O ministro da Defesa do Líbano, Elias Murr, disse hoje que o país rejeitará qualquer assistência militar dos Estados Unidos se ela vier acompanhada da condição de que as armas não serão usadas contra Israel.
Murr comentava a decisão de um congressista norte-americano de suspender US$ 100 milhões de ajuda, em meio a preocupações de que as armas poderiam ser usadas contra Israel e que o grupo xiita Hezbollah possa ter influência sobre o Exército do Líbano. Os governos da Síria e do Irã ofereceram hoje apoio ao exército libanês.
O presidente da Síria, Bashar Assad, teve uma reunião com o ministro das Relações Exteriores do Irã, Manouchehr Mottaki, na cidade síria de Latakia, na qual ambos discutiram a situação no Líbano "após a agressão israelense contra a soberania libanesa", disse um comunicado divulgado pela Sana, agência estatal de notícias da Síria.
Ambos reforçaram o "apoio ao Líbano face a essas agressões", disse a Sana, referindo-se a choques na fronteira entre Israel e Líbano, no dia 3 de agosto, que deixaram um oficial israelense, dois soldados libaneses e um jornalista libanês mortos.
O embaixador do Irã em Beirute, Ghazanfar Roknabadi, disse após o incidente, em reunião com o comandante do exército libanês, Jean Kahwaji, que o Irã está pronto a ajudar as forças armadas libanesas, de acordo com a Irna, agência oficial de notícias iraniana.
Murr disse hoje que aqueles que desejam ajudar o exército libanês, mas colocam condições sobre como as armas e o dinheiro serão usados, deveriam guardar o dinheiro no próprio bolso. Ele também afirmou que o soldado libanês que disparou na fronteira com Israel, no dia 3, agiu sob ordens.
Fonte: Estadão
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