quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Libanês Uqab Saqr critica o Hezbollah, advertindo que ela pode se tornar "uma máfia".



Em uma entrevista concedida a rede de televisão Abu Dhabi em 31 de outubro o libanês Uqab Saqr falou um pouco da milícia xiita Hezbollah. A entrevista demonstra, que nem todo o Líbano apóia a posição do grupo.

Uqab declara: “Não vamos ceder à pressão ou ameaça. Se o Hezbollah quer repetir o erro de 7 de maio, que irá conduzir o país em um estado de caos. “Vamos enfrentar esse caos através das instituições e da lógica da política, não pelos meios militares, no entanto, o Hezbollah será apresentado como uma questão central”.

Ao falar do “sete de maio” Uqbab referia-se ao confronto iniciado em 07 de maio de 2008 quando o grupo xiita rebelou-se contra as decisões do governo de destruir a rede de comunicações do Hezbollah e demitir o chefe de segurança do aeroporto de Beirute, que era ligado à facção. Com a insurgência o grupo assumiu o controle de partes de Beirute, e iniciou um confronto com grupos pró-governo na capital libanesa, também explodiu um violento confronto no Leste de Beirute e nas montanhas, onde tropas dos seguidores do líder druso Walid Jumblatt trocaram tiros e granadas com milícias aliadas ao Hezbollah.

Uqab Saqr também falou sobre a “resistência palestina” encabeçada pelo Hezbollah:

“Gostaria de lembrar que com o Hezbollah a chamada “resistência palestina” controlou o Líbano, e causou o caos na segurança do povo e na segurança militar do sul do Líbano...” Perguntado pelo repórter se a milícia xiita continua causando o mesmo tipo de caos, Saqr responde: Sim, de certa forma, eles começaram a causar esse tipo de problema, mas é preciso lembrar a resistência palestina, que o povo do sul do Líbano que enfrentou Israel, também jogaram arroz nos tanques israelenses e comemoraram com o inimigo, a fim de acabar com a tirania da resistência. Grande parte do povo libanês preparam sacos de arroz por trás de suas portas, esperando a libertação de Satanás , que não é só Israel-, eles também esperam serem libertados do Hezbollah.

E Uqab Saqr conclui:

Se o Hezbollah quer restaurar a república Fakhani, que era um símbolo da tirania e do caos contra os libaneses. Saibam que vamos enfrentar, vamos enfrentar a milícia pela resistência pacífica e através da política. Na minha opinião se o Hezbollah está determinado a repetir o erro de 7 de maio, ele está começando a escrever o capítulo final de sua historia, no qual se torna uma máfia e o mundo irá tratá-lo como tal.

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