Washington já sabia da operação havia dois anos, mas Brasil não foi avisado
Um somali suspeito de ter ligações com grupos terroristas do norte da África revelou há dois anos à polícia dos Estados Unidos que operava uma rede de tráfico de pessoas a partir de São Paulo, mas as autoridades do Brasil não foram alertadas. Entre as pessoas enviadas ao exterior por ele estavam militantes islâmicos. Dois setores da Polícia Federal brasileira que combatem tráfico de pessoas e terrorismo garantiram não ter nenhuma informação sobre Ahmed Muhammed Dhakane. O africano, que agora está preso, ganhava até 75.000 dólares (120.000 reais) por dia e pagava propinas ao passar por aeroportos.
De acordo com reportagem do jornal Folha de S. Paulo desta quarta-feira, o somali confessou ao FBI e à Justiça do Texas que, entre 2006 a 2008, enviou pessoas a partir de São Paulo para EUA e Inglaterra. O somali traficava africanos que buscavam trabalho nos EUA e militantes islâmicos de grupos que os americanos classificam de terroristas, como as Cortes Islâmicas e Al-Itthihad Al-Islami. Delegados ouvidos sob anonimato avaliam que, caso o Brasil estivesse a par da situação, a rede poderia ter sido desmontada. Pesam sobre Dhakane acusações de ligação com terrorismo, falso testemunho, uso de menor e tentativa de obstruir a Justiça. Se for condenado por todas elas, pode pegar 41 anos de prisão.
Base do terror - Em sua edição desta semana, VEJA já havia revelado documentos da CIA, FBI e PF que mostram como age a rede do terror islâmico no Brasil. A Polícia Federal tem provas de que a Al Qaeda e outras quatro organizações extremistas usam o país para divulgar propaganda, planejar atentados, financiar operações e aliciar militantes. A reportagem mostrou que mais de 20 militantes da Al Qaeda, Hezbollah, Hamas e outros dois grupos usam ou usaram o Brasil como esconderijo, centro de logística, fonte de captação de dinheiro e planejamento de atentados. A reportagem achou cinco extremistas que vivem no Brasil como se fossem cidadãos comuns.
Fonte: Veja
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