sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Relatório: Muçulmanos instruídos a rejeitarem o Ocidente

Um relatório de inteligência recém-publicado diz que grupos islamistas linha-dura querem construir uma "sociedade paralela" no Canadá [o National Post é um jornal canadense], o que poderia minar a coesão social e fomentar a violência.

A Avaliação de Inteligência não-restrita obtida pelo National Post diz que extremistas estão encorajando os muçulmanos no Ocidente a rejeitarem a sociedade ocidental e viverem em "isolamento auto-imposto."

O relatório concentra-se em grupos como a Irmandade Muçulmana e o Hzb-ut-Tahrir, que não advogam a violência terrorista mas promovem uma ideologia em desacordo com valores ocidentais essenciais.

"Mesmo que o uso da violência não seja expresso francamente, a criação de comunidades isoladas pode dar origem a grupos exclusivistas e potencialmente abertos a mensagens em que a violência seja advogada," diz o relatório.

"No mínimo, a existência de mini-sociedades como estas minam a flexibilidade e a promoção de uma nação canadense coesa."

O relatório foi escrito pelo Centro Integrado de Avaliação de Ameaças, que monitora ameaças à segurança nacional do Canadá e é composto de representantes do Centro para Estudos Estratégicos e Internacionais, da Real Polícia Montada Canadense, e das agências de Assuntos Estrangeiros e Defesa Nacional entre outras.

Ele circulou internamente ano passado, depois que o Hizb-ut-Tahrir convidou muçulmanos a uma conferência em Mississauga, Ontário, para discutirem o estabelecimento de um califado islâmico. Uma cópia do documento foi recentemente publicado sob a Lei de Acesso à Informação.

"Embora o problema da violência de grupos islamistas há anos seja uma prioridade contínua de contra-terrorismo para os governos ocidentais e em particular para os serviços de segurança, a ideologia social islamista parece ter sido ignorada, exatamente porque o uso da violência ou não é apoiado ou é minimizado," diz o relatório. "Entretanto, vários movimentos islamistas advogam a rejeição da sociedade e costumes ocidentais e encorajam o isolamento auto-imposto dos muçulmanos no Ocidente."

O relatório diz que os islamistas crêem que o Islam deve governar todos os aspectos da sociedade e que a lei da Xaria e a lei do Estado devem ser "sincronizadas." Os extremistas forçados a fugirem de países majoritariamente muçulmanos, como o Egito, agora pregam estas crenças no Ocidente, diz o texto, acresentando que "Por definição, sua visão de mundo se choca com a visão secular. Uma disputa pelos corações e mentes dos muçulmanos da diáspora começou daí."

Esta disputa veio à tona no Reino Unido, onde o proscrito Al Muhajiroun instruiu os muçulmanos a não se submeterem a nenhuma "lei feita por homens," enquanto na Dinamarca alguns muçulmanos estão gerindo sua própria forma de justiça, diz o documento.

"Alguns islamistas advogam o isolacionismo e estabelecimento de uma sociedade paralela," diz o relatório. "O isolacionismo pode levar a condições em que mensagens extremistas podem incubar e por fim tornarem-se o catalisador de violência. No mínimo, o isolacionismo mina uma sociedade multicultural e democrática."

O relatório observa que os menonitas e os dujoboris também procuram se islolar da maioria. "Por que, então, os canadenses deveriam se preocupar com extremistas islamistas que rejeitam a democracia ou se isolam dos não-muçulmanos?" questiona ele.

Mas o escritor e ativista Tarek Fatah diz que há uma diferença. "Pode-se falar sobre os menonitas, mas o objetivo de vida dos menonitas não é destruir a civilização ocidental, é a reclusão." 

Stewart Bell : National Post, 14 de novembro de 2010
Original article / Artigo original
Tradução: DEXTRA

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