O prisioneiro canadense Omar Khadr disse a interrogadores que era um terrorista da Al Qaeda e descreveu o momento em que retirou o pino da granada que matou um soldado dos EUA no Afeganistão, disse um promotor no tribunal de crimes de guerra na quinta-feira.
O advogado de defesa de Khadr, no entanto, afirmou que essas eram palavras falsas de uma criança assustada e ferida, cujos interrogadores haviam inventado uma história de um jovem menino violentado e morto na prisão para assustá-lo e forçá-lo a fazer uma confissão falsa.
"Apenas depois que essa história é contada é que Omar Khadr admite ter jogado alguma coisa. Ele lhes disse o que eles queriam ouvir", disse o tenente-coronel do Exército Jon Jackson nas declarações de abertura da defesa.
Nascido em Toronto, Khadr tinha 15 anos quando foi capturado num combate numa base da Al Qaeda do Afeganistão em 2002. Ele é a primeira pessoa desde a Segunda Guerra Mundial a enfrentar julgamento em um tribunal militar por atos supostamente cometidos quando era menor.
Agora com 23 anos, ele é acusado de matar o 1o sargento Christopher Speer com uma granada durante uma batalha e de produzir bombas para alvejar tropas norte-americanas.
O promotor Jeff Groharing disse que Khadr foi criado em uma família de extremistas islâmicos que passava os feriados com Osama bin Laden, treinou o garoto a usar bombas e armas e o estimulou a matar norte-americanos.
"Sou um terrorista treinado pela Al Qaeda - essas são as próprias palavras de Omar Khadr", disse Groharing aos sete militares norte-americanos do júri. "Essas palavras foram confirmadas pelos atos dele."
Ele afirmou que Khadr descreveu em detalhes a retirada do pino da granada e o momento em que a lançou contra as forças especiais dos EUA que entravam no complexo onde Speer e dois milicianos afegãos morreram durante a batalha.
"Omar Khadr é responsável por seus atos, assim como todos os co-conspiradores daquele dia também sobre todas as vítimas que causaram", disse Groharing.
A granada caiu no pé de Speer e lançou um estilhaço no cérebro dele. Ele morreu oito dias mais tarde num hospital militar na Alemanha.
Jackson disse que Khadr estava no complexo com três "homens maus" e um deles lançou a granada que matou Speer antes de ser baleado e morto por soldados norte-americanos.
Khadr, que pode pegar prisão perpétua caso condenado, estava no complexo da Al Qaeda apenas porque o pai dele, Ahmed Khadr, o levou ao local para fazer traduções para os fabricantes de bombas, disse o advogado de defesa.
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