O Aiatolá Mohammed Hussein Fadlallah, uma das maiores autoridades xiitas do Líbano e mentor do grupo militante Hezbollah, morreu em um hospital de Beirute no domingo.
Os líderes políticos e clérigos do Irã, Iraque e Bahrein homenagearam Fadlallah, refletindo a lealdade que ele mantinha de xiitas tão distantes como do Golfo e da Ásia Central.
Fadlallah, 74 anos, estava muito debilitado para fazer os sermões regulares da sexta-feira há várias semanas. Ele estava internado desde a última sexta-feira, devido a uma hemorragia interna.
Multidões compareceram à mesquita Hassanein, onde ele pregava no sul de Beirute, para prestar condolências. O Hezbollah disse que iria marcar seu falecimento com três dias de luto. O escritório de Fadlallah informou que ele será enterrado na mesquita na terça-feira.
"Ele era um guia não só para o Líbano, mas para todo o mundo e para os muçulmanos", disse Abu Muhammed Hamadeh do lado de fora da mesquita Hassanein onde homens e mulheres choravam, alguns segurando fotos do líder. "A morte dele deixou um vazio muito grande no mundo árabe e muçulmano."
Fadlallah foi um defensor da Revolução Iraniana e um dos primeiros a apoiar o partido iraquiano Dawa do primeiro-ministro Nuri al-Maliki. Ele também foi o líder e mentor espiritual do grupo guerrilheiro xiita Hezbollah durante a sua formação e depois que Israel invadiu o Líbano em 1982, mas depois ele se distanciou de seus laços com o Irã.
"Hoje perdemos um pai misericordioso e um guia sábio", disse o líder do Hezbollah Sayyed Hassan Nasrallah. "Isso é o que ele era para esta geração."
"Nós aprendemos em sua escola a ser pessoas de diálogo, a rejeitar a opressão e a resistir à ocupação."
Um crítico feroz dos Estados Unidos, que o classificou formalmente como terrorista, Fadlallah usou muitos de seus sermões para denunciar as políticas dos EUA no Oriente Médio, particularmente a sua aliança com Israel.
Mas ele também foi rápido em condenar os ataques de 11 de setembro de 2001, que mataram cerca de 3 mil pessoas nos EUA.
Fadlallah sobreviveu a várias tentativas de assassinato, incluindo um carro-bomba de 1985, que matou 80 pessoas no sul de Beirute. Reportagens dos EUA afirmaram que o ataque foi realizado por uma unidade de libaneses treinados pelos norte-americanos após ataques a alvos dos EUA no Líbano.
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