Bruxelas, 31 jul (EFE).- O ex-primeiro-ministro da Holanda Ruud Lubbers, encarregado de dirigir as negociações para formar um novo Governo nesse país, informou neste sábado à rainha Beatrix que os democratas-cristãos (CDA) e os liberais (VVD) estão dispostos a formar uma coalizão minoritária com o apoio do partido antimuçulmano PVV.
Como destacaram os meios holandeses, Lubbers, que esteve 12 anos à frente do Executivo holandês (de 1982 a 1994) com três coalizões governamentais distintas, ligou à rainha para informar sobre os últimos avanços no processo de formação de Governo após as eleições de 9 de junho, das quais o VVD saiu vencedor.
Está previsto que Lubbers se dirija na segunda-feira aos líderes dos outros sete partidos para atualizá-los sobre a situação, informa a agência holandesa "ANP".
Os dirigentes do VVD, PVV e CDA declararam ontem a intenção de negociar um gabinete de minoria composto por democratas-cristãos e liberais, que governaria com o apoio do PVV, o partido de extrema direita de Geert Wilders.
Dessa maneira, o partido antimuçulmano estaria envolvido no desenho do gabinete de coalizão e o assinaria, embora não faria parte do Governo.
Em declaração conjunta, os três partidos se mostraram dispostos a "aceitar" as diferentes opiniões que mantêm sobre o islã e garantir mutuamente "liberdade de expressão".
O líder do VVD, Mark Rutte, afirmou que tanto o CDA quanto o PVV veem "perspectivas" de poder formar um Governo dessa composição, algo que os partidos de esquerda.
Segundo aponta "DutchNews", para o líder trabalhista, Job Cohen, Lubbers não deveria explorar a possibilidade de formar um Governo em minoria até esgotar as opções de instaurar um gabinete de maioria.
Wilders declarou-se "extremamente feliz" com a possibilidade de um Governo de direita em minoria, e assegurou que tal formação será "fantástica" para a Holanda.
Augurou mais controle da imigração e a integração das pessoas vindas de outros países e "mais Polícia nas ruas", recolhe o jornal "Volkskrant".
Juntos, o VVD, o CDA e o PVV contariam com 76 cadeiras das 150 do Parlamento holandês.
A queda do Executivo holandês, a quarta com o democrata-cristão Jan Peter Balkenende como primeiro-ministro, ocorreu em 20 de fevereiro quando os ministros trabalhistas decidiram retirar-se da coalizão governamental, após um longo debate sobre se as tropas holandesas deviam ou não continuar por mais um ano mais no Afeganistão.
Fonte: EFE
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