a tiros um líder político no norte da Nigéria. O comissário de polícia Ibrahim Abdu disse que os investigadores acreditam que integrantes da seita Boko Haram mataram Awanna Ngala, líder do governista Partido do Povo de Toda a Nigéria. O ataque ocorreu apenas três horas depois de supostos membros do mesmo grupo terem atirado, na noite de ontem, contra dois agentes de segurança que estavam do lado de fora da casa do presidente da Assembleia do Estado de Borno.
A morte de Ngala pode ter sido o 11º assassinato do Boko Haram nas última semanas. O grupo foi responsável por uma série de assassinatos cometidos por homens com armas pesadas em motocicletas, o mesmo padrão seguido na morte de Ngala. Muitos dos crimes têm como alvo pessoas que testemunharam contra membros do grupo nos tribunais depois dos distúrbios de 2009 que deram início a uma ofensiva de segurança que deixou mais de 700 mortos. Abdu disse que ninguém foi detido. "Estamos intensificando nossas investigações sobre a série de ataques e assassinatos."
O Boko Haram, que significa "educação ocidental é um sacrilégio" na língua local Hausa, faz campanha pela implementação rígida da lei da Sharia. A Nigéria, um país de 150 milhões de habitantes, é dividida entre o sul, dominado pelos cristãos, e o norte muçulmano. Doze Estados do Norte do país já aplicam a lei da Sharia, embora a área esteja sob o controle de governos laicos.
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