MAKHACHKALA, Rússia (Reuters) - Homens armados mataram a diretora de uma escola na casa dela na tumultuada província do Daguestão, na Rússia, nesta sexta-feira, enquanto outros incidentes separados mataram 12 pessoas no Cáucaso do Norte.
Uma insurgência islâmica afeta o Cáucaso do Norte, de maioria muçulmana, onde rebeldes desejam estabelecer um Estado independente governado pela lei islâmica sharia.
A polícia na capital do Daguestão, Makhachkala, disse à Reuters estar à procura de dois homens que mataram a diretora de uma escola com um rifle, depois de invadir a casa dela.
Mais tarde, confrontos armados mataram duas autoridades judiciárias e dois militantes que teriam lançado granadas contra a polícia, informou o Comitê Nacional Antiterror, segundo a agência de notícias Interfax.
O combate ocorreu após um tiroteio no vilarejo de Kirovaul, cerca de 150 quilômetros ao norte de Makhachkala, no qual forças federais mataram cinco rebeldes, incluindo uma mulher, segundo a polícia.
Na vizinha Chechênia, três soldados morreram após uma troca de tiros com rebeldes, informou uma fonte de segurança citada pela Interfax.
Uma década após rebeldes separatistas terem sido destituídos do poder na segunda guerra da Chechênia, o Cáucaso do Norte registra ataques quase que diariamente. O Daguestão tornou-se o epicentro da violência, lugar antes ocupado pela Chechênia e Inguchétia.
Nos últimos meses, ataques contra professores e líderes religiosos se tornaram frequentes no Daguestão. Segundo analistas, estas ações seriam tentativas de atacar aqueles que, de acordo com os rebeldes, não estariam seguindo as leis do verdadeiro Islã.
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