O governador da estratégica província paquistanesa de Punjab (centro) foi hoje, terça-feira, morto a tiro por um dos seus guardas em Islamabad, alegadamente por ter criticado a lei contra a blasfémia.
Salman Taseer era uma figura destacada no partido da ex-primeira-ministra Benazir Bhutto, o Partido do Povo do Paquistão, e próximo do Presidente Asif Ali Zardari, viúvo de Bhutto.
O governador criticou nos últimos dias a recente lei contra a blasfémia, defendida pelos sectores mais radicais. Segundo o ministro do Interior paquistanês, Rahman Malik, o suspeito admitiu ter morto o governador devido a essas críticas.
O oficial de polícia Mohammad Iftikhar informou que Taseer foi morto a tiro por um dos seus guarda-costas ao chegar ao centro comercial Kohsar, frequentado por ocidentais e pelos paquistaneses mais abastados. O alegado homicida foi detido, segundo Iftikhar, havendo informações contraditórias sobre se ficou ou não ferido no ataque.
Cinco pessoas ficaram feridas no tiroteio que se seguiu, quando seguranças responderam ao ataque.
Um outro responsável policial, Hassan Iqbal, afirmou que duas testemunhas disseram à polícia que o governador estava a sair do automóvel quando um dos elementos do seu corpo de segurança disparou dois tiros contra ele. Taseer caiu e outros seguranças dispararam contra o atacante.
Segundo um responsável das autoridades da capital, Amir Ahmad Ali, Taseer morreu no hospital.
A lei contra a blasfémia no Paquistão tem sido alvo de múltiplas críticas sobretudo depois da condenação à morte de uma mulher cristã por alegadamente ter insultado o profeta Maomé. Sob pressão dos islâmicos radicais, o Partido do Povo anunciou recentemente que não vai alterar a lei.
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