sexta-feira, 8 de abril de 2011

A queima do Corão e a perseguição dos muçulmanos aos cristãos -- Quem são estas pessoas por quem estamos lutando? -- Por Patrick Buchanan

Afeganistão -- Selvagens islâmicos fazendo o que sabem fazer: matar gente e destruir coisas, dizendo-se muito ofendidos com alguma "provocação"

Patrick J. Buchanan : VDare, 4 de abril de 2011
Tradução : Dextra

Em 20 de março, o pastor Terry Jones, que encabeça uma congregação de 30 pessoas em sua igreja do Centro Dove World Outreach, em Gainsville, na Flórida, realizou um julgamento simbólico ao Corão "por crimes contra a humanidade."

Ao declarar culpado o livro sagrado do Islam, Jones jogou querosene e pôs fogo nele em uma churrasqueria portátil.

Poucos perceberam. Mas Hamid Karzai notou.

Em 24 de março, o presidente do Afeganistão, nosso suposto aliado na guerra contra a al-Qaida e o Talibã, condenou este "crime contra a religião e a nação muçulmana inteira", instou os Estados Unidos a levarem Jones à Justiça e exigiu "uma resposta satisfatória ao ressentimento e raiva de mais de 1.5 bilhões de muçulmanos ao redor do mundo."

Assim, o agitador político aqui não é só Jones, que cometeu o sacrilégio, mas Karzai, que cuidou para que seus concidadãos soubesse o que tinha acontecido a 10 000 milhas de distância, quatro dias antes.

Sexta-feira, após as orações, em Mazer-e-Sharif, uma multidão, inflamada por imãs denunciando Jones, desceu ao complexo da ONU. Quando eles saíram, sete funcionários da ONU jaziam mortos, dois decapitados, segundo informações.

O presidente Obama denunciou o "ato extremo de violência e intolerância de Jones," e acrescentou que "atacar e matar inocentes em resposta é ultrajante e uma afronta à dignindade e decência humanas."
O gal. David Petraeus deplorou a queima do Corão "como odiosa, desrespeitosa e enormemente intolerante."

Ainda assim, na noite de sábado, baderneiros sacudindo bandeiras do Talibã e gritando "Morte à América" e "Morte a Karzai" promoveram disturbios em Kandahar que terminaram com nove afegãos mortos e 80 feridos, quando eles tentaram marchar para o complexo de ONU e forças de segurança atiraram neles.

Outras três pessoas morreram no domingo, quando os distúrbios continuaram em Kandahar e se espalharam para Jalalabad. Quarenta mais sofreram ferimentos à bala.

Petraeus então se encontrou com Karzai, que se pronunciou novamente, exigindo que "o governo dos Estados Unidos, o Senado e o Congresso condenem claramente o ato terrível do (Rev. Jones) e evitem tais incidentes no futuro."

Em resumo, nosso aliado aproveita esta oportunidade para fazer os Estados Unidos se intrometerem no que Jones fez, como se o governo americano, cujas autoridades civis e militares mais altas já tinham condenado Jones, fosse moralmente culpado por não ter impedido sua queima do Corão e não o impedir de fazê-lo.

Tampouco isto é suficiente. De agora em diante, o governo dos Estado Unidos deve policiar seus cidadãos para garantir que nenhum sacrilégio anti-islâmico do gênero ocorra novamente.

Sem querer ser desrespeitoso, quem estas pessoas pensam que são?

Inegavelmente, Jones fazer o que fez foi um insulto incendiário a uma religião professada por quase um quarto da população do mundo. Mas o que esta reação assassina a uma queima de livro nos diz sobre as pessoas por cujo direito de auto-determinação os americanos estão lutando e morrendo no Afeganistão?

Candidamente, afirma o que nós já sabíamos.

Muitos afegãos acreditam que decapitações e apedrejamentos são a resposta correta a um insulto ao Islam. E não só isto. Cinco anos atrás, Abdul Rahman, um afegão convertido ao Cristianismo, foi condenado à pena de morte por apostasia e foi obrigado a fugir do próprio país.

Em alguns países muçulmanos, a morte é a punição para os muçulmanos que se convertem, para cristãos que buscam conversos e para qualquer um que insulte o Islã, como aquele cartunista dinamarquês que fez uma caricatura do profeta com uma bomba no lugar de um turbante.

O apedrejamento também é visto como uma punição adequada para as mulheres que cometem adultério.

No Paquistão, recentemente, o governador do Punjab e o ministro do governo para as minorias religiosas, ambos católicos, foram assassinados. Por quê? Ambos tinham se oposto a uma lei pela qual uma cristã tinha sido sentenciada à morte, depois que algumas lavradoras a acusaram de blasfêmia.

O governador foi assassinado por seu próprio segurança, que foi então saudado por 500 sábios religiosos, que exortaram todos os muçulmanos a boicotarem a cerimônia funeral do governador, já que ele teve o que mereceu.

Nos últimos dois anos, os cristãos foram queimados vivos por muçulmanos em Gorja, no Paquistão, e por exteremistas hindus em Orissa, na Índia. Igrejas cristãs foram incendiadas e muitos e muitos fiéis foram mortos em datas religiosas no Iraque e no Egito. Poucas dessas atrocidades recebeu da mídia a atenção que ela deu ao sensacionalismo estúpido do rev. Jones ou os desenhos irreverentes do cartunista dinamarquês.

Antes de os Estados Unidos mandarem mais de seus filhos para morrerem pela liberdade de árabes e muçulmanos, talvez devêssemos ter uma idéia mais clara do que esta gente pretende fazer com esta liberdade. Porque em todo o mundo muçulmano, a fé que criou nosso mundo, o Cristianismo, está sendo perseguida e, em algumas áreas, aniquilada.

Para os neoconservadores e os intervencionaistas esquerdistas, o objetivo da política externa dos Estados Unidos deve ser usar nossa riqueza e poder para promover a liberdade, até o mundo inteiro ser democrático. Só então teremos segurança.

Mas se a democracia significa o governo do povo, não deveríamos examinar um pouco mais de perto o que estas pessoas, lá no fundo, realmente querem, antes de sangrarmos e falirmos para ganhá-la para eles?

Talvez Hosni Mubarak tivesse razão.

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