Além do atentado que matou pelo menos 35 pessoas nesta segunda-feira, no aeroporto, Moscou já foi alvo de uma série de ataques atribuídos a rebeldes chechenos nos últimos 15 anos.
Centros comerciais, trens, hotéis e teatros já foram atingidos por carros-bomba e suicidas. O metrô da capital russa foi alvejado seis vezes em 12 anos.
Veja a seguir uma cronologia de alguns dos piores atentados ocorridos na capital russa:
Em junho de 1996, uma bomba colocada na linha Serpukhovsko-Timiryazevskaya do metrô matou quatro pessoas e feriu 12.
Em janeiro de 1998, uma bomba feriu três pessoas na estação de metrô de Tretyakovskaya.
Em agosto de 1999, a explosão de uma bomba em um shopping center matou uma pessoa e deixou outras 40 feridas.
Em agosto de 2000, 13 pessoas morreram e 118 ficaram feridas por causa da explosão de uma bomba no túnel de pedestres que leva à estação de Tverskaya, também no metrô.
Em fevereiro de 2001, uma explosão feriu 20 na estação de metrô de Belorusskaya.
Em outubro de 2002, uma bomba foi detonada dentro de um carro perto de uma lanchonete McDonald's. Uma pessoa morreu e oito foram feridas.
Em novembro de 2002, um grupo de militantes separatistas da região da Chechênia fez cerca de 900 reféns em um teatro da capital. A invasão da força antiterror da Rússia, que usou gás venenoso contra os militantes, matou 130 pessoas.
Em dezembro de 2003, uma bomba foi detonada por um suicida perto do Hotel Nacional. Seis pessoas morreram e 14 ficaram feridas.
Em fevereiro de 2004, um ataque suicida no metrô matou 41 pessoas e feriu 250.
Em agosto de 2004, um homem explodiu a si mesmo em uma estação de metrô, deixando 10 mortos e 33 feridos.
Em novembro de 2009, uma bomba explodiu perto de um trem expresso de luxo que ia de Moscou a São Petersburgo, matando 26 pessoas. Extremistas chechenos assumiram a autoria do atentado.
Em março de 2010, duas mulheres-bomba explodiram estações de metrô da capital. Quarenta pessoas morreram e pelo menos 90 ficaram feridas. A autoria do atentado foi reivindicada pelo líder rebelde checheno Doku Umarov, do grupo Emirado do Cáucaso, que declara querer unir ex-repúblicas soviéticas da região em um Estado islâmico.
Beslan
A maior parte dos ataques é atribuída a grupos separatistas da região da Chechênia e a extremistas islâmicos que atuam na região do Cáucaso.
Os mesmos grupos também são considerados responsáveis por incidentes em outras regiões da Federação Russa, como na Ossétia do Norte.
O incidente mais grave na região aconteceu em 2004, quando militantes chechenos fizeram 334 reféns - entre eles, muitas crianças - em uma escola na cidade de Beslan.
Todos foram mortos durante o confronto entre os rebeldes e a polícia.
A Chechênia, ao norte do Cáucaso, viveu duas guerras separatistas nas últimas décadas. Apesar de alegações de Moscou de que a república vive um relativa calma, militantes separatistas islâmicos seguem promovendo ataques.
Segundo o pesquisador Nikolay Petrov, professor do centro de estudos Carnegie Center, de Moscou, "o que está acontecendo agora está conectado aos eventos em geral no norte do Cáucaso, mas o mais importante é que a Rússia está em estado de guerra há mais de 15 anos. Isso diminuiu o valor das vidas humanas".
Petrov assinala ainda que, apesar da tentativa de autoridades russas de ligar os grupos islâmicos da região à rede extremista Al-Qaeda, eles não estão relacionados.
"Essas redes não estão conectadas entre si. Elas são como uma bola de neve que cresceu por causa da crueldade que acontece ali há tantos anos", diz. BBC Brasil
Fonte: estadao
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