terça-feira, 28 de setembro de 2010

Líder do Hamas diz que continuará lutando contra 'ocupação israelense'

DAMASCO- Khaled Meshaal, líder político do Hamas, afirmou nesta segunda-feira, 27, em entrevista à CNN que o grupo islâmico continuará a lutar contra a "ocupação de Israel em território palestino", chamando a persistência do movimento de "uma causa justa e legítima".


Os comentários de Meshaal ocorrem durante um momento crucial das negociações diretas recentemente retomadas entre israelenses e palestinos. Novas construções em assentamentos judeus recomeçaram nesta segunda na Cisjordânia, horas após o fim da moratória de dez meses que Israel - ao contrário da vontade dos EUA e dos palestinos - não prorrogou.


O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, mencionou várias vezes que se retiraria imediatamente das negociações caso as construções fossem retomadas, mas ainda não fez nenhuma declaração até o momento.


"Todo presidente em seu primeiro mandato promete aos palestinos e árabes que irá trabalhar em garantir um Estado palestino em dois ou quatro anos (...)", mas o final é sempre mesmo", disse Meshaal ao canal.


"O mandato deles já está no final e nada acontece. A causa palestina é desprezada e os líderes israelenses constroem mais assentamentos, mudando a identidade da terra, matando e prendendo nosso povo, e roubando mais da nossa terra palestina. Esse é um truque no qual ninguém acredita mais", acrescentou.


O Hamas, que controla a faixa de Gaza e é rival do grupo Fatah, de Abbas, não participa das negociações, que foram classificadas por Meshaal como outro ação publicitária do presidente dos EUA, Barack Obama.


O líder do movimento também defendeu os ataques do Hamas contra israelenses, incluindo um incidente ocorrido neste mês que deixou quatro colonos judeus mortos. "O Hamas está praticando seu direito legítimo. Estamos defendendo nosso povo". "Por que a comunidade internacional fica chateada quando matamos colonos ilegais em nossas terras? Está claro que a presença de colonos na Cisjordânia é ilegal".


Yigal Palmor, um porta-voz da chancelaria israelense, respondeu aos comentários de Meshaal afirmando que "é impossível conversar com aqueles que se recusam sistematicamente em conversar e se dirigem a você com armas".

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