O primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, completa, nesta sexta, cem dias no poder. A coalizão dos liberais e cristãos democratas, apoiada pelo partido da Liberdade, de Geert Wilders, prometeu iniciar uma nova era do governo de direita.
As expectativas eram altas. Mark Rutte declarou que os simpatizantes da direita ficariam encantados com os seus planos. Ele prometeu ser forte, decisivo, além de adotar um estilo mais honesto e diferente na política. “Esse gabinete tem a ambição de tirar a Holanda da crise, deixando o país ainda mais forte do que antes. E também de fazer deste país um lugar onde promessas têm valor, onde não apenas marcamos limites, mas também os fazemos valer.”
Um governo decidido
Mark Rutte cumpriu estas promessas? O que seu governo já realizou até agora? A proibição de fumar nos pequenos pubs e cafés foi abolida e a polícia recebeu a ordem de parar de estabelecer quotas de multa para cada oficial. O limite de velocidade em algumas estradas aumenta de 120 para 130 km/hora, mas ainda falta a implementação desta nova regra.
O gabinete de Rutte também vai realizar cortes no orçamento, a fim de minimizar os efeitos da crise econômica. Outras mudanças políticas estão sendo submetidas ao parlamento.
Confiança no governo em alta
A confiança no governo cresceu ao longo destes cem dias, em contraste com o anterior, quando a confiança diminuiu, no mesmo período. Isto foi muito mais do que uma conquista, já que foi marcado pela controvérsia causada pelo papel central desempenhado por Geert Wilders para garantir a maioria parlamentar.
Uma pesquisa de opinião feita pelo programa televisivo EenVandaag diz que o público valoriza três características do governo: os ministros falam de maneira clara e compreensível, o gabinete é visto como determinado, decidido, e também o estilo de Mark Rutte.
Até o momento, tudo vai bem. Mark Rutte conseguiu manter uma boa imagem pública nestes primeiros cem dias. Mas o governo corre o risco de ir longe demais, avisa Henk Dekker, professor de ciência política da Universidade de Leiden.
Personalidade artificial
“É como se fosse uma personalidade artificial, um gabinete retocado com botox. As relações com o público são boas, mas existe um sentimento de que são boas demais. O governo deve estar atento, porque, ainda que ganhe a confiança do público, tem de mostrar que realmente é verdadeiro o que diz, que ele cumpre o que promete”.
O governo pode provar ser ambicioso demais, querendo fazer muito em pouco tempo.
Imagem de durão
Entrevistou-se uma amostra representativa do parlamento. A maioria dos entrevistados concordou que, passados apenas cem dias de governo, ainda é cedo para avaliar a atuação do governo. Mas mesmo os partidos de oposição admitem que os membros do atual gabinete arregaçam as mangas para trabalhar e solucionar os problemas.
Joel Voordewind é um dos parlamentares do partido União Cristã: “Não estou satisfeito com a dureza e as atitudes desse gabinete, mas pode-se ver que eles se envolvem com os assuntos a tratar e entram em ação.”
Tradicionalmente, é tarefa da oposição tentar limitar a atuação e as conquistas do governo. Mas pode não ser tão fácil garantir que essa imagem de autonomia e eficiência passada por Rutte não se torne realidade.
Afinal, este é um gabinete das minorias e o partido de Geert Wilders não apóia a coalizão em todas as áreas. Nesses casos, os dois partidos vão ter de buscar apoio junto à oposição. O primeiro exemplo de como este mecanismo vai funcionar acontece na próxima semana, quando os parlamentares vão votar sobre uma missão no Afeganistão. Rutte é favorável, Wilders é contra. O partido União Cristã apoia a missão, o que pode ajudar a coalizão a manter uma de suas promessas.
Primeiro teste
Os primeiros cem dias do novo gabinete holandês foram mais importantes para consolidar a imagem do governo do que para governar, propriamente. A referência para valer vai poder ser aferida em seis semanas, quando os holandeses vão eleger seus representantes nas províncias, e, indiretamente, o novo senado. Só então ficará claro se a nova direita veio para ficar ou se ainda pode ser varrida novamente pelo vento das mudanças na política.
Fonte: Radio Nederland
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As expectativas eram altas. Mark Rutte declarou que os simpatizantes da direita ficariam encantados com os seus planos. Ele prometeu ser forte, decisivo, além de adotar um estilo mais honesto e diferente na política. “Esse gabinete tem a ambição de tirar a Holanda da crise, deixando o país ainda mais forte do que antes. E também de fazer deste país um lugar onde promessas têm valor, onde não apenas marcamos limites, mas também os fazemos valer.”
Um governo decidido
Mark Rutte cumpriu estas promessas? O que seu governo já realizou até agora? A proibição de fumar nos pequenos pubs e cafés foi abolida e a polícia recebeu a ordem de parar de estabelecer quotas de multa para cada oficial. O limite de velocidade em algumas estradas aumenta de 120 para 130 km/hora, mas ainda falta a implementação desta nova regra.
O gabinete de Rutte também vai realizar cortes no orçamento, a fim de minimizar os efeitos da crise econômica. Outras mudanças políticas estão sendo submetidas ao parlamento.
Confiança no governo em alta
A confiança no governo cresceu ao longo destes cem dias, em contraste com o anterior, quando a confiança diminuiu, no mesmo período. Isto foi muito mais do que uma conquista, já que foi marcado pela controvérsia causada pelo papel central desempenhado por Geert Wilders para garantir a maioria parlamentar.
Uma pesquisa de opinião feita pelo programa televisivo EenVandaag diz que o público valoriza três características do governo: os ministros falam de maneira clara e compreensível, o gabinete é visto como determinado, decidido, e também o estilo de Mark Rutte.
Até o momento, tudo vai bem. Mark Rutte conseguiu manter uma boa imagem pública nestes primeiros cem dias. Mas o governo corre o risco de ir longe demais, avisa Henk Dekker, professor de ciência política da Universidade de Leiden.
Personalidade artificial
“É como se fosse uma personalidade artificial, um gabinete retocado com botox. As relações com o público são boas, mas existe um sentimento de que são boas demais. O governo deve estar atento, porque, ainda que ganhe a confiança do público, tem de mostrar que realmente é verdadeiro o que diz, que ele cumpre o que promete”.
O governo pode provar ser ambicioso demais, querendo fazer muito em pouco tempo.
Imagem de durão
Entrevistou-se uma amostra representativa do parlamento. A maioria dos entrevistados concordou que, passados apenas cem dias de governo, ainda é cedo para avaliar a atuação do governo. Mas mesmo os partidos de oposição admitem que os membros do atual gabinete arregaçam as mangas para trabalhar e solucionar os problemas.
Joel Voordewind é um dos parlamentares do partido União Cristã: “Não estou satisfeito com a dureza e as atitudes desse gabinete, mas pode-se ver que eles se envolvem com os assuntos a tratar e entram em ação.”
Tradicionalmente, é tarefa da oposição tentar limitar a atuação e as conquistas do governo. Mas pode não ser tão fácil garantir que essa imagem de autonomia e eficiência passada por Rutte não se torne realidade.
Afinal, este é um gabinete das minorias e o partido de Geert Wilders não apóia a coalizão em todas as áreas. Nesses casos, os dois partidos vão ter de buscar apoio junto à oposição. O primeiro exemplo de como este mecanismo vai funcionar acontece na próxima semana, quando os parlamentares vão votar sobre uma missão no Afeganistão. Rutte é favorável, Wilders é contra. O partido União Cristã apoia a missão, o que pode ajudar a coalizão a manter uma de suas promessas.
Primeiro teste
Os primeiros cem dias do novo gabinete holandês foram mais importantes para consolidar a imagem do governo do que para governar, propriamente. A referência para valer vai poder ser aferida em seis semanas, quando os holandeses vão eleger seus representantes nas províncias, e, indiretamente, o novo senado. Só então ficará claro se a nova direita veio para ficar ou se ainda pode ser varrida novamente pelo vento das mudanças na política.
Fonte: Radio Nederland
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