Entrevista interessante, esta , feita por um jornalista espanhol a Daniel Pipes, um dos principais activistas anti-islâmicos dos EUA, analista e director do Middle East Forum. Salientam-se as seguintes passagens, acertando no axis crucis da questão – a importância de preservamos o nosso rosto diante do Outro, mesmo que o Outro não goste:
Pergunta: Porque fala de medo ao Islão?
Resposta: Há medo de que os muçulmanos se ofendam e se irritem connosco e do que nos possam fazer. Basta ver o que se tem passado no meu país com os Alcorões. Creio que queimar um livro é totalmente incorrecto e não muito inteligente, mas nos EUA é um acto legal. Sem embargo, aparece Obama e diz: «Você não pode queimar este livro porque eu tenho medo das consequências.» Actua por isso reforçando a charia (lei islâmica) ao dizer «não deves queimá-lo porque isso é contra a charia.»
P: Está a chamar cobarde a Obama?
R: Obama tem muito medo. A minha filosofia é dizer «nós somos o que somos e vocês devem respeitar-nos.» A filosofia de Obama é que «somos nós que devemos respeitá-los e entendê-los.»
R: Quando os muçulmanos exercem a violência, no Ocidente preferimos falar de razões económicas, que o agressor estava louco, que tinha problemas sociais, que o seu matrimónio não estava bem, etc.. Mas não há que obviar o factor da Jihad. Os líderes ocidentais não querem falar deste tema porque não querem desgostar os muçulmanos nem convertê-los em jihadistas. Há que chamar as coisas pelos seus nomes – «terrorismo islamista».
P: Fala também da aliança de certa Esquerda europeia com grupos islamistas…
R: A base desta aliança é que não lhes agrada a civilização tradicional ocidental. Não partilham quase nada um com o outro, mas têm um inimigo comum. À primeira vista, pode-se simbolizar em Israel ou nos EUA de Bush, mas o seu inimigo é muito mais profundo: a cultura e a vida do Ocidente.
P: Na Europa, a imigração é uma questão cada vez mais polémica…
R: O vosso continente enfrenta um grave problema. Tem três opções. A primeira, a de que todos aceitem a Lei, não a vejo próxima, infelizmente. A segunda opção chama-se Eurábia, com leis islâmicas, uma Europa muçulmana com um Londonistão, um Al-Andalus… a última opção é dizermos «basta», não queremos que a charia domine as nossas sociedades.
P: E sobre Espanha?
R: Zapatero está a dar passos que os islamistas aprovam e a longo prazo poderia aproximar o sonho do Al-Andalus. Não digo que seja para já, em princípio, mas é um sonho muito vivo. Num dos seus primeiros discursos depois do 11 de Setembro, bin Laden referiu-se ao Al-Andalus, e o Hamas tem textos escolares nos quais explica que o sonho é voltar ao Al-Andalus.
Texto lido no Minuto Digital e tradução publicado pelo "Islão a olho nu"
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