Rebeldes islâmicos da Somália avançaram na noite de terça-feira rumo ao palácio presidencial do país, mas foram repelidos por um forte bombardeio das forças pró-governo, disse um oficial do Exército nesta quarta-feira.
Mais de 80 pessoas morreram na mais recente escalada da violência em Mogadíscio, que começou na segunda-feira, quando a milícia Al Shabaab prometeu intensificar sua "guerra santa" contra o frágil governo local.
Os militantes, ligados à Al Qaeda, assumiram a autoria de um ataque a tiros e com granadas num hotel na terça-feira, que resultou em pelo menos 33 mortos, incluindo parlamentares.
Um militar disse que um grande número de rebeldes atacou soldados perto do palácio presidencial, conhecido como Villa Somalia, mas foram sobrepujados pelos soldados da Amisom (força de paz da União Africana).
"Eles chegaram perto esta noite, mas por trás de nós há tanques da Amisom, e finalmente os expulsamos", disse à Reuters o oficial militar Issa Ali, que participou dos combates durante a noite.
Na manhã desta quarta-feira moradores da região diziam que ainda ouviam rajadas de metralhadoras e explosões de morteiros.
"Pelo menos 83 pessoas morreram nos últimos três dias, incluindo o ataque ao hotel, e 163 outras ficaram feridas", disse Ali Muse, coordenador do serviço de ambulâncias, à Reuters.
A Al Shabaab e outro grupo militante, o Hizbul Islam, dominam grande parte da capital, enquanto o presidente Sheikh Sharif controla poucos quarteirões da cidade. A principal tarefa da Amisom é proteger o presidente, o porto e o aeroporto.
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