quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Hizballah, Síria e Irã espalham pânico no Líbano sem dar um só tiro

O discurso que Hassah Nasrallah, líder do [grupo terrorista islâmico] libanês Hizballah, pronunciou na noite de quinta-feira, 29 de outubro, foi recebido em todos os setores da sociedade libanesa como uma verdadeira declaração de guerra contra seu próprio país, um conflito que eles temem que será ainda mais violento e cruel do que a guerra civil de 1975. A opinião geral, segundo as fontes de DEBKAfile no Oriente Médio, é de que o equilíbrio de poder compartilhado que as diversas comunidades alcançaram após o conflito será varrido e substituído por um regime marionete pró-sírio-iraniano.

O Hizballah xiita já está em movimento. Seu último passo foi dado na última quarta-feira, 27 de outubro, quando uma multidão de mulheres xiitas impediram dois investigadores do TEL [Tribunal Especial para o Libano] que investigam o assassinato do ex-primeiro-ministro libanês Rafiq Hariri, em 2005, de obterem provas documentais para o caso em uma clínica ginecológica da zona sul de Beirute. Elas se apoderaram dos documentos e os destruiram. Os funcionários da ONU precisaram de atendimento médio.

No dia seguinte, Nasrallah apelou retumbantemente a que "toda autoridade e todo cidadão boicote o trabalho dos investigadores da ONU (…) A coomperação seria um ataque contra a Resistência (o nome que Nasrallah dá a seu Hizballah)," disse ele. O chefe do Hizballah também asseverou que "nossa honra e dignidade (...) requerem de nós uma postura diferente."

Longe de representar um incidente menor, as xiitas foram mobilizadas às pressas para impedir os investigadores ligados ao Departamento de Investigações do TELF de terem acesso aos arquivos super secretos de segurança e inteligência que o Hizballah escondeu em lugares inesperados, como a clínica.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, condenou o ataque nos termos mais fortes, como inaceitável. Entretanto, as ameaças do Hizballah ao governo de Beirute e ao país como um todo estão se tornando cada vez mais violentas com a chegada do momento de o TEL indiciar os seus líderes por cumplicidade no assassinato de Hariri.

Na clínica, os investigadores da ONU aparentemente chegaram incomodamente perto de documentos incriminatórios.

Na quinta-feira de manhã cedo, cada vez mais alarmados com os métodos empregados pelo Hizballah e seus patronos, a Síria e o Irã, para sabotar o trabalho do tribunal da ONU, o Conselho de Segurança da ONU convocou uma reunião de emergência.

Mais tarde, a embaixadora americana na ONU, Susan Rice, atacou a Síria por demonstrar uma "flagrante desconsideração" pela soberania do Líbano. Ela citou seu fornecimento de armas cada vez mais sofisticadas ao Hizballah e outras milícias, em violação a uma resolução da ONU, e o expedimento de 33 mandatos de prisão contra estrangeiros e altos membros do governo libanês.

"O Hizballah continua sendo a milícia libanesa mais importante e mais pesadamente armada," disse a embaixadora Rice, na crítica americana mais extrema a Damasco ouvida em anos." "Ele não teria conseguido agir desta forma se não fosse pela ajuda da Síria e a disponibilidade de armamentos sírios e iranianos."

As fontes de inteligência de DEBKAfile em Beirute ressaltam que nem mesmo as mais fortes palavras podem salvar o Líbano de sua queda estonteante nas garras do Hizballah, da Síria e do Irã, descarrilando assim uma peça-chave da política da administração Obama para o Oriente Médio.

Os parceiros-em-fiasco de Washington seriam o presidente francês Nicolas Sarkozy, que tomou parte na formação desta política, e o governo israelense chefiado por Binyamin Netanyahu e Ehud Barak. Todos eles enfiaram suas cabeças na areia durante dois anos, sem levantar um dedo enquanto o Hizballah era maciçamente armado pelo Irã e a Síria e todos eles desenvolviam seu assalto a Beirute.

O teor do discurso de Nasrallah na noite de terça-feira demonstra que as palavras fortes da diplomata americana não valem nada e não impediriam o Hizballah de impor suas leis brutais ao governo e os cidadãos libaneses.

Texto original aqui
Tradução: Dextra

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