segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Entrevista interessante, esta , feita por um jornalista espanhol a Daniel Pipes, um dos principais activistas anti-islâmicos dos EUA, analista e director do Middle East Forum. Salientam-se as seguintes passagens, acertando no axis crucis da questão – a importância de preservamos o nosso rosto diante do Outro, mesmo que o Outro não goste:

Pergunta: Porque fala de medo ao Islão?


Resposta: Há medo de que os muçulmanos se ofendam e se irritem connosco e do que nos possam fazer. Basta ver o que se tem passado no meu país com os Alcorões. Creio que queimar um livro é totalmente incorrecto e não muito inteligente, mas nos EUA é um acto legal. Sem embargo, aparece Obama e diz: «Você não pode queimar este livro porque eu tenho medo das consequências.» Actua por isso reforçando a charia (lei islâmica) ao dizer «não deves queimá-lo porque isso é contra a charia.»
P: Está a chamar cobarde a Obama?


R: Obama tem muito medo. A minha filosofia é dizer «nós somos o que somos e vocês devem respeitar-nos.» A filosofia de Obama é que «somos nós que devemos respeitá-los e entendê-los.»

R: Quando os muçulmanos exercem a violência, no Ocidente preferimos falar de razões económicas, que o agressor estava louco, que tinha problemas sociais, que o seu matrimónio não estava bem, etc.. Mas não há que obviar o factor da Jihad. Os líderes ocidentais não querem falar deste tema porque não querem desgostar os muçulmanos nem convertê-los em jihadistas. Há que chamar as coisas pelos seus nomes – «terrorismo islamista».

P: Fala também da aliança de certa Esquerda europeia com grupos islamistas…

R: A base desta aliança é que não lhes agrada a civilização tradicional ocidental. Não partilham quase nada um com o outro, mas têm um inimigo comum. À primeira vista, pode-se simbolizar em Israel ou nos EUA de Bush, mas o seu inimigo é muito mais profundo: a cultura e a vida do Ocidente.

P: Na Europa, a imigração é uma questão cada vez mais polémica…

R: O vosso continente enfrenta um grave problema. Tem três opções. A primeira, a de que todos aceitem a Lei, não a vejo próxima, infelizmente. A segunda opção chama-se Eurábia, com leis islâmicas, uma Europa muçulmana com um Londonistão, um Al-Andalus… a última opção é dizermos «basta», não queremos que a charia domine as nossas sociedades.

P: E sobre Espanha?

R: Zapatero está a dar passos que os islamistas aprovam e a longo prazo poderia aproximar o sonho do Al-Andalus. Não digo que seja para já, em princípio, mas é um sonho muito vivo. Num dos seus primeiros discursos depois do 11 de Setembro, bin Laden referiu-se ao Al-Andalus, e o Hamas tem textos escolares nos quais explica que o sonho é voltar ao Al-Andalus.

Texto lido no Minuto Digital e tradução publicado pelo "Islão a olho nu"

0 comentários:

Postar um comentário

Termo de uso

O Blog De Olho na Jihad não se responsabiliza pelo conteúdo dos comentários e se reserva o direito de eliminar, sem aviso prévio, os que estiverem em desacordo com as normas do site ou com as leis brasileiras.

As opiniões expostas não representam o posicionamento do blog, que não se responsabiliza por eventuais danos causados pelos comentários. A responsabilidade civil e penal pelos comentários é dos respectivos autores. Por este motivo os que comentarem como anônimos devem ter ciência de que podemos não publicar ou excluir seus comentários a qualquer momento.
Se não tiver gostado, assine, ou não comente e crie seu próprio site e conteste nossas informações.

Ao comentar o usuário declara ter ciência e concorda expressamente com as prerrogativas aqui expostas.

A equipe.

Share

Twitter Delicious Facebook Digg Stumbleupon Favorites More